Europa encerra no verde apesar de aumento dos riscos geopolíticos e turbulência em França
Juros agravam-se na Zona Euro. França em contramão
Petróleo avança quase 2% após ataque de Israel no Catar
Recuperação do dólar abranda com novos dados do mercado laboral
Ouro atinge novo recorde após revisão anual do emprego nos EUA
Wall Street divide-se entre ganhos e perdas à espera de novos dados
Taxa Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses
Europa negoceia sem rumo com crise política em França a pressionar. Anglo American dispara 9%
Dólar em mínimos de sete semanas. Iene e libra ganham fôlego
"Yield" da dívida soberana francesa a 10 anos fixa-se acima da italiana. Juros agravam em toda a linha
Ouro renova máximos históricos com expectativa de cortes de juros pela Fed
Petróleo sobe com corte modesto da OPEP+ e receios sobre oferta russa
Ásia termina sessão com resultados mistos. Europa aponta para abertura em alta
Europa encerra no verde apesar de aumento dos riscos geopolíticos e turbulência em França
Os principais índices europeus encerraram a segunda sessão da semana maioritariamente no verde, com Lisboa e Frankfurt a escaparem à tendência. As movimentações desta terça-feira foram bastante modestas, com os ganhos a serem limitados pela queda do Governo francês, o que mergulhou o país numa nova crise política, e também pela escalada do conflito no Médio Oriente, que levou os investidores a afastarem-se um pouco do risco e a procurarem ativos como o ouro - que atingiu novos máximos históricos.
O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, terminou a negociação quase inalterado face a segunda-feira, com ganhos de apenas 0,06% para 552,39 pontos, tendo chegado a ganhar 0,4%. Apesar da turbulência política, o francês CAC-40 conseguiu acelerar 0,19%, numa altura em que o Presidente do país está comprometido em arranjar um solução sem ter de dissolver a Assembleia Nacional. Emmanuel Macron prometeu indicar o substituto de François Bayrou nos próximos dias.
"A queda do governo já estava incorporada [nos mercado] e, de certa forma, a possibilidade de uma revisão em baixa do 'rating' pela Fitch na sexta-feira", explica Christopher Dembik, consultor sénior de investimentos da Pictet Asset Management, à Reuters. "O desempenho inferior das ações francesas deve continuar, mas não vejo uma crise [nas ações] a desenrolar-se no curto prazo", conclui.
A incerteza política em França e os grandes níveis de endividamento do país têm deixado os investidores bastante apreensivos. Esta terça-feira, e pela primeira vez na história, os juros da dívida francesa a dez anos, maturidade de referência, chegaram a ultrapassar os da italiana, apesar de terem encerrado a sessão ligeiramente abaixo. O anúncio da moção da confiança levou os "traders" a afastarem-se de ativos gauleses, com o CAC-40 a perder 3% e o setor bancário a ser o mais afetado.
Entre as principais movimentações, a Anglo American disparou 7,96% para 24,65 libras, depois de o conglomerado britânico ter concordado em unir-se à Teck Resources num dos maiores negócios do setor da mineração em mais de uma década. Já o Banca Monte dei Paschi di Siena acelerou 6,26%, depois de ter garantido uma participação maioritária no Mediobanca. Este último saltou 5,90% para 20,63 euros.
Nos resultados por praças, o alemão DAX recuou 0,37% e o português PSI caiu 0,86%. Já o espanhol IBEX 35 subiu 0,14%, o italiano FTSEMIB valorizou 0,68%, enquanto o neerlandês AEX somou 0,33% e o britânico FTSE 100 ganhou 0,23%.
Juros agravam-se na Zona Euro. França em contramão
Os juros das dívidas soberana da Zona Euro encerraram a sessão desta terça-feira com agravamentos, com França a ser o único país a escapar a esta tendência. A "yield" a dez anos das obrigações gaulesas chegou a ultrapassar a italiana, marcando uma reviravolta histórica na região, numa altura em que os investidores demonstram grandes preocupações com o futuro das contas públicas francesas - principalmente depois de o Governo de François Bayrou não ter resistido a uma moção de confiança.
