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A semana em oito gráficos: bolsas europeias aguentam-se em clima de "cortar à faca"

As fricções comerciais entre os EUA e a China continuaram a marcar a semana e a ditar a evolução dos activos na maioria dos mercados. Nas bolsas europeias, o saldo da semana foi, ainda assim, positivo.

Índice londrino no pódio das subidas

Índice londrino no pódio das subidas
Entre as principais praças mundiais, o índice britânico FTSE esteve entre os que mais se destacaram nas subidas durante esta semana – que na Europa foi mais curta, já que, devido à celebração pascal, a negociação só retomou na terça-feira. A bolsa londrina – que entre Janeiro e Março registou registou o pior trimestre em quase sete anos, a cair 7,77% - acabou por conseguir ganhar 1,80% no saldo desta segunda a sexta-feira, numa semana de altos e baixos nos mercados accionistas devido ao inflamar e ao aliviar constante das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Na sexta-feira, os ânimos voltaram a aquecer, depois de Donald Trump ter ameaçado impor mais tarifas aduaneiras a produtos chineses.

PSI-20 mantém ganhos depois de trimestre positivo

PSI-20 mantém ganhos depois de trimestre positivo
O índice de referência nacional somou 0,21% no cômputo da semana, depois de no trimestre ter sido o único da Europa Ocidental a fechar com saldo positivo. Apesar da queda de 1,25% na sexta-feira, a praça lisboeta conseguiu manter-se à tona no cômputo das quatro sessões – segunda-feira esteve encerrada devido à celebração do período pascal – com a ajuda sobretudo da Galp Energia e da Corticeira Amorim.

Mota-Engil cai perto de 6% na semana

Mota-Engil cai perto de 6% na semana
No saldo da semana da bolsa nacional, a Mota-Engil destacou-se nas perdas do PSI-20, ao recuar 5,81%. A última sessão da semana deu a machadada final, com a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins a afundar perto de 8%. Isto depois de ter reportado, antes da abertura da sessão, uma queda de 97% dos lucros de 2017.

Micro Focus impulsiona subidas em Londres

Micro Focus impulsiona subidas em Londres
A transnacional britânica Micro Focus International, que opera na área do software e soluções nas tecnologias da informação, foi a que mais contribuiu para os ganhos semanais do índice londrino FTSE 100. A empresa, que tem sido negligenciada pelos investidores nos últimos tempos, começou a ver a luz ao fundo do túnel e disparou 14,36% esta semana, dada a convicção dos analistas técnicos de que a Micro Focus já bateu no fundo.

Incyte pressiona índice S&P 500

Incyte pressiona índice S&P 500
A biofarmacêutica norte-americana Incyte, que se tem concentrado no desenvolvimento de moléculas com o intuito de as comercializar nos próximos anos como formas de tratamento contra o cancro para distintas patologias, cedeu terreno esta semana e foi a cotada com pior desempenho no índice norte-americano Standard & Poor’s 500, ao afundar 17,32%. Isto depois de ter sido noticiado que a sua terapia combinada contra o melamona, que estava a desenvolver com a Merck, não atingiu o principal objectivo. Este fracasso constitui um rude golpe para a Incyte, que já firmou acordos com grandes farmacêuticas para testar a eficácia e segurança do seu tratamento de imunoterapia em combinação com os medicamentos contra o cancro de cada uma dessas empresas, em testes separados. O que acontece é que o epacadostat, um inibidor oral selectivo da enzima IDO1 da Incyte, que estava a ser testado como componente essencial da terapia combinada em oncologia, falhou as metas pretendidas.

Dólar cai face à libra e ao iene

Dólar cai face à libra e ao iene
A moeda norte-americana depreciou-se face às suas principais congéneres no cômputo semanal, nomeadamente contra a libra esterlina e iene. A pressionar estiveram os receios em torno da guerra comercial entre os EUA e a China, bem como os dados económicos divulgados na sexta-feira, com o mercado de trabalho norte-americano a dar sinais de uma desaceleração do seu crescimento. A excepção foi contra o euro, já que a nota verde conseguiu ganhar terreno à moeda única europeia.

Petróleo cai com receios de guerra comercial

Petróleo cai com receios de guerra comercial
O petróleo cedeu terreno nos principais mercados internacionais, penalizado pelos receios de uma guerra comercial Washington-Pequim, o que afectará o crescimento mundial e, consequentemente, a procura de energia. Os crudes de referência em Nova Iorque e Londres registaram a pior semana em dois meses devido ao escalar de tensões entre EUA e China. No mercado londrino, o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – afundou 4,18% na semana.

Juros das obrigações nos EUA sobem na semana

Juros das obrigações nos EUA sobem na semana
As incertezas em torno das fricções comerciais entre os Estados Unidos e a China têm penalizado o investimento em acções, com os investidores a preferirem desviar-se para aplicações mais seguras, como a dívida norte-americana e o iene. Esta semana a aposta nas obrigações do Tesouro dos EUA manteve-se, com os juros da dívida no prazo a 10 anos – que é o vencimento de referência – a subirem 4,37 pontos base para 2,7826%.
07 de Abril de 2018 às 09:30

A bolsa nacional valorizou ligeiramente esta semana, elevando para 0,53% o ganho desde o início do ano. A cotada com melhor performance do PSI-20 foi a Corticeira Amorim, a somar 5,58% no conjunto dos cinco dias, ao passo que a Mota-Engil travou os ganhos do índice de referência nacional, a perder 5,81% entre terça e sexta-feira.

Na segunda-feira, recorde-se, os mercados europeus não negociaram devido à celebração do período pascal.

As restantes bolsas europeias negociaram também, generalizadamente, em alta, apesar dos sobressaltos decorrentes das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

 A sobressair nas subidas do Velho Continente esteve a praça de londrina, com o FTSE a valorizar 1,80%.

Entre as cotadas europeias que mais sobressaíram do lado positivo esteve a britânica Micro Focus International, ao passo que a também britânica BTG plc foi o título do Stoxx 600 que mais desceu.

Nos EUA, os principais índices tiveram uma performance negativa no acumulado da semana, a não conseguirem aguentar a pressão sofrida com os avanços e recuos na potencial guerra comercial Washington-Pequim.

No mercado cambial, destaque para o enfraquecimento do dólar face às principais congéneres, com excepção do euro.

Nas matérias-primas, o petróleo também cedeu terreno devido às fricções comerciais.

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