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CEO da Altice "reiterou respeito por direitos dos trabalhadores", diz sindicato

Os sindicatos da Altice Portugal reuniram-se esta tarde com os representantes da administração da dona da Meo, na sequência da "operação Picoas".

Ana Figueiredo Altice Portugal
Ana Figueiredo Altice Portugal Direitos Reservados
17 de Julho de 2023 às 20:48

A presidente executiva (CEO) da Altice Portugal, Ana Figueiredo (na foto), reiterou esta segunda-feira numa reunião com os sindicatos, na sequência da "operação Picoas", o "respeito por todos os direitos e garantias e estabilidade social e laboral dos trabalhadores".

Em declarações à Lusa, Jorge Félix, do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal (STPT), disse que, na reunião, a CEO "confirmou que as empresas estão a ser objeto de investigação".

"Reiterou o respeito por todos os direitos e garantias e estabilidade social e laboral dos trabalhadores", e "garantiu estabilidade e tranquilidade", disse ainda o dirigente sindical.

Os sindicatos da Altice Portugal reuniram-se esta tarde com os representantes da administração da dona da Meo, na sequência da "operação Picoas".

A Altice anunciou hoje que o co-CEO, Alexandre Fonseca, suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de 'chairman' em diversas filiais.

Os sindicatos querem a garantia de "estabilidade social e laboral" e que "os direitos dos trabalhadores sejam mantidos", quer para os que estão no ativo, como os que estão em pré-reforma ou com suspensão do contrato.

Alexandre Fonseca deixou a presidência executiva da Altice Portugal em abril do passado, passando a ter funções executivas internacionais no grupo, acumulando com o cargo de 'chairman' na subsidiária portuguesa.

É desde março 'chairman" da Altice USA.

A "operação Picoas", desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).

Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).

Em causa, alegadamente, está uma "viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.

As autoridades consideram que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros".

Em 2 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.

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