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Juros portugueses são os que mais recuam após declarações de Draghi

As rendibilidades pedidas pelos investidores para trocar dívida de países em dificuldades da Zona Euro estão em forte queda, depois do anúncio do plano de compra de obrigações do BCE. Portugal lidera os deslizes com as "yields" em novos mínimos desde o início de 2011.

06 de Setembro de 2012 às 16:07

Portugal é “elegível” a esta compra quando regressar aos mercados, operação prevista para Setembro de 2013, e essa indicação trouxe um maior alívio para as rendibilidades pedidas pelos investidores quando trocam dívida nacional no mercado secundário.

A taxa de juro associada às obrigações portuguesas a dez anos perde 38,8 pontos base e está agora nos 8,719%, um novo mínimo desde Abril de 2011, o mês em que Portugal pediu ajuda externa. O prémio de risco, que assinala o diferencial entre as taxas praticadas sobre a dívida nacional e as da dívida alemã, desceu para valores da primeira metade de 2011.

Este diferencial é designado de prémio de risco, já que assinala a rendibilidade extra que um investidor está disposto a pagar para deter dívida de um país, neste caso de Portugal, em vez de comprar dívida alemã, a dívida da maior economia da Zona Euro. Quanto maior a diferença, maior a percepção de risco em relação à dívida do outro país. O prémio está hoje a diminuir, já que, além de as taxas de juro implícitas às obrigações portuguesas estarem a cair, as “yields” associadas à dívida alemã estão a subir.

A taxa de juro implícita das obrigações portuguesas a cinco anos cai 50,9 pontos base e é a que mais desliza entre os vários prazos, estando nos 6,592%, um valor mínimo desde Fevereiro, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. A dois anos, a descida é mais tímida (6,6 pontos base), deixando a "yield" em 4,772%.

As quebras das rendibilidades associadas às obrigações italianas e espanholas são menos intensas que as de Portugal, embora no caso das “yields” da dívida de Espanha, grande parte das maturidades registe perdas superiores a 30 pontos base. Isto depois de o Mario Draghi, presidente do BCE, anunciar a intenção de compras ilimitadas de obrigações de países que assim o solicitem e assim o acordem.

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