Sonae investe numa ronda de 6,2 milhões da norte-americana FlowFuse
A Bright Pixel, braço de investimento em capital de risco do grupo liderado por Cláudia Azevedo, participou na ronda de financiamento da startup tecnológica especializada na digitalização industrial.
Contando no seu portefólio com mais de meia centena de empresas em todo o mundo nos segmentos de cibersegurança, tecnologias de retalho e infraestruturas digitais, a Bright Pixel (antiga Sonae IM) soma já cinco investidas este ano, das quais quatro nos Estados Unidos.
Após ter participado em 2025 nas rondas de financiamento das norte-americanas Keychain (cinco milhões de dólares, em fevereiro), Knostic (11 milhões em março) e Picnic Corporation (10 milhões em abril), e da francesa Sekoia (26 milhões em abril), o braço de investimento em capital de risco do grupo Sonae voltou ao Estados Unidos.
A Bright Pixel Capital participou na ronda de investimento de 7,2 milhões de dólares (6,2 milhões de euros) levantada pela tecnológica FlowFuse, uma "empresa de referência no movimento de digitalização industrial, que permite às empresas modernizar as suas operações através de uma solução de automação ‘low-code’ escalável”, revela a subsidiária da Sonae, em comunicado.
Liderado pela Senovo e com a participação dos investidores Uncorrelated, Westwave e Open Core Ventures, este financiamento permitirá à startup norte-americana “acelerar o desenvolvimento do seu produto, simplificando a extração, transformação e utilização de dados industriais, possibilitando às organizações desenvolver aplicações robustas e integradas para a sua transformação digital”, explica a Bright Pixel.
De acordo com o braço tecnológico da Sonae, a FlowFuse disponibiliza uma plataforma comercial que simplifica a criação e gestão de aplicações “Node-RED”, uma ferramenta de programação visual ‘low-code’, que “permite o desenvolvimento rápido de aplicações ao conectar diversas fontes de dados, desde equipamentos industriais antigos até APIs modernas na ‘cloud’, sendo já utilizado por empresas como a Siemens e a Bosch”.
No entanto, sinaliza, “o Node-RED apresenta várias limitações para utilizadores empresariais que necessitam de escalabilidade, segurança e governança”, pelo que, garante, “a FlowFuse é uma solução comercial, de nível empresarial, construída sobre o ‘Node-RED’, concebida para colmatar essas lacunas”.
“A FlowFuse tem ajudado muito organizações a otimizar os fluxos de trabalho através do desenvolvimento de aplicações baseadas em dados industriais relevantes, contribuindo para agilizar a sua transformação digital. Estamos orgulhosos em apoiar o seu crescimento, procurando ajudá-los a desenvolver novos produtos e a escalar as suas soluções no mercado de modo a tornar os dados industriais ainda mais acessíveis e acionáveis para as empresas”, afirma Pedro Pinheiro, principal na Bright Pixel.
“Tivemos um crescimento excecional num setor tradicionalmente lento, com um crescimento de 4,5 vezes no nosso volume de receitas recorrentes anuais (ARR) entre 2023 e 2024, e estamos no bom caminho para repetir esse feito este ano”, destaca, por sua vez, Zeger-Jan van de Weg, CEO da FlowFuse.
“Esta trajetória valida a necessidade crítica de uma plataforma que torne os dados industriais acessíveis e acionáveis, e estamos entusiasmados por poder acelerar ainda mais o nosso impacto”, remata o líder da startup norte-americana.
“Este financiamento permite-nos concretizar plenamente a nossa visão, que passa não só por apoiar o Node-RED, mas por melhorar ativamente a sua experiência de utilização e expandir as suas capacidades para uma plataforma para dados industriais totalmente integrada”, conclui Nick O'Leary, cofundador e CTO da FlowFuse, tendo sido o criador do projeto “open-source NOD-RED”.
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