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Altman recusa pedir resgate e diz que OpenAI vai ter receitas de 20 mil milhões este ano

As declarações da diretora financeira da OpenAI geraram controvérsia. Sam Altman foi para as redes sociais defender a empresa e garantir que a dona do ChatGPT não precisa de empréstimos do governo e dos contribuintes americanos.

Empréstimos do Governo? Sam Altman diz que não precisa.
Empréstimos do Governo? Sam Altman diz que não precisa. Florian Gaertner/AP Images
07 de Novembro de 2025 às 23:00

A diretora financeira da OpenAI, Sarah Friar, foi a uma conferência do Wall Street Journal esta semana e abordou a possibilidade de o governo americano financiar os "data centers" que a OpenAI quer criar. A resposta de Friar não caiu bem junto daquele que é considerado o pai do ChatGPT, Sam Altman.

O desmentido surgiu numa longa publicação partilhada nas redes sociais de Sam Altman, onde o fundador da OpenAI diz querer "clarificar algumas coisas". 

"Primeiro, o óbvio: não temos nem queremos garantias governamentais para os 'data centers' da OpenAI. Acreditamos que os governos não devem escolher vencedores ou vencidos, e que os contribuintes não devem resgatar empresas que tomam más decisões comerciais ou que perdem no mercado. Se uma companhia falhar, outras vão fazer um bom trabalho", começa por escrever Sam Altman.

Sarah Friar afirmou no evento que o governo americano poderia garantir empréstimos para a infraestrutura da dona do ChatGPT, uma vez que isso permitiria que a empresa pudesse escolher os "chips" mais avançados e modernos. A CFO explicou que a empresa está à procura de criar um ecossistema para financiar o projeto, onde se inserem bancos e empresas de private equity, além do governo, sendo que este último poderia usar o "mecanismo de salvaguarda" para garantir que o financiamento tem "luz verde" o custo é mais pequeno.

Se uma companhia falhar, outras vão fazer um bom trabalho. Sam Altman
CEO da OpenAI

Mediante estas declarações, seguidas de um recuo na rede social LinkedIn, Altman teve de vir em defesa da sua companhia. "Achamos que faz sentido que o governo tenha a sua própria infraestrutura de IA. Construir uma reserva nacional estratégica de capacidade computacional faz sentido. Mas isso deve ser para o benefício do governo, não para o benefício de empresas privadas". 

Regressando ao tópico do empréstimo, o fundador diz que a única vez que tal foi discutido foi no "âmbito do apoio à construção de fábricas de processadores nos EUA, onde nós e outras empresas respondemos ao apelo do governo e teríamos todo o prazer em ajudar (embora sem apresentarmos candidatura formal". "A ideia tem sido garantir que o abastecimento da cadeia de 'chips' seja o mais americano possível, com o objetivo de trazer empregos e o regresso da industrialização aos EUA para reforçar a posição estratégica do país". 

Lançando as perguntas que têm sido levantadas, nomeadamente de como a OpenAI vai pagar a infraestrutura, Sam Altman responde: "Esperamos terminar o ano com mais de 20 mil milhões de dólares em receita anualizada e crescer para centenas de milhares de milhões até 2030", vincou. "Estamos a considerar compromissos de cerca de 1,4 biliões de dólares nos próximos oito anos. Isso requer um crescimento contínuo das receitas, e cada duplicação dá muito trabalho!", reiterando que as expectivas são otimistas.

Para já, as preocupações de Sam Altman e da equipa da OpenAI estão concentradas no risco de não existe capacidade computacional suficiente, admitindo que o ritmo de libertação de novos produtos, ferramentas e modelos de IA está a ser prejudicado pelos receios de bloqueio do poder de computação atual. O custo, dado a elevada procura que se tem observado nos últimos anos, é também uma inquietude para a empresa, dado que o objetivo é oferecer "IA barata e abundante". 

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