No entanto, os juros franceses a dez anos acabaram por terminar a sessão abaixo dos da Itália e em contramão com o resto da Zona Euro. A "yield" gaulesa recuou 0,9 pontos base para 3,467%, enquanto a italiana com a mesma maturidade avançou 0,6 pontos para 3,475%. Por sua vez, os juros das obrigações alemãs a dez anos - que servem de referência para a região - aceleraram 1,7 pontos para 2,657%, reduzindo o prémio de risco em comparação com França para 81 pontos.
Pela Península Ibérica, a tendência de agravamentos manteve-se. A "yield" da dívida soberana portuguesa a dez anos subiu 1,9 pontos para 3,075%, enquanto a espanhola avançou 1,8 pontos para 3,243%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica saltaram 1,7 pontos base para 4,621%, enquanto a "yield" das "Tresuries" norte-americana acelerou 4 pontos para 4,080% - isto depois de os números da criação de emprego entre abril de 2024 e março de 2025 terem sido revistos em baixa em 911 mil postos de trabalho, a maior atualização de sempre.
Petróleo avança quase 2% após ataque de Israel no Catar
Os preços do petróleo estão a negociar com ganhos perto de 2% esta tarde, impulsionados por uma escalada do conflito no Médio Oriente. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram um ataque esta terça-feira contra a liderança política do Hamas em Doha - uma investida que já mereceu a condenação de uma série de países vizinhos e do próprio Catar. No entanto, e de acordo com a Reuters, a delegação do grupo palestiniano que estava presente na capital catari terá sobrevivido.
É já a segunda vez que o Catar é apanhado no meio das ofensivas de Israel, com a primeira a acontecer durante a guerra de 12 dias entre a nação liderada por Benjamin Netanyahu e o Irão - que teve ainda intervenção dos EUA. O primeiro-ministro israelita já reivindicou o ataque, que, diz, foi "iniciado e conduzido por Israel" - com o país a tomar "total responsabilidade" pela operação. Até agora, não se sabe quantos feridos ou mortos a investida provocou, mas os investidores receiam que a ofensiva possa adensar ainda mais o conflito e espalhar-se para o resto do Médio Oriente - uma região bastante rica em petróleo.
A esta hora, o preço do Brent, o índice de referência para a Europa, valoriza 1,76% para 67,18 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), a referência norte-americana, negoceia nos 63,45 dólares, uma subida de 1,91%. São subidas de mais de um dólar em comparação com o valor de fecho da sessão de segunda-feira.
Os dois "benchmarks" já estavam a negociar em alta antes do ataque, embora com ganhos menos expressivos, apesar do mais recente aumento da produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) para outubro. O cartel decidiu colocar no mercado mais 137 mil barris por dia a partir do próximo mês - um número considerado "modesto" pelos analistas e que deve ter um impacto reduzido nas previsões das agências internacionais, uma vez que alguns membros do grupo já têm produzido em excesso.
Recuperação do dólar abranda com novos dados do mercado laboral
O dólar está a negociar em alta face à maioria das suas principais rivais, apesar de ter perdido algum fôlego com a divulgação da revisão anual da criação de emprego nos EUA. Os dados já vinham a revelar um arrefecimento do mercado laboral norte-americano nos últimos meses, mas, esta terça-feira, o Gabinete de Estatística reviu em baixa os números relativos ao período entre abril de 2024 e março de 2025. Ao todo, foram apagados cerca de 911 mil postos de trabalho - um valor bastante superior às expectativas da Reuters, que apontavam para 598 mil.
A esta hora, o dólar recua 0,26% para 147,12 ienes, mas avança face ao euro e à libra. A moeda única europeia cede 0,30% para 1,1728 dólares, enquanto a divisa britânica desvaloriza 0,05% para 1,3538 dólares. O índice que mede a força da "nota verde" em comparação com as suas principais rivais acelera, neste momento, 0,14%, reduzindo ligeiramente os ganhos quando comparado com o arranque da sessão.
