Segurança no 5G? Governo assume "riscos" e deve seguir Bruxelas
O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, admite que "há riscos" associados à crescente conetividade permitida pelas redes de telecomunicações, numa altura em que se prepara a transição para o 5G. Para Souto de Miranda, Portugal "deve alinhar-se pelas melhores práticas europeias".
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Depois de ter referido o caso Huawei como emblemático no que toca às preocupações com a segurança das novas redes, Souto de Miranda considerou que o direito fundamental à privacidade é "desafiante" tanto nas relações com a China "como já tinha sido desafiante nas relações com os Estados Unidos".
Souto de Miranda avançou que está "atento" ao modelo a surgir na Alemanha. "Estou à espera que me chegue a versão traduzida, e acho que a comissão também vai seguir o exemplo alemão", disse. Para o secretário responsável pelas Comunicações, esta é uma "abordagem virtuosa" pois "em vez de banir uma empresa em si mesma, adotar um regulamento de segurança em que qualquer empresa tem de passar por esse crivo".
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Esta seria, do ponto de vista de Souto de Miranda, "uma forma inteligente, neutra e isenta de não entrar em guerras comerciais". Esta questão coloca-se numa altura em que o presidente Donald Trump, colocou a Huawei na "lista negra" dos Estados Unidos, na sequência de acusações de que a empresa pode constituir uma ameaça à segurança nacional, tendo em conta possíveis ações de espionagem para o Governo chinês.
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A sustentar os receios internacionais em relação à possível espionagem por parte da Huawei, está uma recente lei chinesa que requer às empresas que colaborem com o Governo quando solicitado.
A Huawei tem vindo a negar as acusações e já apelou aos Estados Unidos para "pararem com a infundada repressão", considerando existir uma "forte motivação e manipulação política" nos processos movidos contra a empresa.
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