OPEP+ marca reunião virtual para segunda-feira. Brent dispara mais de 10%
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados, liderados pela Rússia (OPEP+), marcaram uma reunião virtual para a próxima segunda-feira, dia 6 de abril, para discutirem novos cortes de produção, depois de ontem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que a Arábia Saudita e a Rússia iam reduzir a oferta em 10 milhões de barris por dia, pelo menos.
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Depois da notícia, os preços do petróleo alargaram os seus ganhos, com o Brent a disparar 10,3% para os 33,03 dólares por barril. Já ontem, depois de Donald Trump ter escrito no seu Twitter que Riade e Moscovo iam cortar a oferta mundial em pelo menos 10 milhões de barris por dia – volume esse que pode ir aos 15 milhões diários - os preços da matéria-prima dispararam. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portuguesas, chegou a disparar 46%, e em Nova Iorque o West Texas Intermediate galopou 35%. O encontro da próxima semana marcado pela Arábia Saudita será aberto a todos os produtores e não apenas aos que compõe a organização, mas ainda não se sabe, ao certo, quais os países que vão estar presentes. Até agora, os EUA não deram nenhuma indicação de que estão preparados para participar, apesar de se terem chegado à frente a manifestar a sua preocupação quanto ao nível atual dos preços do petróleo. A lista de participantes pode ser crucial para o sucesso da operação, uma vez que a Arábia Saudita deixou claro que só reduzirá a produção se outros, incluindo os EUA, suportarem parte dos custos. No entanto, existem enormes obstáculos para que o acordo aconteça e os protagonistas são os mesmos que não permitiram um acordo na última reunião do cartel petrolífero: a Rússia. Moscovo já disse que não tinha sido atingido nenhum acordo, depois de Trump ter dito que os moscovitas, em conjunto com a Arábia Saudita, tinham acertado cortes de produção. Mesmo que se alcance um entendimento, um corte de 10 milhões de barris diários dificilmente afetaria o excesso de petróleo no mercado criado pelas consequências económicas do coronavírus. Os analistas do mercado estimam que a procura perdida durante este período chegue aos 35 milhões de barris diários.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portuguesas, chegou a disparar 46%, e em Nova Iorque o West Texas Intermediate galopou 35%.
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O encontro da próxima semana marcado pela Arábia Saudita será aberto a todos os produtores e não apenas aos que compõe a organização, mas ainda não se sabe, ao certo, quais os países que vão estar presentes. Até agora, os EUA não deram nenhuma indicação de que estão preparados para participar, apesar de se terem chegado à frente a manifestar a sua preocupação quanto ao nível atual dos preços do petróleo.
A lista de participantes pode ser crucial para o sucesso da operação, uma vez que a Arábia Saudita deixou claro que só reduzirá a produção se outros, incluindo os EUA, suportarem parte dos custos.
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No entanto, existem enormes obstáculos para que o acordo aconteça e os protagonistas são os mesmos que não permitiram um acordo na última reunião do cartel petrolífero: a Rússia. Moscovo já disse que não tinha sido atingido nenhum acordo, depois de Trump ter dito que os moscovitas, em conjunto com a Arábia Saudita, tinham acertado cortes de produção.
Mesmo que se alcance um entendimento, um corte de 10 milhões de barris diários dificilmente afetaria o excesso de petróleo no mercado criado pelas consequências económicas do coronavírus. Os analistas do mercado estimam que a procura perdida durante este período chegue aos 35 milhões de barris diários.
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