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Dona da Temu afunda em bolsa após resultados "tingidos" por tarifas

Resultados da PDD ficaram abaixo do esperado, levando a dona da Temu a escorregar em bolsa. Vendas cresceram 10% de janeiro a março, contra uma subida de 24% no trimestre anterior.

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temu Florence Lo/Illustration/Reuters
27 de Maio de 2025 às 15:32

As ações da PDD, dona da Temu, estavam a cair a pique, arrancando a sessão a "tropeçar" 16,5%, depois de as vendas e os lucros trimestrais terem falhado as estimativas, refletindo a "guerra" de tarifas, em particular entre os EUA e a China.

As receitas do primeiro trimestre da PDD atingiram 95,7 mil milhões de yuan (13,3 mil milhões de dólares), ficando muito abaixo da média de consenso dos analistas que apontava para 101,6 mil milhões de yuan (14,1 mil milhões de dólares), segundo a Bloomberg. A taxa de crescimento das vendas da PDD abrandou para 10%, abaixo dos 24% do findo em dezembro e dos 131% terminado em setembro do ano passado.

Já os lucros totalizaram 14,7 mil milhões de yuan (2,04 mil milhões de dólares) contra os esperados 25,7 mil milhões (3,5 mil milhões de dólares)

A PDD oferece, no entanto, uma ténue esperança de melhoria a curto prazo, uma vez a braços com, por um lado, uma concorrência cada mais intensa em "casa" e, por outro, com as mexidas as políticas comerciais, em concreto, as tarifas que castigam a Temu, a sua plataforma de comércio eletrónico que impulsionou o crescimento da receita no estrangeiro nos últimos trimestres, assinala a agência financeira.

Pelo menos a avaliar pelas palavras do presidente do PDD, Chen Lei, que alertou que a empresa terá de fazer investimentos dispendiosos para ajustar o seu modelo de negócio aos tempos que grassam: "Este esforço provavelmente pesará na nossa rentabilidade no curto prazo e até mesmo por um período de tempo considerável", afirmou, durante a teleconferência de apresentação de resultados.

Chen sinalizou que a PDD precisa de investir designadamente por via da compra de mercadorias localmente para se "blindar" contra políticas comerciais adversas, de que é exemplo o fim do chamado regime dos "minimis" que isentava de impostos o envio de produtos chineses avaliados em menos de 800 dólares (770 euros) para os EUA.

"No meio do ambiente externo em rápida mudança, a nossa economia global a empresa está a trabalhar com comerciantes de todas as regiões para trazer preços estáveis e oferta abundante aos consumidores de todo o mundo mundo", referiu Chen. "Não importa como as políticas mudem, continuaremos para fortalecer a nossa atuação nos mercados em que operamos, auxiliando mais comerciantes locais crescem na nossa plataforma e possibilitam mais pedidos a serem atendidos em armazéns locais", frisou.

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