"Earnings season" animam Europa. Só espanhol Ibex 35 perdeu
Petróleo negoceia em alta
Ouro brilha com queda do dólar e estabilização dos juros
Euro com perdas ligeiras face ao dólar
Juros aliviam de forma expressiva na Zona Euro
Dados económicos pressionam Europa mas Lisboa rompe tendência
Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
Wall Street no verde com contas das "big tech" em foco
Ouro perde com dólar mais forte
Petróleo cai mais de 1% com eventual recuo na invasão terrestre de Gaza
Juros aliviam na Zona Euro
"Earnings season" animam Europa. Só espanhol Ibex 35 perdeu
- Ásia veste-se de verde para fechar sessão. Futuros europeus sem rumo
- Petróleo negoceia em alta
- Ouro brilha com queda do dólar e estabilização dos juros
- Euro com perdas ligeiras face ao dólar
- Juros aliviam de forma expressiva na Zona Euro
- Dados económicos pressionam Europa mas Lisboa rompe tendência
- Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
- Wall Street no verde com contas das "big tech" em foco
- Ouro perde com dólar mais forte
- Petróleo cai mais de 1% com eventual recuo na invasão terrestre de Gaza
- Juros aliviam na Zona Euro
- "Earnings season" animam Europa. Só espanhol Ibex 35 perdeu
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanecem praticamente inalterados, numa altura em que os investidores mantêm o foco no conflito entre Israel e o Hamas e não perdem de vista o desempenho das "yields" da dívida norte-americana.
Os juros das obrigações dos EUA estabilizaram, depois de esta segunda-feira a "yield" das "Treasuries" ter alcançado a fasquia dos 5%, pela primeira vez em 16 anos.
Pela Ásia, a China fechou mista, com Xangai a subir 0,2% e Hong Kong a cair 0,8%.
O sentimento foi influenciado, em parte, pela notícia de que o fundo soberano chinês decidiu comprar "exchange traded funds" (ETF) para sustentar os preços.
No Japão, o Topix somou 0,37% e o Nikkei arrecadou 0,49%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,88%.
O petróleo negoceia em alta, depois de desvalorizar esta segunda-feira, impulsionado pelo facto de não haver, para já, novos desenvolvimento no conflito entre Israel e o Hamas que belisquem o sentimento dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,22% para 85,68 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,26% para 90,06 dólares por barril.
Os EUA vão enviar mais tropas para o Médio Oriente, de forma a dissuadir o Hezbollah de agravar o conflito. Entretanto, o Hamas libertou mais duas reféns. Entre os apelos para que Israel não realize a ofensiva terrestre à Faixa de Gaza crescem.
O ouro negoceia em alta num dia em que o dólar recua e depois de cair esta segunda-feira, pressionado pelo agravamento das "yields" das obrigações norte-americanas, já que o metal amarelo não remunera em juros.
O metal precioso soma 0,32% para 1.979,13 dólares por onça. Prata, paládio e platina seguem esta tendência positiva.
Esta segunda-feira, os juros das "Treasuries" a 10 anos saltaram para a fasquia dos 5%, pela primeira vez desde 2007, tendo entretanto aliviado.
Os investidores aguardam agora o discurso do líder da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que será proferido esta quarta-feira em Washington, na tentativa de encontrar pistas sobre o futuro dos juros diretores nos EUA.
O euro recua ligeiramente (-0,07%) para 1,0661 dólares, numa altura em que os investidores aguardam a reunião do BCE, agendada para esta quinta-feira, e que ditará o futuro dos juros diretores na Zona Euro.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,07%, depois de ter chegado a cair durante a madrugada e primeiros momentos da manhã em Lisboa.
O indicador já deslizou mais de 1% desde o nível máximo alcançado este mês. A nota verde foi pressionada nos últimos dias pelo agravamento das "yileds" da dívida norte-americana nos EUA.
"O dólar parece mais sensível aos movimentos em baixa do que em alta das ‘yields’, o que pode ser um sinal de que a recuperação está a perder força", alerta David Forrester, estratega sénior de câmbio do Crédit Agricole CIB, sem Singapura, citado pela Bloomberg.
