Europa fecha com ganhos impulsionada por dados do lado de lá do Atlântico
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.
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Europa fecha com ganhos impulsionada por dados do lado de lá do Atlântico
Os principais índices europeus fecharam com ganhos esta terça-feira, à exceção do alemão DAX, com os números da inflação do lado de lá do Atlântico a impulsionar o sentimento dos investidores, que esperam agora que a Reserva Federal (Fed) norte-americana flexibilize as taxas de juro em setembro.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avançou 0,21% para os 547,89 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX foi o único a cair, tendo perdido 0,23%. Já o holandês AEX subiu 0,11%, o espanhol IBEX 35 somou 0,02%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,85%, o francês CAC-40 valorizou 0,71% e o britânico FTSE 100 avançou 0,20%.
A pressionar o índice alemão esteve a perda de quase 7% da SAP, a cotada mais valiosa da Europa, numa altura em que crescem preocupações de que a inteligência artificial possa vir a trazer dificuldades acrescidas às fabricantes de software e ao seu modelo de negócios.
Ainda assim, o “selloff” vivido entre este setor não foi suficiente para fazer frente ao otimismo que os investidores mostram quanto a um possível corte de juros pela Fed já na próxima reunião dos decisores de política monetária dos EUA, em setembro. Isto porque os ativos de risco costumam ter um melhor desempenho num ambiente de taxas diretoras mais baixas.
Os dados conhecidos hoje mostraram que a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC), manteve o ritmo nos 2,7% em julho, uma décima abaixo dos 2,8% esperados pelos economistas ouvidos pela Bloomberg. Já segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Gabinete das Estatísticas Laborais norte-americano, face a junho os preços aumentaram 0,2%, uma variação em cadeia em linha com o que era antecipado pelos analistas.
Entre os setores, as cotadas ligadas à defesa registaram um bom desempenho, após o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter atenuado as expectativas para o seu próximo encontro com o líder russo, Vladimir Putin. A Rheinmetall (+1,13%), a Leonardo (+1,80%) e a Thales (+1,10%) estiveram entre as empresas de defesa europeias a registar os maiores ganhos.
Por outro lado, o setor tecnológico (-2,05%) sofreu as maiores perdas, pressionada pela queda da alemã SAP e de fabricantes de software do Velho Continente.
Entre os movimentos do mercado, destacou-se a companhia aérea e de turismo alemã TUI subiu mais de 3%, depois de ter revisto o seu “outlook” em alta. O bom desempenho da empresa acabou por levar a ganhos de algumas das principais empresas do setor, como a Airbus, que fechou a sessão a subir quase 3%.
Juros da dívida soberana da Zona Euro agravam-se em toda a linha
Esta terça-feira, os juros das dívidas soberanas da Zona Euro com maturidade a dez anos continuam a registar uma tendência de agravamento generalizado.
A taxa da dívida alemã a dez anos, referência para a região, sobe 4,7 pontos-base para 2,742%. Em França, o avanço é de 5,3 pontos para 3,407%, enquanto em Itália a subida é de 4,5 pontos para 3,528%. Espanha vê os seus juros subirem 4,1 pontos para 3,297%, e Portugal regista um aumento de 4,3 pontos para 3,128%.
Fora da Zona Euro, o Reino Unido vê os juros das obrigações a 10 anos dispararem 6,1 pontos para 4,624%.
A recente oscilação no mercado obrigacionista ocorre num contexto em que, embora a Europa já tenha ultrapassado o impasse comercial com os Estados Unidos, permanece a expectativa quanto aos desenvolvimentos na guerra na Ucrânia. As atenções estão voltadas para a reunião agendada para esta sexta-feira, 15 de agosto, entre os presidentes norte-americano e russo.
Segundo avançou o Politico na segunda-feira, o chanceler alemão, Friedrich Merz, tenta articular uma reunião de emergência com alguns líderes europeus e Donald Trump, antes do encontro previsto com Vladimir Putin.
Petróleo recua apesar de trégua comercial entre EUA e China
Os preços do petróleo estão a recuar esta terça-feira, apesar de a extensão da pausa na aplicação de tarifas entre Washington e Pequim ter sustentado o sentimento nos mercados.
A esta hora, o barril de Brent perde 0,44% para 66,34 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) recua 0,70% para 63,51 dólares.
A decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de prolongar até 10 de novembro a trégua tarifária com a China alimenta expectativas de um possível acordo que evite um embargo comercial entre as duas maiores economias do mundo. Contudo, o mercado continua pressionado por receios sobre a procura, com o foco também voltado para o encontro previsto para sexta-feira, no Alasca, entre Trump e Vladimir Putin, que poderá ditar avanços em direção a um cessar-fogo na Ucrânia.
A OPEP reviu ligeiramente em alta a previsão de procura de crude para 2026, estimando agora uma média de 106,52 milhões de barris por dia, mais 100 mil do que no mês anterior e 1,2% acima da procura esperada para este ano. No seu relatório mensal, a organização manteve ainda a estimativa para 2025.
Este cenário apoia a estratégia do cartel e dos seus aliados de repor gradualmente os 2,2 milhões de barris diários retirados do mercado em 2023, movimento que deverá ficar completo em setembro, apesar de os analistas verem nesta política uma tentativa de recuperar quotas de mercado com preços mais baixos.
Dólar perde terreno com olhos postos em corte de juros
O dólar segue a perder força esta terça-feira, depois de o índice de preços no consumidor (CPI, na sigla inglesa) nos Estados Unidos ter aumentado moderadamente em julho, mantendo intacta a possibilidade de um corte nas taxas diretoras pela Reserva Federal (Fed) norte-americana no mês que vem.
O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – recua a esta hora 0,31% para os 98,219 pontos.
A inflação subjacente do lado de lá do Atlântico, que exclui os preços da energia e alimentos por serem mais voláteis, fixou-se nos 3,1% em julho, acelerando face aos 2,9% do mês anterior e acima dos 3% esperados. Em cadeia, a chamada inflação "core" subiu 0,3%, em linha com o esperado e uma décima acima do valor observado em junho.
A “nota verde” já vinha a enfraquecer desde a semana passada, com os investidores a ajustarem as expectativas quanto a cortes nas taxas de juro pela Fed, na sequência de dados fracos sobre o emprego.
Ainda assim, a divisa nipónica - considerada um ativo refúgio - segue a perder face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” valoriza 0,15% para os 148,370 ienes. Isto à medida que cresce a incerteza em torno da política monetária do banco do Japão (BoJ).
O arrefecimento da inflação consolida agora as apostas num corte das taxas diretoras no próximo mês, mas se houver sinais de que as tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, estão a alimentar aumentos de preços, isso poderá manter a Fed “em espera”.
Por cá, a moeda única valoriza 0,28% para os 1,165 dólares. Já a libra soma 0,39% para os 1,348 dólares.
Ouro em "zigue-zague" com dados da inflação nos EUA
O ouro, que chegou a negociar em alta na sequência dos dados de inflação dos Estados Unidos, inverteu a tendência e recua na sessão desta terça-feira. A esta hora o metal precioso desce 0,22% para 3.335,18 dólares por onça, de acordo com a Bloomberg.
A mudança de direção contrasta com o início do dia, quando, segundo a Reuters, o ouro chegou a avançar 0,1%, para 3.348,24 dólares, beneficiando de um dólar mais fraco e da manutenção das apostas em cortes das taxas de juro pela Reserva Federal.
De acordo com a Reuters, o índice de preços no consumidor norte-americano (CPI) registou uma subida de 0,2% em julho, após um aumento de 0,3% em junho, enquanto a inflação homóloga avançou 2,7%, ligeiramente abaixo da previsão de 2,8%. Para Bob Haberkorn, estratega de mercado da RJO Futures, “os números da inflação parecem mistos, mas são favoráveis a cortes nas taxas”, acrescentando que os investidores “mantêm-se cautelosos, numa altura em que aguardam novos indicadores económicos”.
A perspetiva de cortes nas taxas de juro em setembro e dezembro continua a sustentar o apetite pelo ouro, ativo que não gera rendimento, mas tende a beneficiar num cenário de custos de financiamento mais baixos. Contudo, Haberkorn alerta que “o maior fator negativo para o ouro será se [Jerome] Powell indicar que não vão cortar as taxas”.
Nos outros metais preciosos, a prata recua 0,06% para 37,77 dólares por onça, enquanto a platina desliza 0,56% para 1.325,45 dólares.
