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Accionista da Lear Corporation recusa oferta de Carl Icahn

A terceira maior accionista da Lear Corporation, a Pzena Investment Management, pediu aos restantes accionistas do fabricante de componentes automóveis que não aceitem a oferta lançada por Carl Icahn.

13 de Fevereiro de 2007 às 19:41

A terceira maior accionista da Lear Corporation, a Pzena Investment Management, pediu aos restantes accionistas do fabricante de componentes automóveis que não aceitem a oferta lançada por Carl Icahn. A Lear tem duas fábricas em Portugal, em Valongo e Palmela.

Este pedido da Pzena Investment Management ocorre uma semana depois da Lear Corporation ter aceite a oferta de 2,8 mil milhões de dólares (2,15 mil milhões de euros) apresentada pelo investidor Carl Icahn sobre 84% do capital da companhia que ainda não detém.

Além da Pzena Investment Management, também a Brandes Investment Partners e a Classic Fund Management se opõem a esta operação. "Se houver mais accionista a oporem-se talvez Carl Icahn seja obrigado a subir o valor da sua oferta", disse John Novak, analista da Morningstar.

A Lear Corporation perdeu, entre 2005 e 2006, cerca de 2,1 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) com a decisão dos fabricantes automóveis, como a General Motors e a Ford Motor, em reduzir as suas encomendas.

A companhia empreendeu desde então o processo de reorganização que levou à redução de 7% da sua força laboral a nível global, encerrando perto de 30 unidades e vender a sua área de negócio de interiores automóveis.

Em Portugal a companhia detém duas unidades, já tendo confirmado a sua decisão de encerrar, em Abril de 2007 a fábrica de Valongo, de cablagens para veículos automóveis. A empresa vai continuar em Portugal através da sua unidade fabril de Palmela, anunciou em Novembro passado, justificando então a decisão pelo facto de "embora a produção dessa unidade também estar ligada ao sector automóvel, produz outro tipo de componentes, onde a proximidade do cliente é um factor preponderante".

O empresário Carl Icahn iniciou a compra de títulos da Lear em Maio de 2006, altura em que detinha já 3,9% da fabricante. Em Outubro anunciou que tinha planos para aumentar a sua participação até 16%, tendo então colocado um representante no conselho de administração.

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