Portugueses levam queijo lituano para os EUA
A portuguesa Market Access (MA) ganhou um contrato com a Enterprise Lithuania, a entidade homóloga da AICEP, para apoiar duas grandes empresas de lacticínios daquele país báltico a colocarem os queijos que produzem no mercado americano.
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Segundo disse ao Negócios o sócio da consultora, Rui Sousa, este projecto avaliado em cerca de 30 mil euros e que vai decorrer até ao final deste ano, abrange a Pieno žvaigždes e a Vilkyškiu Pienine. Ambas as empresas estão cotadas em bolsa neste país que aderiu ao Euro no arranque de 2015, e apresentam uma facturação de 163 milhões de euros e de 84 milhões de euros, respectivamente.
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Assessoria na preparação para abordagem do mercado; selecção de mercados e canais de distribuição; identificação de parceiros; estabelecimento de contactos para avaliação de interesse numa relação de negócio; apoio no seguimento de oportunidades. É este o "caderno de encargos" da empresa criada em 2005, que tem a colaboração regular de 16 consultores, sede em Matosinhos e um escritório também em Aveiro.
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A par dos projectos na Lituânia – já trouxe 15 gestores públicos para aprenderem com as parcerias público-privadas portuguesas e esta semana vai estar lá a falar sobre o mercado chinês, a convite da Enterprise Lithuania –, nos próximos dias um dos sócios fundadores da MA, Pedro Vieira, ruma também à vizinha Letónia para acções comerciais e "workshops" sobre a internacionalização do sector alimentar e os mercados do Qatar e Emirados Árabes Unidos.
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"Estes dois mercados europeus, apesar de culturalmente distantes, têm também uma dimensão pequena e as empresas locais têm necessidades muito semelhantes às portuguesas", detalhou Rui Sousa. Quais? Um mercado local reduzido, a necessidade de afirmação internacional ou a falta de reconhecimento quando chegam a mercados externos, exemplificou o gestor.
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Brasileiros e britânicos com "tendências de fuga"
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A MA facturou 400 mil euros em 2015, prevendo um crescimento de 40% no final deste ano, ultrapassando assim o meio milhão de euros. Apesar de cobrir 52 países, o volume facturado no estrangeiro limitou-se a 5% do total registado no ano passado, quando arrancou a "procura mais pró-activa de clientes em mercados externos" com a meta de "atingir rapidamente os 20%".
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Além dos países bálticos, o Brasil e o Reino Unido completam o ranking de melhores mercados externos. No seguimento do recente referendo sobre o Brexit, que determinou a saída da União Europeia, Rui Sousa sente que as empresas britânicas "estão mais intensamente à procura de oportunidades nos Estados Unidos, Singapura e América do Sul", sendo os casos mais recentes que tem em mãos do sector das tecnologias e da educação.
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Já do outro lado do Atlântico, o empresário refere que as companhias estão a procurar alternativas ao mercado brasileiro. Sobretudo nos Estados Unidos e na Europa, embora Portugal "não [esteja] muito no radar". Como consequência do arrefecimento da economia, as empresas estão a mostrar-se mais receptivas a este tipo de consultoria para a internacionalização.
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"No passado recente, o mercado brasileiro era mais do que suficiente para as empresas expandirem as suas operações. Um novo Estado dentro do Brasil era como um novo país e não procuravam muito os serviços de empresas como a nossa. Neste momento nota-se uma muito maior vontade de procurar mercados externos e de receberem as nossas propostas", detalhou Rui Sousa.
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