Acionista da Groundforce diz ter aceitado condições do Governo. Ministério desmente
Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundoforce, diz ter aceitado as condições impostas pelo Governo para desbloquear o impasse que se vivia na empresa de 'handling' (assistência em terra), criando assim condições que permitem viabilizar o pagamento dos salários em atraso aos 2.400 trabalhadores.
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Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas, liderado por Pedro Nuno Santos, desmente esta versão dos factos e diz que Alfredo Casimiro "colocou novas condições" para aceitar um entendimento, sem especificar quais, sendo que estas se encontram agora a ser analisadas.
O líder da Pasogal, que detém 50,1% da Groundforce, diz ter comunicado a aceitação dos termos definidos pelo ministro da Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, numa reunião que manteve esta sexta-feira, 5 de março, com o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Mendes.
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"Concordamos com todas as exigências que o ministro referiu ontem na conferência de imprensa", adiantou ao Negócios fonte da Pasogal. Alfredo Casimiro aguarda agora por uma resposta de Pedro Nuno Santos, o que deverá acontecer ainda hoje.
O Governo reitera que não foi isso que aconteceu, o que significa que uma solução para o problema da Grounforce ainda está longe de acontecer.
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Em cima da mesa está a proposta de a TAP disponibilizar à Groudforce 2,05 milhões de euros de adiantamento, para que sejam pagos os salários, e receber em troca uma penhora da participação da Pasogal, o maior acionista da empresa de 'handling'.
Alfredo Casimiro considerou esta proposta "incompreensível" e até "ilegal"."A resposta que recebemos é para nós incompreensível, e temos razões fundamentadas para acreditar também ilegal: a entrega como garantia do penhor das ações de um acionista (Pasogal) a outro acionista (TAP)", referiu na terça-feira.
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Já ontem disse ter oferecido a sua posição acionista como garantia de que a empresa vai pagar à TAP os adiantamentos necessários para pagar os salários em falta, e que Pedro Nuno Santos "propõe" a perda das ações - relativas a 50,1% do capital - na Groundforce "se o Estado se atrasar na concessão do aval", para um financiamento bancário.
"A resposta que recebi do Senhor Ministro das Infraestruturas e da Habituação, Pedro Nuno Santos, à proposta que fiz para viabilizar a Groundforce é insultuosa, uma chantagem e um ultimato inaceitável", defendeu, em comunicado.
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