Wall Street em alta após dados da inflação. Investidores esperam corte de juros em setembro
Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam com ganhos, à medida que os números referentes à inflação de julho nos Estados Unidos (EUA), conhecidos hoje, se mantiveram em linha com as expectativas do mercado. Os dados reforçam as expectativas de que a Reserva Federal (Fed) poderá avançar com uma flexibilização das taxas diretoras já na próxima reunião de setembro – fator que costuma beneficiar os ativos de risco.
O S&P 500 avança 0,65% para os 6.415,17 pontos, o Dow Jones ganha 0,63% para 44.251,80 pontos e o Nasdaq Composite sobe 0,78% para 21.551,33 pontos.
O índice de preços no consumidor (CPI, na sigla inglesa) “core”, que exclui os preços dos alimentos e energia, aumentou 0,3% em julho em relação a junho, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Departamento de Estatísticas Laborais norte-americano. Já em termos anuais, subiu para 3,1%, o avanço mais acentuado em cinco meses e pouco acima das previsões do mercado de 3%.
“Os dados do CPI divulgados na terça-feira foram suficientemente moderados para dar luz verde à Fed para reduzir as taxas em pelo menos 25 pontos base em setembro e abrir a possibilidade de um corte maior de 50 pontos base em setembro”, disse à Bloomberg Skyler Weinand, da Regan Capital.
Os responsáveis do banco central norte-americano mantiveram as taxas de juro inalteradas até agora, na esperança de obter clareza sobre se a política comercial da Administração Trump levará a uma inflação sustentada. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho está a mostrar sinais de enfraquecimento, o que reforça a probabilidade de se vir a assistir a um corte dos juros diretores na próxima reunião da Fed.
Entre os movimentos do mercado, a Intel continua a ganhar terreno depois de ontem já ter fechado o dia a subir cerca de 4%. A esta hora, a tecnológica segue a avançar 1,26%. Isto depois de o Presidente norte-americano ter dito que os membros do seu gabinete continuariam as discussões com Lip-Bu Tan, presidente executivo da Intel, nos próximos dias, após uma reunião entre os dois na segunda-feira – que se seguiu a acusações de Trump visadas ao CEO da tecnológica norte-americana. “A reunião foi muito interessante”, disse o republicano numa publicação nas redes sociais.
Já a emissora de stablecoins Circle Internet Group anunciou prejuízos no segundo trimestre, mas referiu que a receita cresceu mais do que o estimado. A empresa segue a ganhar quase 10% esta tarde.
Entre as “big tech”, a Nvidia perde 0,06%, a Alphabet sobe 1,36%, a Microsoft ganha 0,75%, a Meta valoriza 2,74%, a Apple sobe 0,61% e a Amazon avança 0,70%.
Taxa Euribor volta a subir a seis e a 12 meses
A taxa Euribor manteve-se nesta terça-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira. Com as alterações desta terça, a taxa a três meses, que voltou a ser fixada em 2,029%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,098%) e a 12 meses (2,142%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,098%, mais 0,013 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, ao ser fixada em 2,142%, mais 0,010 pontos.
A Euribor a três meses manteve-se em 2,029%, o mesmo valor de segunda-feira e acima de 2% pela quarta sessão consecutiva.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.
Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.
A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.
Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa negoceia em alta. Vestas e Maersk sobem mais de 4%
Arranque de dia positivo para as praças europeias, que estão a negociar com ganhos, sendo a única exceção o alemão Dax, que a esta hora negoceia perto da linha de água, mas em baixa (- 0,07%).
O Stoxx 600, o índice de referência europeu, avança 0,26% para os 548,20 pontos.
Já nos resultados por praças, o espanhol IBEX avança 0,52%, o francês CAC40 sobe 0,37%, o britânico FTSE ganha 0,27%, o neerlandês AEX ganha 0,09% e o italiano FTSEMIB está no verde com 0,54%. A estes junta-se o PSI, que abriu em alta e continua a negociar positivamente (sobe 0,06% a esta hora).
No contexto europeu. destaque para as empresas dinamarquesas Vestas Wind, que sobe 4,22%, e para a empresa de logística Maersk, que avança 4,60%. Também o espanhol Sabadell está em destaque, com uma subida de 2,12%, depois da notícia de que a OPA do BBVA vai mesmo avançar.
O setor das utilities está com ganhos expressivos na negociação desta terça, com as cotadas deste conjunto (e que incluem empresas de energia, gás, água e outros bens públicos essenciais) a subir 0,25%, à boleia do salto de 13% da britânica Spirax-Sarco Engineering, especializada em infraestruturas de transporte de líquidos e energia.
