Ouro e prata atingem novos recordes. Lecornu leva Europa ao verde e Nestlé dispara 10%
Maior estabilidade em França alivia dívidas soberanas da Zona Euro
Euro avança com maior estabilidade política em França
Ouro e prata renovam recordes e negoceiam em alta
Petróleo regista ganhos contidos com possível paragem da importação de crude russo pela Índia
Tecnológicas dão força a Wall Street. Salesforce dispara mais de 7%
Taxas Euribor descem a três meses e sobem a seis e a 12 meses
Europa entre ganhos e perdas moderados. Investidores atentos a França e resultados
Juros quase inalterados na Zona Euro em dia fulcral para Lecornu
Euro inalterado à espera de novos desenvolvimentos em França
Petróleo avança 1% após Trump alegar que Índia vai parar de comprar crude russo
"Rally" do ouro não conhece travões e entrega mais um máximo histórico
Tecnológicas animam Ásia. China destoa e Europa aponta para o vermelho
Europa fecha em alta depois de Lecornu sobreviver a moções de censura. Nestlé disparou 10% ao anunciar despedimentos
Maior estabilidade política em França e bons resultados trimestrais apresentados por cotadas europeias impulsionaram os principais índices do Velho Continente. Ao final da sessão, o sentimento positivo também foi apoiado por comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, que estará já a falar com o seu homólogo russo, via chamada telefónica, sobre o futuro da guerra na Ucrânia.
O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – avançou 0,69%, para os 571,66 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 0,38%, o espanhol IBEX 35 somou 0,48%, o italiano FTSEMIB valorizou 1,12%, o francês CAC-40 pulou 1,38%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,12% e o neerlandês AEX avançou 0,40%.
O primeiro-ministro gaulês, Sébastien Lecornu, conseguiu manter-se a si e ao seu Governo em funções, depois de ter sobrevivido à votaçlão de duas moções de censura esta manhã, que tinham sido apresentadas pela coligação de extrema-esquerda França Insubmissa e pelo partido de extrema-direita União Nacional. Isto depois de ter ganhado o apoio dos socialistas após ter anunciado planos para suspender uma controversa lei sobre pensões e a ter deixado de fora do orçamento para o próximo ano, que terá ainda de ser aprovado até ao final deste ano, afirmando-se como o próximo grande desafio que Lecornu tem pela frente.
A impulsionar igualmente os índices bolsistas europeus estiveram bons resultados de cotadas, à medida que prossegue a “earnings season” do terceiro trimestre. Foi o caso do Nordea Bank, por exemplo, que ganhou 3,50% impulsionando as ações para um novo recorde, depois de a instituição financeira finlandesa ter divulgado lucros acima do esperado, ao mesmo tempo que anunciou uma nova recompra de ações.
Já perto do fecho da sessão, Trump anunciou que iria falar hoje com Vladimir Putin para discutirem a guerra na Ucrânia. A chamada entre os dois líderes políticos acontece na véspera de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ser recebido por Trump na Casa Branca – e numa fase na qual os norte-americanos estão a considerar o envio de mísseis de longo alcance para a Ucrânia.
Entre os setores, o químico, o automóvel, o industrial e as “utilities” somaram todos ganhos acima de 1%. Já os media e os recursos naturais cederam ligeiramente, sendo os únicos a desvalorizar na sessão de hoje.
Quanto aos movimentos do mercado, a Nestlé disparou quase 10%, depois de ter anunciado que prevê dispensar 16 mil trabalhadores em todo o mundo, nos próximos dois anos, ao apresentar resultados do terceiro trimestre com quedas das vendas de 1,9%, para 71 mil milhões de euros.
Maior estabilidade em França alivia dívidas soberanas da Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam esta quinta-feira com alívios em toda a linha, num dia em que os índices bolsistas do Velho Continente registaram ganhos, com os investidores a reagirem à “sobrevivência” do Governo de Lecornu, após terem sido chumbadas duas moções de censura apresentadas hoje contra o primeiro-ministro francês.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, alíviaram 1,2 pontos-base, para 2,934%. Em Espanha a "yield" da dívida com a mesma maturidade caiu 1,1 pontos, para 3,087%.
Já os juros da dívida soberana italiana recuaram 2,2 pontos, para 3,356%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa seguiu a mesma tendência e aliviou 0,6 pontos-base para 3,333%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, fecharam inalteradas nos 2,569%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, registaram a mesma tendência e cederam 4,2 pontos-base, para 4,499%.
Euro avança com maior estabilidade política em França
O dólar segue a perder terreno face às principais rivais esta quinta-feira, registando a terceira sessão consecutiva de perdas face ao euro, à medida que os "traders” avaliam as tensões entre os EUA e a China e as declarações “dovish” de responsáveis da Reserva Federal (Fed) norte-americana, bem como a situação política em França.
Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar cede 0,36%, para 98,438 pontos.
O Livro Bege da Fed - relatório sobre a situação económica dos EUA, publicado oito vezes por ano -, divulgado nesta quinta-feira, apontou para sinais de fraqueza económica no mercado norte-americano, incluindo o aumento dos despedimentos e a redução das despesas entre as famílias de rendimentos médios e baixos. Nesta linha, o governador da Fed Stephen Miran, disse na quarta-feira que agora será mais importante reduzir as taxas diretoras, com os investidores a apontarem para mais dois cortes até ao final do ano.
A esta hora, o dólar recua 0,15% para os 150,830 ienes.
Por cá, o euro atingiu o valor mais alto da última semana face à “nota verde”, depois de o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, ter sobrevivido à votação de duas moções de censura no parlamento, apontando para uma maior estabilidade política no país, concentrando-se agora na aprovação de um orçamento do Estado para 2026 até ao final do ano.
A moeda única ganha 0,24%, para 1.168 dólares. Ainda pela Europa, a libra valoriza 0,22% para os 1,343 dólares.
Ouro e prata renovam recordes e negoceiam em alta
O ouro atingiu um novo recorde esta quinta-feira pela quarta sessão consecutiva, com os investidores a aumentarem a procura pelo metal amarelo enquanto ativo-refúgio, devido às crescentes tensões comerciais entre Pequim e Washington. Além disso, também o “shutdown” do Governo Federal dos EUA – que já se estende pelo 16.º dia e é o segundo mais longo de sempre -, bem como expectativas de cortes nas taxas diretoras do lado de lá do Atlântico, seguem igualmente a impulsionar a procura por ouro.
O metal amarelo avança agora 1,23%, para os 4.258,580 dólares por onça, depois de ter atingido um novo recorde durante a sessão nos 4.267,560 dólares por onça.
O ouro já valorizou mais de 60% no acumulado do ano, impulsionado por tensões geopolíticas, apostas agressivas em cortes nas taxas de juros, compras de bancos centrais, bem como por uma desvalorização do dólar.
“A trajetória do ouro dependerá do panorama de cortes nas taxas de juro até 2026, bem como dos desenvolvimentos em torno das relações entre os EUA e a China. Se não for alcançado um acordo entre os EUA e a China e as relações continuarem a deteriorar-se, isso poderá ser o estímulo de que o ouro precisa para ultrapassar a barreira dos 5 mil dólares por onça”, explicou à Reuters Zain Vawda, analista da MarketPulse. O especialista acrescentou que as retrações a curto prazo no ouro serão provavelmente temporárias, já que os investidores otimistas tendem a usar as quedas para reforçar posições.
No que toca à prata, o metal precioso sobe a esta hora 1,14%, para 53,637 dólares por onça, negociando igualmente muito próximo de máximos históricos - também renovados hoje nos 53,848 dólares por onça.
Petróleo regista ganhos contidos com possível paragem da importação de crude russo pela Índia
Os preços do petróleo negoceiam de forma estável nesta quinta-feira, registando ganhos contidos, à medida que os “traders” se preparam para uma possível interrupção das importações de petróleo russo pela Índia, o que, a confirmar-se, poderá remodelar os fluxos do comércio de crude e impulsionar a procura por fornecimentos vindos de outros locais.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança a esta hora 0,12% para os 58,34 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,16% para os 62,01 dólares por barril.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse ontem que o primeiro-ministro Narendra Modi prometeu que a Índia deixaria de comprar "ouro negro” à Rússia - o seu principal fornecedor e responsável por cerca de um terço das importações de petróleo do país.
“Este é um desenvolvimento positivo para o preço do petróleo bruto, uma vez que eliminaria um grande comprador de petróleo russo”, disse à Reuters Tony Sycamore, da IG. Na sessão de quarta-feira, ambos os contratos atingiram o nível mais baixo desde o início de maio, pressionados pelas renovadas tensões comerciais entre os EUA e a China, a par de preocupações com um excesso de oferta no mercado.
E apesar dos comentários de Trump e de Modi, a Rússia disse estar confiante de que a sua parceria energética com a Índia se manterá.
Ao mesmo tempo, o fornecimento de petróleo russo tem sido prejudicado por ataques persistentes de drones ucranianos às suas refinarias.
“A queda acentuada nas existências de petróleo bruto russo deve estabelecer um limiar para o mercado. A baixa deste ano de 58,40 dólares por barril para o Brent, atingida em abril, pode muito bem ser um valor difícil de superar”, referiu o analista da PVM, Tamas Varga, à agência de notícias financeiras.
