Depois da troca de activos, Cimpor funde participadas no Brasil
O conselho de administração da Cimpor, liderado por Proença de Carvalho, deu o seu aval à fusão da sua participada no Brasil com uma sociedade também brasileira da InterCement.
A Cimpor Cimentos do Brasil é detida integralmente pela cimenteira nacional, enquanto a InterCement Brasil é por si detida indirectamente, segundo divulgou a Cimpor em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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“A fusão destas duas sociedades do universo Cimpor virá potenciar a criação de valor conjunto, promovendo a captação de sinergias, levando a uma melhoria da eficiência operacional e da qualidade de serviço prestada ao mercado brasileiro”, concretiza a companhia liderada por Ricardo Lima no documento.
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A Cimpor está presente no Brasil desde 1997, sendo que a sua sociedade brasileira, cujo maior mercado é o do cimento, produz cerca de 7 milhões de toneladas por ano.
A InterCement Brasil pertence à InterCement, a empresa do grupo brasileiro Camargo Corrêa que lançou a oferta pública de aquisição (OPA) à Cimpor e que, na sequência da operação, passou a ser dona de 94,1% da empresa.
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Quando foi realizada a OPA, a InterCement fez um acordo com a Votorantim, outra cimenteira brasileira, para uma troca de activos através da qual a primeira iria ficar com a participação da segunda na Cimpor (21,2%).
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Assim, em primeiro lugar, alguns activos da Cimpor (Espanha, Marrocos, Tunísia, Turquia, Índia, China e Peru) passaram para a InterCement, acompanhados por 21,2% da dívida líquida consolidada da cimenteira portuguesa.
Posteriormente, esses activos que saíram da Cimpor para a InterCement foram para a Votorantim. Em troca, a Votorantim entregou as acções correspondentes a 21,2% do capital da Cimpor.
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Depois, passaram activos e operações da InterCement para a Cimpor, entre os quais, do Brasil, Argentina, Paraguai e Angola. A InterCement Brasil é a entidade que agora se vai fundir com a Cimpor Brasil.
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Num comunicado divulgado no dia 17 de Janeiro, a gestão da Cimpor mostrou acreditar que a empresa poderá ganhar quotas de mercado no Brasil com os investimentos feitos até aqui para aumentar a capacidade de produção.
As acções da Cimpor encerraram hoje, 31 de Janeiro, a subir 1,19% para valerem 3,40 euros, o que fica 38% abaixo do preço da contrapartida de 5,50 euros paga na OPA.
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