"A revisão do emprego reforça a narrativa de corte das taxas de juro pela Reserva Federal (Fed). Na quinta-feira, teremos mais alguns dados com a evolução do índice de preços no consumidor, mas a redução significativa no crescimento do emprego reforça a narrativa de que o ciclo de corte das taxas de juro terá início no final deste mês", explica Michael James, analista da Rosenblatt Securities, à Reuters.
O iene encontra-se a recuperar das perdas registadas na segunda-feira, quando a saída do Shigeru Ishiba do cargo de primeiro-ministro levou a divisa nipónica a cair face ao dólar. A decisão de Ishiba seguiu-se a uma série de derrotas eleitorais do partido que lidera e vários escândalos de angariação de fundos para campanhas políticas.
Ouro atinge novo recorde após revisão anual do emprego nos EUA
O ouro bateu um novo recorde esta terça-feira, depois de já ter atingido máximos históricos esta manhã, à medida que a aposta dos investidores num corte das taxas de juro pela Reserva Federal em setembro continua a ganhar gás e a impulsionar o ativo refúgio para preços a que nunca chegou antes. A perspetiva de flexibilização monetária está a retirar força ao dólar, tornando o metal amarelo mais barato para compradores de outras moedas.
O metal amarelo chegou a tocar nos 3.674,27 dólares por onça. Esta tarde os preços já perderam algum gás e estão a subir modestos 0,07% para 3.638,67 dólares.
O dólar está em mínimos de sete semanas, sendo pressionado pelo relatório de revisão anual dos dados da criação de emprego nos EUA, que foram revistos em baixa: foram criados menos 911 mil empregos pela maior economia do mundo entre abril de 2024 e março deste ano.
Estes dados reforçaram a perspetiva do corte de juros do banco central, que tem duplo mandato: o plano emprego e a estabilização dos preços (inflação nos 2%). Aliás, o mercado antecipa mesmo duas descidas ainda este ano, uma delas já em setembro de 25 pontos base, ainda que haja parte do mercado que aposta numa descida de 50 pontos base.
Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, afirmou, numa nota a que o Negócios teve acesso, que "o metal precioso prolongou o impressionante rally iniciado na sexta-feira, após a divulgação de dados dececionantes do mercado de trabalho norte-americano, que aumentaram as apostas num corte das taxas da Reserva Federal ainda este mês. A perda de dinamismo no mercado laboral dos EUA é vista como um sinal de abrandamento económico".
Os investidores vão continuar a receber mais dados da economia norte-americana. Amanhã vão ser divulgados os preços no produtor e na quinta-feira os preços no consumidor, relativos a agosto. São dois indicadores de inflação, que teima em abrandar. No mês anterior, o índice dos preços no consumidor estabilizou nos 2,6%.
Wall Street divide-se entre ganhos e perdas à espera de novos dados
Os principais índices norte-americanos arrancaram a sessão desta terça-feira divididos entre ganhos e perdas, com o S&P 500 bastante próximo de máximos históricos, numa altura em que os investidores se mostram otimistas, mas cautelosos, em relação ao futuro da política monetária dos EUA. O mercado laboral do país tem dado sinais de grande arrefecimento nos últimos meses e a revisão anual dos dados da criação de emprego - que vão de abril de 2024 a março de 2025 - deve apontar no mesmo sentido.
O S&P 500 arrancou a sessão a ganhar 0,07% para 6.499,82 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,16% para 21.833,92 pontos e o industrial Dow Jones cede 0,01% para 45.514,50 pontos. Na segunda-feira, o Nasdaq tocou num novo máximo histórico nos 21.885,62 pontos, com os analistas a afastarem um cenário de recessão económica - apesar da debilidade do mercado laboral.
