O Governo compromete-se a tomar medidas em caso de um aumento "significativo e duradouro" dos combustíveis na sequência do conflito entre Israel e o Irão, lembrando, no entanto, que para já, o impacto é ainda "potencial".

"Nós estamos atentos àquilo que dissemos no passado sobre a disponibilidade para tomar medidas se e quando os agravamentos forem significativos e duradouros ou com perspetiva de serem duradouros, o Governo está atento e tomará medidas nesse caso", garantiu o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final da reunião do Conselho de Ministros desta segunda-feira.

"[As medidas] terão de ser ajustadas a essas consequências, essas consequências deste escalar ainda não se verificaram", sublinhou, lembrando que o impacto do conflito, que teve no fim de semana a intervenção dos Estados Unidos, ainda está numa fase de impacto potencial nos mercados energéticos.

Por outro lado, Leitão Amaro recordou que "em primeiro lugar, Portugal tem o seu fornecimento de petróleo e de gás muito assente em origens atlânticas", acreditando que é um fator de "mitigação da preocupação". Por um lado, acrescentou o ministro da Presidência, que apesar de o fornecimento ser "muito assente em outras geografias que não os países do Médio Oriente", a formação dos preços "é influenciada pelo conjunto das evoluções geopolíticas também e em todos os países produtores de petróleo e gás."

Esta semana, os preços dos combustíveis nas bombas sofreram um forte agravamento, sobretudo para o caso do gasóleo.