Crude de Nova Iorque 10% abaixo do máximo deste ano
As cotações do crude acentuaram o movimento de queda, depois de estarem a negociar em alta durante a manhã, dirigindo-se assim para a terceira semana consecutiva de baixa. Os maus dados sobre o desemprego nos EUA, divulgados ontem, intensificaram os receios de que a retoma económica demore e que haja uma menor procura de combustível.
As cotações do crude acentuaram o movimento de queda, depois de estarem a negociar em alta durante a manhã, dirigindo-se assim para a terceira semana consecutiva de baixa. Os maus dados sobre o desemprego nos EUA, divulgados ontem, intensificaram os receios de que a retoma económica demore e que haja uma menor procura de combustível.
Em Londres, o contrato de Agosto do Brent do Mar do Norte, “benchmark” para a Europa, cedia 1,56% para 65,61 dólares por barril.
Em Nova Iorque, onde é transaccionado o West Texas Intermediate (WTI), crude de referência dos Estados Unidos, está a haver apenas negociação electrónica, que será contabilizada na sessão de segunda-feira da próxima semana.
O WTI para entrega em Agosto seguia a perder 1,65% para 65,53 dólares, o que corresponde a uma queda de 10% face ao máximo deste ano de 73,38 dólares atingido a 30 de Junho.
A taxa de desemprego nos EUA subiu para o mais alto nível de há quase 26 anos, o que está a penalizar as cotações do petróleo. Na próxima semana, os preços poderão continuar a cair, já que os analistas inquiridos pela Bloomberg prevêem que as reservas norte-americanas de crude tenham subido esta semana com a fraca economia a reduzir a procura.
Por outro lado, a nota verde está a ganhar terreno contra o euro, o que também diminui a atractividade da matéria-prima para os investidores, já que é denominada em dólares.
Apesar de o dia da independência dos EUA ser a 4 de Julho, os norte-americanos costumam antecipar para sexta-feira ou adiar para segunda-feira a comemoração dos feriados que “calham” ao fim-de-semana.
Na manhã de 30 de Junho, o Brent subiu cerca de dois dólares no período de uma hora, atingindo os 73,50 dólares, antes de cair fortemente. Isto devido a uma manobra especuladora de um operador da sociedade de corretagem PVM Oil Futures, que procedeu a uma avultada compra de contratos de Brent. A operação provocou perdas de sete milhões de euros à PVM, que está agora a investigar o operador em questão, Steve Perkins, que já foi suspenso.
A PVM diz ter sido “vítima de uma operação não autorizada”, que deu origem a um significativo aumento dos volumes de contratos de futuros, referiu a “BBC News” citando um comunicado da empresa. Quando a operação foi descoberta, as posições foram imediatamente encerradas, o que levou à queda das cotações.
Mais lidas