Os investidores aguardam agora pela leitura da inflação referente a agosto. Espera-se que tenha acelerado 2,9% em termos homólogos, acima dos 2,7% registados em julho, com as tarifas da administração Trump a terem finalmente um impacto nos preços do país. Mesmo com a subida, é expectável que a Reserva Federal (Fed) avance com um corte nas taxas de juro, mas uma inflação em tendência ascendente pode dificultar novos cortes para o resto do ano.
"Dada a recente fraqueza do mercado de trabalho, a Fed deverá reduzir na mesma as taxas [de juro] na próxima semana, mesmo que observemos uma leitura em alta da inflação", explica Chris Kampitsis, do Barnum Financial Group, à Reuters. "Mas isso seria um corte único, especialmente se os dados da inflação permanecerem elevados no curto prazo", adiciona.
Entre as principais movimentações de mercado, a Nebius dispara 43,77% para 92,10 dólares, depois de a Microsoft ter assinado um acordo com a empresa no valor que poderá chegar quase aos 20 mil milhões durante seis anos para obter capacidade de computação de cloud para inteligência artificial. O negócio poderá render entre 17,4 mil milhões e 19,4 mil milhões à Nebius até 2031.
Já as ações da Teck Resources cotadas nos EUA aceleram 16,38% para 40,86 dólares, após a empresa mineira canadiana ter concordado em fundir-se com a britânica Anglo American. É um dos maiores negócios do setor da mineração em mais de uma década.
Taxa Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses
A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e 12 meses e subiu a seis meses face a segunda-feira.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,029%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,106%) e a 12 meses (2,169%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,106%, mais 0,001 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,169%, menos 0,015 pontos.
A Euribor a três meses também baixou, para 2,029%, menos 0,005 pontos do que na segunda-feira.
Esta semana realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), nos dias 10 e 11, em Frankfurt, e os analistas esperam que a instituição mantenha as taxas diretoras.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o BCE manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Em agosto, as médias mensais da Euribor subiram nos três prazos, e de forma mais acentuada a três meses.
A média da Euribor em agosto subiu 0,075 pontos para 2,021% a três meses e 0,029 pontos para 2,084% a seis meses.
Já a 12 meses, a média da Euribor avançou em agosto, designadamente 0,035 pontos para 2,114%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa negoceia sem rumo com crise política em França a pressionar. Anglo American dispara 9%
Os principais índices europeus negoceiam sem rumo definido esta manhã, depois de ainda terem conseguido registar ganhos na abertura. O sentimento dos investidores segue pressionado pela crise política que se volta a viver em França. Depois do chumbo de uma moção de confiança ditar a queda do Governo do país, o Presidente Emmanuel Macron terá agora de encontrar um novo primeiro-ministro – o quinto em apenas dois anos.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – mantém-se a esta hora inalterado nos 552,04 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX recua 0,43%, o espanhol IBEX 35 perde 0,10%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,46%, o francês CAC-40 cede 0,04%, o neerlandês AEX soma 0,01% e o britânico FTSE 100 ganha 0,19%.
À medida que se atravessa um período de incerteza política e económica em França, Macron terá a tarefa de nomear um primeiro-ministro capaz de desenhar um orçamento que seja aprovado numa Assembleia Nacional profundamente fragmentada. A contínua falta de consenso político no país está a pesar sobre o sentimento dos “traders”, elevando o prémio de risco da dívida soberana gaulesa.
Ainda assim, o facto de o chefe de Estado ter afastado um cenário de eleições legislativas antecipadas parece estar a dar algum fôlego aos mercados.
“Ninguém esperava um banho de sangue nos mercados hoje, está claro que o pior cenário de eleições antecipadas não está a acontecer, pelo menos neste momento”, disse à Bloomberg Vincent Juvyns, do ING.
A atenção dos investidores vira-se agora para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que se realizará no dia 11 de setembro. Enquanto a crescente expectativa de um corte das taxas diretoras nos Estados Unidos por parte da Fed tem vindo a alimentar ganhos para os mercados, por cá, não se espera que o BCE venha a mexer nos juros diretores.