Tecnológicas dão força a Wall Street. Salesforce dispara mais de 7%
Os principais índices norte-americanos arrancaram a penúltima sessão da semana em alta, com os resultados e previsões da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a maior fabricante mundial de semicondutores, a conseguirem eclipsar as preocupações dos investidores em torno da guerra comercial e da sustentabilidade do "rally" das ações de tecnologia - nomeadamente, ligadas à inteligência artificial (IA).
O S&P 500 está a ganhar 0,24% para 6.687,45 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite acelera 0,49% para 22.780,79 pontos e o industrial Dow Jones valoriza 0,13% para 46.308,59 pontos. A sessão anterior foi marcada por grandes oscilações, com os investidores a digerirem os mais recentes desenvolvimentos em torno da política comercial norte-americana e chinesa e a primeira leva de resultados trimestrais, com a banca a conseguir superar a maioria das previsões.
Esta quinta-feira, a "earnings season" continua a dominar atenções, mas o principal impulso vem mesmo da Ásia. A TSMC - vista como um barómetro para o setor dos semicondutores - reviu em alta as suas previsões para o resto do ano, isto depois de ter conseguido registar um trimestre com lucros recorde. Entre julho e setembro, a tecnológica viu o seu resultado líquido acelerar quase 40% para 452,3 mil milhões de dólares taiwaneses (cerca de 12,8 mil milhões de euros), apontando agora para um crescimento anual das receitas em torno dos 35% - antes esperava apenas 30%.
"A procura por IA continua muito forte, mais forte do que pensávamos há três meses», afirmou o CEO da TSMC, C.C. Wei, numa "call" com analistas. "Também estamos felizes em ver uma perspectiva forte e contínua por parte dos nossos clientes", acrescentou o líder da tecnológica, que acredita que esta tecnologia é uma "megatendência" que se está a "fortalecer".
Ainda em foco estão as expectativas dos investidores em torno da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana. O mercado de "swaps" praticamente já incorporou mais dois cortes de 25 pontos base nas taxas de juro para este ano - uma narrativa que foi reforçada pelos comentários do governador Christopher Waller, que vê nestes alívios um motor fundamental para lutar contra um mercado laboral enfraquecido.
Entre as principais movimentações de mercado destaca-se o setor dos "chips", com a Nvidia e a Broadcom a crescerem quase 1% e a Micron a acelerar mais de 2%. Já a Salesforce dispara mais de 7%, depois de a tecnológica ter revisto em alta as suas previsões longo-prazo, esperando alcançar 60 mil milhões de dólares em receitas no final da década.
Taxas Euribor descem a três meses e sobem a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses em relação a quarta-feira.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 2,004%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,110%) e a 12 meses (2,166%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,110%, mais 0,007 pontos do que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,166%, mais 0,003 pontos do que na sessão anterior.
A Euribor a três meses caiu para 2,004%, menos 0,012 pontos do que na quarta-feira.
Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.
A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.
Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.
Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa entre ganhos e perdas moderados. Investidores atentos a França e resultados
As ações europeias seguiam entre perdas e ganhos moderados esta quinta-feira, num momento em que os investidores avaliam os resultados mais recentes de empresas e aguardam pela votação das moções de censura ao Governo de França, agendadas para esta quinta-feira.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, sobe 0,13% para 568,49 pontos, enquanto o francês CAC ganha 0,13%, o britânico FTSE recua 0,17% e o alemão DAX recua 0,21%. Em Itália, o FTSE MIB ganha 0,04%, nos Países Baixos o AEX soma 0,06% e em Espanha o IBEX perde 0,43%. Os setores dos alimentos e bebidas sobem, enquanto as viagens e lazer penalizam os índices.
Na atualidade empresarial, a Nestlé dispara 7% depois de o CEO Philipp Navratil ter anunciado, na apresentação de resultados trimestrais, a aceleração dos esforços de reestruturação, que passam pelo despedimento de 16.000 funcionários a nível global.
Já o Nordea Bank Abp acelera 3% para um máximo de sempre, após o banco ter revelado mais recompras de ações e rendimentos dos empréstimos que superaram as expecativas dos analistas
O “rally” das ações europeias foi travado nos últimos dias devido aos receios com a guerra comercial EUA-China, que agravou o sentimento de risco dos investidores. A política francesa continua a ser seguida de perto, com o Governo de Sébastien Lecornu a dever sobreviver às moções de censura da França Insubmissa e da União Nacional, devido ao apoio declarado do Partido Socialista.