Os juros corrigem na Zona Euro, acompanhando a tendência de alívio da "yield" norte-americana a 10 anos, cumprindo as estimativas de alguns analistas que já tinham antecipado que os juro das "Treasuries" já tinha alcançado um pico.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – alivia 7,7 pontos base para 2,791%.
Os juros das obrigações portuguesas que vencem em 2033 subtraem 6,3 pontos base para 3,441%.
A rendibilidade da dívida italiana com a mesma maturidade recua 7,1 pontos base para 4,762%.
A "yield" dos títulos espanhóis a 10 anos anos alivia 8,1 pontos base para 3,880%.
Esta segunda-feira, a rendibilidade das obrigações norte-americanas a 10 anos superou a fasquia dos 5%, pela primeira vez em 16 anos, tendo entretanto aliviado para um nível ligeiramente abaixo deste patamar.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,25% para 432,09 pontos, invertendo a tendência de arranque da sessão, que dava esperanças de um dia de ganhos, depois de cinco de perdas.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, banca e setor automóvel comandam a tabela das perdas. Já imobiliárias e recursos primários lideram os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt recua 0,25%, Madrid perde 0,10% e Paris cai 0,16%.
Londres desvaloriza 0,39%, Amesterdão cede 0,38% e Milão regista uma queda de 0,52%. Por cá, a bolsa de Lisboa rompe a tendência e cresce 0,22%.
O mercado mantém-se atento aos fatores geopolíticos, em concreto o conflito no Médio Oriente e aos mais recentes dados sobre a atividade económica no bloco.
O índice de gestores de compras da S&P Global abrandou em outubro para 46,5 pontos, bastante abaixo da linha vermelha dos 50 pontos e renovando mínimos de três anos.
Além disso, os investidores estão a digerir os bons resultados apresentados por algumas empresas do bloco.
As ações da Hermes International crescem 1,33%, depois de a empresa ter reportado uma subida nas vendas, impulsionada pelos clientes de elevado património na Europa e nos EUA.
A Puma sobe 4,1%, após os lucros trimestrais terem ficado ligeiramente acima das estimativas dos analistas.
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,154%, mais 0,009 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também subiu hoje, para 4,102%, mais 0,006 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No caso da Euribor a três meses, esta desceu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,941%, menos 0,015 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores se preparam para os resultados trimestrais de duas gigantes tecnológicas: a Microsoft e a Alphabet. O apetite pelo risco aumenta ligeiramente à medida que cresce a especulação de que o recente "sell-off" das obrigações foi excessiva.
O S&P 500, referência para a região, sobe 0,51% para 4.238,64 pontos, depois de na última sessão ter caído para mínimos de maio. O industrial Dow Jones cresce 0,6% para 33.133,07 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,46% para 13.078,18 pontos.
Entre as principais movimentações, a Microsoft valoriza 0,44%, a Alphabet avança 1,27% e a Spotify, que apresentou contas antes da abertura da sessão, soma 8,98%. A plataforma de streaming de música regressou aos lucros no terceiro trimestre (65 milhões) depois de vários trimestres com prejuízos.
Entre as "big tech", a Microsoft e a dona da Google são as primeiras a apresentar contas, numa semana em que também a Amazon e a Meta mostram os resultados do terceiro trimestre. Os resultados destas empresas são vistos com especial atenção, uma vez que a Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon e Nvidia são responsáveis por cerca de um quarto da capitalização bolsista do S&P 500.
"Os resultados das 'big tech' são muito importantes para o mercado em geral, uma vez que estas ações foram responsáveis por levar todo o mercado acionista tão longe este ano (...) resultados fortes podem ser precisamente o que é preciso para terminar o movimento de correção que começou no final de julho", afirmou David Trainer, CEO da New Constructs, em declarações à Bloomberg.
O ouro está a desvalorizar, penalizado pelo dólar, que recuperou terreno num dia em que os investidores se preparam para conhecer as contas da Microsoft e da Alphabet. A robustez da moeda norte-americana tende a penalizar o metal precioso, que, por ser cotado em dólares, se torna menos atrativo para quem compra com moedas estrangeiras.
