Google vai abrir cabo submarino nos Açores a outros operadores
A Google quer colocar os Açores como peça "central no mapa das comunicações globais" com o investimento no cabo submarino Nuvem, que vai ligar a Europa aos Estados Unidos. Durante a cerimónia do lançamento oficial do projeto, na ilha de São Miguel, o diretor-geral da Google Portugal, Bernardo Correia, sublinhou que este projeto "reforça o compromisso histórico entre os EUA e Portugal".
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"Portugal tem sido protagonista nos cabos submarinos desde sempre", disse o gestor, lembrando que o primeiro cabo ligava Carcavelos a Inglaterra e que 10 a 15% dos cabos mundiais atravessam Portugal. Agora, "queremos que este hub digital submarino" seja um "novo condutor para responder as exigências do panorama central".
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Bernardo Correia adiantou ainda que o projeto Nuvem "já está a ser construído". E que apesar da prioridade ser fornecer os serviços da tecnológica, o excesso de dados também será utilizado por outros operadores.
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Os benefícios económicos deste projeto foram destacados por todos os presentes, incluindo pelo presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, que considerou o lançamento do Nuvem como um "momento histórico da vida transatlântica".
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Apesar de não ter dados concretos ainda sobre o impacto do novo cabo submarino na economia, o responsável da Google revelou que anteriores projetos do género tiveram um impacto de 500 milhões de euros.
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Já a cônsul da embaixada dos EUA nos Açores, Margaret Campbell, destacou que este projeto "representa um marco significativo na relação entre os EUA e Açores" e reforça a "aliança e amizade duradoura como vizinhos marítimos".
O projeto, que vai "amarrar" nos Açores e em Sines – naquela que será a primeira ligação direta entre EUA e Portugal –, foi denominado Nuvem, para evocar a palavra portuguesa para "cloud".
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A expansão do novo cabo submarino intercontinental da gigante norte-americana tinha sido anunciado em setembro de 2023, pelo anterior governo açoriano, que apontou para 2026 a data de conclusão do projeto.
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Além da construção de um ramal adicional para ligar diretamente os Açores, através da ilha de São Miguel, ao sistema principal do novo cabo submarino intercontinental da Google, está prevista a instalação de uma Estação de Amarração de Cabos (Cable Landing Station, ou CLS, em inglês), em São Miguel, que, simplificando, é onde o cabo submarino é ligado à rede.
O sistema de cabos transatlântico vai ter uma extensão de cerca de 6.900 quilómetros, ligando a cidade americana de Myrtle Beach (no estado da Carolina do Sul), às Bermudas, à ilha de São Miguel e a Sines.
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