Juros quase inalterados na Zona Euro em dia fulcral para Lecornu
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a negociar praticamente inalterados, com França a ser a exceção. A "yield" da dívida gaulesa é a única que avança de forma relevante entre os pares europeus, num dia em que o Executivo de Sébastien Lecornu vai enfrentar duas moções de censura - às quais deve sobreviver, uma vez que o Partido Socialista já afirmou que não as vai apoiar.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, de referência para a Zona Euro, recuam 0,2 pontos base para 2,567%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade acelera 1,1 pontos para 3,350%. Por Itália, os juros da dívida a dez anos estão a negociar inalterados.
Já pela Península Ibérica, a "yield" das obrigações espanholas da maturidade de referência deslizam 0,2 pontos base para 3,097%, enquanto a portuguesa está estável nos 2,945%.
Fora da Zona Euro, a tendência de movimentações contidas mantém-se, com os juros das "Gilts" britânicas a dez anos a recuarem 0,8 pontos base para 4,533%.
Euro inalterado à espera de novos desenvolvimentos em França
O euro está a negociar praticamente inalterado face ao dólar esta quinta-feira, num dia marcado pela votação de duas moções de censura na Assembleia Nacional francesa. Espera-se que o Governo de Sébastien Lecornu consiga sobreviver às investidas da França Insubmissa e da União Nacional, isto depois de ter recebido o apoio dos socialistas gauleses - dando como moeda de troca a suspensão da polémica reforma das pensões do Presidente Emmanuel Macron.
A esta hora, a moeda única europeia negoceia sem grandes flutuações, ao crescer 0,01% para 1,1648 dólares, depois de ter chegado a acelerar 0,12% para máximos de uma semana. O euro tem estado a beneficiar da fragilidade do dólar, com a mais recente escalada das tensões comerciais entre EUA e China a fragilizar ainda mais a posição da "nota verde".
Apesar das tensões mais recentes, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, confirmou que Donald Trump ainda se encontrar com Xi Jinping este mês na Coreia do Sul. Os analistas esperam uma extensão das tréguas comerciais de 90 dias, que têm sido recorrentemente prorrogadas nos últimos meses.
"Uma prorrogação, em vez de um grande acordo que resolva todas as questões comerciais, é provavelmente o resultado mais realista em comparação com a alternativa de uma escalada de retaliações", explica Joseph Capurso, diretor de câmbio do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters.
Já face à moeda japonesa, o dólar também negoceia praticamente inalterado, ao acelerar 0,02% para 151,08 ienes - revertendo a tendência do início da negociação, quando chegou a tocar em mínimos de uma semana. O Partido Liberal Democrata, que recentemente perdeu um aliado de peso na coligação que governa o país, vai começar a negociar um possível apoio por parte do Partido da Inovação do Japão, de centro-direita, para que Sanae Takaichi consiga conquistar a liderança do país.
Petróleo avança 1% após Trump alegar que Índia vai parar de comprar crude russo
O barril de petróleo está a valorizar no mercado internacional, tendo chegado a crescer 1% esta madrugada, depois de o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ter-se comprometido (segundo Donald Trump) a não comprar mais petróleo russo - um movimento que pode reduzir a entrada de crude no mercado. A decisão está a eclipsar a escalada mais recente das tensões comerciais entre EUA e China, bem como a desacelaração da procura previsto para 2026 pela Agência Internacional de Energia (AIE).
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 0,96% para os 58,83 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue também a valorizar, crescendo 0,89% para os 62,47 dólares por barril. É a segunda sessão consecutiva de ganhos para os dois "benchmarks", após um arranque de semana bastante negativo para os dois benchmarks.
A Rússia é o maior exportador de petróleo para a Índia. Na quarta-feira, o Presidente dos EUA congratulou-se por conseguir que a nação asiática interrompesse as suas compras de crude ao país liderado por Vladimir Putin - após meses de pressão por parte de Washington. A Casa Branca quer agora que a China siga o mesmo caminho, numa tentativa de escoar a Rússia de opções para financiar a guerra com a Ucrânia - forçando, assim, um acordo de paz.
"Este é um desenvolvimento positivo para o preço do petróleo bruto, uma vez que eliminaria um grande comprador do petróleo russo", explica Tony Sycamore, analista de mercado da IG, à Reuters. A Índia e a China são os dois maiores compradores de crude à Rússia, um produto que tem vindo a ser alvo de várias sanções por parte da União Europeia, dos EUA e ainda do Reino Unido - que, esta quarta-feira, reforçou a sua investida contra Putin ao sancionar duas das maiores empresas de energia russas.
A travar maiores ganhos do petróleo está, no entanto, a subida das reservas em território norte-americano. Os "stocks" de crude aumentaram em 7,36 milhões de barris na semana passada - um valor bastante superior ao estimado, segundo dados da associação comercial American Petroleum Institute (API). Com o Governo em "shutdown", o Departamento norte-americano da Energia não tem divulgado os níveis oficiais.
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