Misericórdia do Porto negoceia venda do Candal após fracasso de leilões de 24 milhões
A instituição abriu um período até 31 de julho para a formalização de manifestação de interesse para negociação direta da chamada Quinta do Candal, que integra a histórica sede do Clube Desportivo do Candal e os terrenos do antigo estádio Rei Ramiro, em Vila Nova de Gaia.
Tratando-se de “um ativo disponível e que não faz parte de qualquer utilização no âmbito das suas atividades”, no final de 2021 “a Assembleia Geral da Misericórdia do Porto mandatou a mesa Administrativa da instituição para proceder à alienação” da designada Quinta do Candal, em Vila Nova de Gaia.
Em causa estão uns terrenos localizados à boca da muito valorizada via Edgar Cardoso, que será futuramente servida pela Linha Rubi do Metro do Porto, os quais tê já um Pedido de Informação Prévia (PIP) aprovado com a capacidade construtiva de 38.774,30 metros quadrados acima do solo e 18.037,50 metros quadrados abaixo do solo.
Esta ativo da Misericórdia do Porto inclui a histórica sede do Clube Desportivo do Candal e os terrenos do antigo estádio Rei Ramiro, assim como outros adjacentes atravessados pela mesma artéria.
Foi só em abril passado que a Santa Casa da Misericórdia do Porto avançou com uma primeira tentativa de venda da Quinta do Candal, através de leilão, tendo fixado a base de licitação em 24 milhões de euros.
Realizado a 28 de maio, o leilão “ficou deserto”, pelo que a instituição liderada por António Tavares decidiu “manter o terreno na praça e promover a sua venda também no mercado internacional”.
Ao segundo leilão, efetuado pelo mesmo valor, a 28 de junho, “não foram apresentadas propostas quantificadas”, revelou ao Negócios fonte oficial da Misericórdia do Porto.
Perante estes dois fracassos de venda consecutivos, “a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia do Porto decidiu manter o ativo em processo de alienação, passando à modalidade de negociação direta mediante manifestação de interesse de candidatura”, adiantou a mês fonte oficial da instituição
“Para tanto está aberto um período até 31 de julho para a manifestação de interesse para a referida negociação direta”, sinalizou, observando que “os interessados serão convocados, devendo, no âmbito das negociações, apresentar proposta quantificada”.
A Misericórdia do Porto explica que "tem como principal objetivo aplicar grande parte do valor resultante desta transação em investimento interno, nomeadamente na modernização, remodelação e otimização das estruturas e infraestruturas da instituição, nas suas diversas áreas, particularmente nas suas unidades hospitalares e Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas".
Com este investimento, a instituição “pretende também requalificar o seu parque habitacional e imobiliário, bem como assegurar melhores condições de trabalho aos cerca de 1.300 colaboradores que integram os seus quadros”.
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