Também os setores da banca (0,52%) e seguradoras (0,44%) estão em alta.
Juros das dívidas da Zona Euro com ligeiro agravamento
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão nesta terça-feira em subida, como resposta ao menor apetite dos investidores por ativos seguros, numa altura em que as bolsas europeias estão a negociar em alta e noutras geografias – casos do Japão e EUA – têm estado mesmo a negociar próximo de máximos.
As obrigações alemãs a dez anos, tidas como referência para o contexto europeu, estão a subir 0,6 pontos-base para uma taxa de 2,700%. Já em França, o avanço dos juros da dívida é de 1,1 pontos-base para 3,365%. Em Itália a subida é de 0,3 pontos para 3,486%.
A "yield" das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos sobem 0,6 pontos para 3,091%. Espanha acompanha a tendência, com os juros da dívida a 10 anos a avançarem 0,7 pontos-base para 3,263%.
No Reino Unido, a rendibilidade das obrigações situa-se nos 4,597%, uma subida de 3,4 pontos-base, a mais expressiva das negociações desta terça-feira. Nos EUA, as obrigações seguem com um alívio de 0,8 pontos-base para uma taxa de rendibilidade de 4,277%.
Esta movimentação do mercado das obrigações acontece numa altura em que a Europa, apesar de já ter resolvido a situação comercial com os EUA, continua à espera de sinais sobre o que vai acontecer na Ucrânia, sobretudo de olhos postos na reunião entre os presidentes dos EUA e da Rússia na próxima sexta-feira, 15 de agosto. O jornal Politico avançou na segunda-feira que o chanceler alemão Friedrich Merz está a tentar organizar uma chamada de emergência entre alguns líderes europeus e Donald Trump, isto antes do encontro programado com Vladimir Putin.
Dólar em baixa à espera de dados da inflação
O índice dos preços no consumidor (IPC) de julho para os EUA vão ser conhecidos nesta terça-feira, um indicador que será importante em dois sentidos: permitirá perceber se os preços estão ou não a aumentar como consequência dos acordos comerciais mais penalizadores que os EUA têm firmado com vários países; e dependendo se a variação é positiva ou negativa, isso poderá influenciar a decisão da Reserva Federal sobre as taxas de juro diretoras (inalteradas este ano), na reunião que acontecerá em setembro.
"Se continuarmos a ter um abrandamento do cenário de emprego, a expectativa é que a Fed faça um corte nos juros mesmo com uma inflação persistente", analisou Mohit Kumar, da empresa Jefferies International. "Contudo, uma inflação persistente pode implicar uma política menos agressiva [na redução das taxas diretoras]", acrescenta, citado pela Bloomberg.
Na relação com o dólar, taxas de juros mais altas tipicamnte ajudam a atrair capital estrangeiro, o que por sua vez traz maior procura e valorização à divisa.
Esta antecipação pelos dados da inflação está a ter peso no mercado cambial, com o índice Jdo dólar americano (DXY), que compara o valor da moeda norte-americana com outras divisas, a recuar 0,07% para os 98.4470 pontos.
A esta hora, o euro segue a valorizar 0,02% para 1,1618 dólares e a libra também segue a avançar 0,21% para 1,3459 dólares. O dólar também recua 0,32% para 0,8101 francos suíços, numa altura em que os dois países vivem uma fase de grande tensão comercial. Por sua vez, o dólar avança 0,08% face à divisa japonesa, para 138,41 ienes.
Já noutros pares de câmbio, o euro baixa 0,14% para 0,8633 libras e avança 0,10% para 172,31 ienes.
Preço do petróleo em subida após jogadas diplomáticas de Trump
O petróleo está a negociar em alta nesta terça-feira, depois de um dia no qual os EUA apontaram o caminho sobre dois importantes parceiros comerciais. Por um lado, o país estendou por mais 90 dias a trégua comercial com a China – ao qual já ameaçou impor sanções secundárias pela importação do petróleo russo –, o que dá mais tempo para as partes encontrarem uma solução comercial e para os mercados acomodarem estas movimentações.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, aproveitou ainda uma conferência, na segunda-feira, para sacudir a pressão relativamente ao encontro que irá ter com o homólogo russo no dia 15 de agosto, dizendo que não cabe a ele "fazer um acordo" de cessar-fogo na Ucrânia, estando apenas disponível para mediar essas negociações.
