Sonae Capital recua e não apresenta proposta de dividendo
"A Sonae Capital vem pelo presente informar que, face ao contexto de elevada incerteza resultante da pandemia covid-19 e consequente estado de emergência em Portugal, o seu conselho de administração deliberou, à data de hoje, reverter a proposta anteriormente anunciada de distribuição de dividendos", informou a empresa em comunicado divulgado junto da CMVM.
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Segundo a empresa liderada por Miguel Gil Mata (na foto), "esta decisão foi tomada por prudência, com o objectivo de assegurar uma acrescida estabilidade financeira da Sonae Capital, fundamental para garantir a sua resiliência nos cenários mais disruptivos que a situação actual leva a equacionar".
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O documento refere ainda que o conselho de administração "considera reavaliar esta decisão quando existir uma maior visibilidade sobre o futuro, a normalidade de todas as suas operações seja retomada e, sobretudo, tendo em consideração a adequabilidade da estrutura de capitais à tipologia de activos e negócios em posse do grupo".
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Apesar de ter duplicado os prejuízos para 12,3 milhões de euros em 2019, a Sonae Capital tinha anunciado, no passado dia 15 de fevereiro, que iria voltar a remunerar fortemente os acionistas. No total, propunha distribuir 15 milhões de euros, o que correspondia a um dividendo líquido de seis cêntimos por ação.
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A pandemia tem estado a levar mais algumas empresas do PSI-20 (e no resto do mundo) a cancelar o pagamento de dividendos, como já foi o caso também dos CTT, do BCP e da Novabase. No entanto, outras cotadas já viram ser aprovada, em AG, a remuneração acionista por conta dos resultados de 2019, como é o caso da EDP Renováveis - e a EDP e Sonae têm já a proposta de pagamento. Já a Navigator vai reduzir o seu dividendo para metade.
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