Decisão da Fed e 4 outras coisas que tem de saber para começar o dia

Todas as atenções estão na reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, onde os decisores de política monetária vão divulgar se cortam ou não as taxas de juro de referência. A expectativa do mercado é que anunciem, esta quarta-feira, no final de dois dias de encontro, um corte de 25 pontos-base. No entanto, com o grupo dividido, o foco estará em sinais sobre o futuro.  

Além da decisão da Fed, estará em foco outra intervenção de política monetária. A presidente do BCE será entrevistada pelo jornalista do Financial Times Martin Wolf num painel sobre o papel do euro e do dólar como moedas globais e as oportunidades para o euro digital. A responsável poderá também pronunciar-se sobre as palavras de Isabel Schnabel, membro do conselho executivo do BCE, que disse que o próximo movimento dos juros poderá ser uma subida e que está preparada para suceder a Lagarde.      

A reação dos investidores à venda pela Galp de uma participação de 40% no projeto de exploração petrolífera na Namíbia, onde detinha 80%, à TotalEnergies foi bastante negativa, com a petrolífera a perder quase 15% na sessão de terça-feira e cerca de 1,8 mil millhões em capitalização bolsista. O negócio não foi feito em dinheiro, mas sim com a partilha de investimentos e ativos, o que levou os líderes da empresa dizerem que "não trocam dinheiro à cabeça por valor”. Os mercados vão reagir às justificações esta quarta-feira.                   

O Instituto Nacional de Estatística divulga esta quarta-feira os dados referentes às exportações e importações nacionais de outubro. No mês anterior, as exportações de bens disparam 14,3% em setembro, enquanto as importações cresceram 9,4%. O disparo das exportações deveu-se ao acordo comercial entre os EUA e a UE, que reduziu as tarifas inicialmente impostas pela Administração Trump para 15%. Ainda esta quarta-feira, o INE divulga o índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria.          

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, apresenta esta quarta-feira em conferência de imprensa o relatório anual sobre a economia chinesa. O documento poderá conter novas indicações sobre as perspetivas da segunda maior economia do mundo, depois da guerra de tarifas com a Administração Trump. Por enquanto, as tarifas médias de 47,5% que os EUA aplicam à China, de acordo com o Peterson Institute for International Economics, parecem não estar a afetar as exportações, que cresceram 5,9% em novembro.