Administradores do Barclays sem bónus devido a manipulação da Libor
As coimas acordadas com as autoridades britânicas e norte-americana são, segundo a agência Bloomberg, as mais altas que estas entidades alguma vez impuseram. O Barclays chegou a acordo com a autoridade financeira britânica (FSA) e com a comissão norte-americana de negociação de futuros (CFTC) na investigação. O Barlcays também alcançou um entendimento com o departamento de Justiça dos Estados Unidos, de acordo com um comunicado colocado na página de Internet do banco.
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“Para reflectir a nossa responsabilidade colectiva enquanto líderes, o Chris Lucas [CFO], o Jerry del Missier [COO], o Rich Ricci e eu [Robert Diamond, CEO], acordámos, voluntariamente, com o conselho de administração renunciar a qualquer consideração a bónus anuais este ano”, aponta Diamond no mesmo documento. No início de 2012, o bónus a receber por Diamon era de 2,7 milhões de libras, de uma remuneração total de 6,3 milhões.
O pagamento das coimas pelo banco refere-se aos acordos a que o Barclays chegou com os reguladores e que estão relacionados com a investigação à manipulação da taxa Libor. O Barclays é o primeiro banco que chega a acordo nesta investigação.
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A taxa Libor é uma taxa que os bancos praticam nas operações entre si em Londres, usada como referência em contratos no valor total de 360 biliões de dólares, como salienta o “Financial Times”. À semelhança da europeia Euribor, é decidida por um conjunto de bancos. O Royal Bank of Scotland, o UBS ou o Citigroup estão entre os restantes bancos a serem investigados. Alegadamente, os bancos estariam a fixar a Libor para obter lucros de derivados indexados àquela taxa, de acordo com a Bloomberg.
“Nada é mais importante para mim do que ter uma forte cultura no Barclays. Lamento que algumas pessoas tenham agido de uma forma que não é consistente com a nossa cultura e os nossos valores”, escreveu Robert Diamond no comunicado do banco, em que indica que o Barclays também conseguiu um entendimento condicional com a divisão de Concorrência do Departamento de Justiça norte-americano no caso de alegada violação da lei da Concorrência norte-americana no que diz respeito a instrumentos financeiros que usam a Euribor como referência.
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