A esta hora, o preço do Brent, o índice de referência para a Europa, negoceia nos 66,84 dólares por barril, o que representa uma subida de 0,32%. Já o West Texas Intermediate (WTI), a referência americana, negoceia nos 64,12 dólares, uma subida de 0,16%. Ambos os valores estão próximos de mínimos de dois meses.
Segundo Vandana Hari, da empresa de análise de mercados petrolíferos Vanda Insights, só depois da reunião de sexta-feira é que o petróleo deverá encontrar um novo rumo. "Antecipo que o crude permaneça neste intervalo [de preço] até à reunião de sexta-feira, mas um pouco vulnerável a pressões em baixa", sublinhou a analista, citada pela Bloomberg.
Isto porque da reunião entre Trump e Vladimir Putin devem sair novos indicadores sobre as sanções secundárias que os EUA têm ameaçado aplicar a países importadores de petróleo russo. Recentemente, a China já disse que continuará a comprar o crude russo.
Ouro aguenta valor após confirmação de exceção às tarifas
O Presidente dos EUA, Donald Trump, assegurou que as exportações de ouro para o país estarão isentas de tarifas, uma declaração que trouxe calmaria ao mercado de negociação do metal amarelo, depois de um par de dias de negociação mais volátil, após as notícias de que também as barras de ouro teriam de pagar imposto com a entrada no mercado norte-americano.
Em reação às declarações de Donald Trump, o preço de negociação do ouro segue estável, com uma onça a valer 3.347,53 dólares, o que representa uma valorização de 0,15%.
No entanto, os negociadores de ouro continuam à espera de uma diretiva mais formal, no sentido da isenção, pois os avanços e recuos têm sido comuns nas movimentações comerciais dos EUA nos últimos meses.
Já o preço dos futuros do ouro em Nova Iorque estão nos 3.396,22 dólares, uma descida de 0,25%, também em reação às mais recentes declarações do Presidente americano.
Noutros metais, a prata está a valorizar 0,26% para 37,89 dólares por onça e o cobre está a subir 0,56% para os 4,465 dólares por libra-peso. Já a platina negoceia em baixa, recuando 0,58%, para os 1.325,19 euros por onça.
Ásia animada com prolongamento de trégua entre EUA-China. Japão em máximos históricos
As bolsas asiáticas terminaram a segunda sessão da semana em alta, com as ações japonesas a atingirem máximos históricos, com o mercado animado pelo prolongamento da trégua das tarifas dos EUA com a China por mais 90 dias, anunciado ontem por Donald Trump.
A maior economia asiática evita, assim, por mais três meses uma taxa alfandegária de três dígitos sobre as exportações para os EUA. No entanto, parte do mercado já tinha incorporado este adiamento, "o que explica a reação silenciosa" na China, disse à Reuters Marc Velan, da Lucerne Asset Management.
A extensão do prazo abre caminho para que os investidores se foquem noutros dados, como é o caso da inflação nos EUA e ainda para o encontro entre os presidentes russo e norte-americano, no final desta semana. Esta terça-feira, o indicador de inflação - o índice de preços no consumidor será divulgado e os economistas consultados pela Reuters preveem uma subida de 0,3% em julho. Os analistas continuam a apostar as fichas em mais um corte dos juros pela Reserva Federal em setembro, mas, se a inflação subir, "será um enigma" para o banco central, disse Mike Houlahan, diretor da Electus Financial.
No Japão, o Topix avançou 1,33% para 3.064,56 pontos, enquanto o Nikkei pulou 2,12% para 42.706,52 pontos, um novo máximo histórico depois de voltar de um fim de semana prolongado. Na China, o Shanghai Composite subiu 0,5% para 3.665,54 pontos e o Hang Seng, de Hong Kong, fechou mais uma vez inalterado em 24.899,26 pontos.
Destaque ainda para a praça australiana, o S&P/ASX 200, que somou 0,4% para 8.880,80 pontos, numa sessão marcada por grande volatilidade do dólar australiano, isto depois de o banco central do país ter cortado as taxas de juro para mínimos de dois anos, nos 3,60%.
Pela Europa o sentimento deverá ser igualmente positivo, com os futuros do Euro Stoxx 50 a subirem 0,3%.
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