Em 2023, o mercado cambial foi marcado por uma certa acalmia no que diz respeito às principais divisas internacionais. Como previu a DECO PROteste Investe, houve, no entanto, maior volatilidade na relação do euro com o dólar. A primeira metade do ano passado distinguiu-se por um sobe e desce, confirmando as previsões. Até meados de julho de 2023, a moeda única europeia valorizou 6% face à americana, sobretudo depois de a política monetária do Banco Central Europeu ter começado a acompanhar o combate à inflação iniciado por Jerome Powell, da Reserva Federal americana (a Fed). Contudo, no segundo semestre, o dólar recuperou, impulsionado pelo desempenho económico acima do esperado nos Estados Unidos. A economia norte-americana registou uma taxa de crescimento anualizada de 4,9%, no terceiro trimestre. Esta robustez económica, aliada à postura conservadora da Fed, apesar dos sinais de desaceleração da inflação, tornou o dólar a escolha preferencial dos investidores - especialmente depois da desaceleração da procura agregada global, que afetou muitas economias da Europa e Ásia.