Entre os movimentos do mercado, o conglomerado britânico Anglo American (+9,33%) concordou em unir-se à Teck Resources num dos maiores negócios do setor da mineração em mais de uma década. O acordo entre as empresas segue a impulsionar o setor dos recursos naturais, que já ganha mais de 1,40%.
Já o Banca Monte dei Paschi di Siena (+2,66%) garantiu uma participação maioritária na Mediobanca (+2,49%), consolidando uma aquisição de 16 mil milhões de euros.
Dólar em mínimos de sete semanas. Iene e libra ganham fôlego
O dólar prolonga as perdas esta terça-feira, pressionado pela perspetiva de cortes dos juros pela Reserva Federal após a revisão dos dados de emprego. A esta hora, o Dollar Index Spot recua 0,05%, para 97,40 pontos, o nível mais baixo desde 24 de julho.
“A situação do emprego está a deteriorar-se a um ritmo forte, o que se traduz num dólar mais fraco de forma gradual, mas que deverá acelerar”, afirmou Alex Hill, diretor-geral da Electus Financial, à Reuters. Os futuros da Fed já atribuem 11,6% de probabilidade a um corte de 50 pontos-base em setembro, face a 11% no dia anterior, com um corte de pelo menos 25 pontos-base considerado certo.
O euro cede 0,11% para 1,1750 dólares, condicionado pela crise política em França após a queda do governo, ainda que sustentado pelo enfraquecimento global da nota verde. Já o iene ganha terreno, com o dólar a descer 0,14% para 147,30 ienes, numa recuperação após a demissão do primeiro-ministro Shigeru Ishiba.
A libra esterlina segue em alta de 0,10% para 1,3559 dólares, enquanto o franco suíço perde ligeiramente contra o dólar, que sobe 0,08% para 0,7939 francos.
"Yield" da dívida soberana francesa a 10 anos fixa-se acima da italiana. Juros agravam em toda a linha
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro negoceiam esta manhã com agravamentos em toda a linha. A crise política que ontem se voltou a instalar no país após a queda do Governo de François Bayrou já colocou a “yield” da dívida soberana gaulesa com maturidade a dez anos acima da italiana.
A rendibilidade da dívida francesa segue a agravar em 0,5 pontos-base para 3,482%. Já os juros da dívida soberana italiana, com a mesma maturidade, crescem 0,2 pontos, para 3,471%.
Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, sobem 1,4 pontos para 2,654%.
Desta forma, o prémio de risco da dívida francesa face à alemã encontra-se acima dos 82 pontos-base.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 0,5 pontos-base, para 3,062%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 0,6 pontos, para 3,230%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e agravam-se em 2,6 pontos-base, para 4,630%.
Ouro renova máximos históricos com expectativa de cortes de juros pela Fed
O ouro voltou a alcançar um recorde esta terça-feira, apoiado pela queda do dólar e dos rendimentos da dívida norte-americana, com os investidores à espera dos cortes de juros pela Reserva Federal, que impulsionará a procura pelo metal amarelo.
A esta hora, o ouro avança 0,29% para 3.646,55 dólares por onça, enquanto a prata recua ligeiramente 0,02% para 41,90 dólares. Já a platina sobe 0,70% para 1.396,48 dólares.
O metal precioso atingiu antes o máximo de 3.659,10 dólares, impulsionado pela perceção de que a Fed deverá cortar juros já na reunião da próxima semana. “Provavelmente veremos mais valorização do ouro daqui em diante, desde que o banco central norte-americano corresponda às expectativas de múltiplos cortes”, afirmou Tim Waterer, analista-chefe da KCM Trade.
A Bloomberg destaca que o ouro já soma quase 40% de ganhos em 2025, sustentado por fortes compras de bancos centrais, procura como ativo de refúgio num contexto de tensões geopolíticas e pela especulação em torno de uma vaga de cortes de juros.
No curto prazo, os investidores aguardam os dados de inflação nos EUA desta semana, que poderão acelerar as ambições do metal de atingir os 3.700 dólares.
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