Reação à decisão da Fed e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia
Os mercados europeus reagem à decisão da Reserva Federal, com Londres e Tóquio a decidirem a política monetária. Por cá, é divulgada a balança de pagamentos e o índice de preços na produção industrial.
Mercados europeus reagem à decisão da Fed |
Esta quinta-feira, os mercados europeus reagem à decisão da Reserva Federal norte-americana, depois de os asiáticos o terem feito de madrugada. Na quarta-feira, a Fed reduziu as taxas de juro em 25 pontos-base, numa altura em que sinais de abrandamento do crescimento económico e a inflação persistente têm colocado pressão sobre a autoridade monetária. Os investidores já descontavam esta redução e alguns esperavam um corte de 50 pontos-base, pelo que a decisão não entusiasmou Wall Street, que fechou maioritariamente em queda. |
Decisões de política monetária em Inglaterra |
O Banco de Inglaterra reúne esta quinta-feira para decidir sobre taxas de juro. Os mercados esperam que a taxa se mantenha nos 4%, dado que a inflação continua persistente. Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a inflação no Reino Unido em agosto foi de 3,8% em termos homólogos, muito acima da meta de 2%. Além disso, o crescimento económico enfrenta desafios: no segundo trimestre, o PIB apenas cresceu apenas 0,3%. O tom do comunicado será observado de perto para perceber até que ponto a autoridade monetária admite cortes em 2025, num contexto em que a economia britânica tem mostrado sinais de abrandamento. |
Banco do Japão discute taxas de juro |
Também em Tóquio a política monetária está em destaque. Na madrugada de quinta para sexta-feira, o Banco do Japão deverá manter a taxa de juro de curto prazo nos 0,50%, mas cresce a especulação de que poderá subir os juros até ao final do ano, perante pressões inflacionistas mais persistentes e a desvalorização do iene. Qualquer mudança no discurso do banco central pode ter impacto imediato nos mercados cambiais e obrigacionistas internacionais, dada a relevância do Japão a nível global. |
BdP divulga balança de pagamentos |
O Banco de Portugal apresenta a balança de pagamentos, essencial para avaliar a posição externa da economia portuguesa. Entre janeiro e junho, o país registou um excedente externo de 2.265 milhões de euros, menos 1.976 milhões do que no mesmo período de 2024. A redução deveu-se sobretudo ao aumento das importações (+2.490 milhões) e à quebra das exportações (-258 milhões), ainda que o saldo positivo do turismo (+489 milhões) tenha atenuado o impacto. No semestre, o excedente corrente e de capital representou 1,6% do PIB. |
Índice de preços na produção industrial em Portugal |
O INE divulga os dados mais recentes sobre os preços na produção industrial, um indicador que antecipa pressões inflacionistas no consumidor. Em julho, o índice caiu 3,7% em termos homólogos, acentuando a descida de 3,0% registada em junho. A quebra reflete sobretudo reduções nos preços da energia (-7,6%), dos bens intermédios (-4,0%) e dos bens de consumo não duradouro (-4,3%). Os bens de investimento (+2,0%) e os de consumo duradouro (+1,8%) foram exceção, registando aumentos. A divulgação de hoje permitirá avaliar se esta tendência de arrefecimento continua, com impacto nas margens industriais e no alívio da inflação ao consumidor. |
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