O ouro a pronto, negociado em Londres, perde 0,52% para 1.962,5 dólares por onça, depois de arrecadar ganhos nas últimas semanas à boleia da incerteza geopolítica no Médio Oriente. O metal amarelo valorizou mais de 7% desde o ataque do grupo radical Hamas a Israel, a 7 de outubro. Também o paládio e a platina seguem a tendência, com perdas de 0,51% para 1.115,82 dólares e de 1,27% para 886,85 dólares, respetivamente. No mercado cambial, o euro desliza 0,67% para 1,0597 dólares, num dia em que foi conhecido que o PMI (Purchasing Manager’s Index) compósito da Zona Euro abrandou para o valor mínimo de três anos em outubro.
Também o paládio e a platina seguem a tendência, com perdas de 0,51% para 1.115,82 dólares e de 1,27% para 886,85 dólares, respetivamente.
O petróleo está a desvalorizar, num dia em que os investidores analisam os sinais de que Israel poderá estar a repensar a invasão terrestre da Faixa de Gaza. Os ganhos dos últimos dias resultaram, sobretudo, de receios de que o conflito se alastrasse a outras regiões do Médio Oriente, de onde provém a maior parte das exportações de petróleo.
Além disso, novos dados económicos na Zona Euro aumentaram os receios de uma possível queda na procura por crude.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, desliza 1,52% para 84,19 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 1,38% para 88,59 dólares por barril. "Uma disrupção material do fornecimento mantém-se um risco que está provavelmente a ser atenuado por preocupações quanto à procura", afirmou Amarpreet Singh, analista no Barclays, numa nota enviada aos clientes a que a Bloomberg teve acesso.
"Uma disrupção material do fornecimento mantém-se um risco que está provavelmente a ser atenuado por preocupações quanto à procura", afirmou Amarpreet Singh, analista no Barclays, numa nota enviada aos clientes a que a Bloomberg teve acesso.
Os juros das dívidas soberanas aliviaram esta terça-feira, o que se traduz numa maior aposta dos investidores nas obrigações. A procura pela dívida pública, que é vista como um ativo com menor risco, acentuou-se num dia em que novos dados mostram que a atividade económica empresarial caiu para o valor mínimo em três anos.
Isto num dia em que os investidores voltaram também a mostrar um maior apetite pelo risco, com as ações europeias a registarem ganhos.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos recuou 2,6 pontos base para 3,478%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo cedeu 4,5 pontos base para 2,823%.
A rendibilidade da dívida pública italiana perdeu 1,3 pontos base para 4,819%, os juros da dívida espanhola aliviaram 2,9 pontos base para 3,931% e os juros da dívida francesa desceram 3,1 pontos base para 3,447%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica caíram 5,9 pontos base para 4,534%.
As bolsas europeias remataram em terreno positivo, num dia em que resultados corporativos acima do esperado ofuscaram dados económicos menos robustos na Zona Euro. O PMI compósito da Zona Euro desceu em outubro para o valor mais baixo em três anos.
O Stoxx 600 valorizou 0,44% para 435,09 pontos, com os setores dos recursos naturais e das utilities (água, luz e gás) a liderarem as subidas (2,69% e 1,72%, respetivamente). Já o setor da banca e o automóvel foram os que desvalorizaram (-0,97% e -0,78%, respetivamente).
Entre as principais movimentações, a Hermès valorizou 2,78%, num dia em que divulgou vendas acima do esperado pelos analistas no terceiro trimestre. As vendas da fabricante de artigos de luxo cresceram 16% (acima dos 13% estimados), tendo aumentado tanto no mercado europeu como no norte-americano.
Já a Puma ganhou 7,6% em bolsa esta terça-feira, impulsionada por resultados acima do esperado. A fabricante de artigos desportivos registou vendas de 2,31 mil milhões de euros e lucros de 131,7 milhões.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 35 valorizou 0,54%, o francês CAC-40 somou 0,63%, o italiano FTSE Mib avançou 0,05%, o britânico FTSE 100 subiu 0,2% e o AEX, em Amesterdão, cresceu 0,35%. O espanhol Ibex 35 foi o único a registar perdas (-0,22%), o que pode ser explicado pelo facto de a banca - que foi o setor que mais desvalorizou esta sessão - ter um maior peso neste índice.
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