Europa encerra dividida. Investidores aguardam encontro entre Trump e líderes europeus
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
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Europa encerra dividida. Investidores aguardam encontro entre Trump e líderes europeus
Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão da semana divididos entre ganhos e perdas, sem grandes movimentações, num dia marcado pelo encontro de Donald Trump, presidente dos EUA, com uma série de líderes europeus - com o claro destaque a ir para a reunião com Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, depois de o encontro entre Trump e o seu homólogo russo, Vlamidir Putin, não ter resultado em um acordo de cessar-fogo.
Com as atenções centradas em Washington, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, encerrou a sessão com ganhos de apenas 0,08% para 554,01 pontos, com o setor da saúde e o das telecomunicações a impulsionarem o principal índice da região. Entre as empresas que compõe o primeiro setor, a Novo Nordisk é o claro destaque, com a empresa dinamarquesa a disparar 6,63%.
As ações da farmacêutica beneficiaram da aprovação, por parte do regulador norte-americano, do uso do medicamento Wegovy para tratar doenças do fígado, bem como da redução para metade do preço do medicamento para a diabetes Ozempic - famosamente utilizado para os seus consumidores perderem peso.
Ainda em destaque esteve o setor das energias renováveis, que beneficiou de "ventos mais favoráveis" do outro lado do Atlântico. As orientações dadas pelo Departamento do Tesouro norte-americano em relação aos subsídios fiscais relacionados com projetos de energias renováveis acabaram por ser menos onerosas do que inicialmente antecipado, abrindo espaço para novos projetos eólicos e solares obterem estes subsídios até ao final de 2027.
Neste sentido, a Vestas Wind foi a energética que mais beneficiou, ao disparar mais de 15%, acompanhanda pelas grandes valorizações da portuguesa EDP Renováveis, que acelerou 6,21% e fez com que o principal índice nacional se destacasse no plano europeu.
Com os mercados já encerrados, a reação ao encontro entre Trump e os líderes europeus, que terá a guerra na Ucrânia como o principal foco, só se vai sentir amanhã na Europa. Horas antes da reunião, o presidente norte-americano pressionou Zelensky a acabar com a guerra de imediato, através da concessão de alguns territórios ucranianos à Rússia e o fim das pretensões de a Ucrânia começar a integrar a NATO.
Entre as principais praças da região, o espanhol IBEX caiu 0,17%, o francês CAC40 desceu 0,50% e o italiano FTSEMIB deslizou 0,05%. Por sua vez, o britânico FTSE conseguiu terminar no verde com ganhos de 0,21%, enquanto o neerlandês AEX subiu 0,13%.
Juros aliviam na Zona Euro mas sobem no Reino Unido
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro voltaram a aliviar esta segunda-feira, numa sessão marcada por procura de ativos considerados mais seguros.
A Alemanha, referência europeia, registou um recuo nos juros das “bunds” a 10 anos de 2,5 pontos-base para 2,761%. Em França, as "yields" desceram 2,1 pontos para 3,445%, enquanto em Itália, a descida foi de 3,3 pontos-base para 3,554%.
Na Península Ibérica, Espanha teve um alívio 2,3 pontos para 3,326%, tendência acompanhada por Portugal que assinalou a mesma descida para 3,150%.
Já no Reino Unido, o movimento foi em sentido inverso: a rendibilidade das “gilts” a 10 anos subiu 4,1 pontos-base para 4,735%, pressionada pelo enfraquecimento das apostas de cortes de juros do Banco de Inglaterra até ao final do ano.
Dólar ganha terreno com Ucrânia e Fed em foco
O dólar está a ganhar terreno face às suas principais concorrentes, numa dia em que todas as atenções estão viradas para o encontro entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se realiza no final da tarde desta segunda-feira. A horas da reunião, o republicano renovou as pressões sobre o líder europeu, afirmando que o mesmo poderia “acabar a guerra com a Rússia quase de imediato, se quiser, ou pode continuar a lutar”.
Os investidores estão, também, a antecipar o simpósio anual realizado pela Reserva Federal (Fed) norte-americana em Jackson Hole, à espera de pistas por parte do presidente do banco central em torno do futuro da política monetária do país. Apesar de os mercados darem como quase certo um corte nas taxas de juro na próxima reunião de setembro, as probabilidades encontram-se, hoje, mais fragilizadas, isto depois de os preços no produtor terem registado o maior salto em três anos em julho.
Enquanto na semana passada um corte de 25 pontos base nas taxas de juro estava completamente incorporado no mercado, esta segunda-feira os investidores mostram-se menos certos, embora apontem para um probabillidade de alívio da política monetária em setembro de 85%. Neste contexto, o dólar está a conseguir respirar face a uma série de divisas, avançando 0,34% contra a moeda única europeia - cada euro vale, neste momento, 1,1663 dólares - e 0,54% para 147,98 ienes.
"Não acho que [Jerome] Powell vá dar grandes certezas, depois de tanto tempo a ser bastante cauteloso. Mas acho que ele tem uma abertura clara no [arrefecimento] do mercado de trabalho", explica Lou Brien, estratega da DRW Trading, à Reuters. O analista considera que o presidente da Fed pode avançar com um corte "sem esperar pela inflação" - "uma tendência histórica" para o banco central, acrescenta.
Petróleo recua antes de encontro entre Trump e líderes europeus
O preço do petróleo voltou a cair esta segunda-feira, à medida que os investidores aguardam o encontro entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, num contexto de incerteza sobre as perspetivas para a guerra na Ucrânia e o impacto nas exportações de energia.
O West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, recua 0,56% para 62,45 dólares por barril, enquanto o Brent, referência para a Europa, desliza 0,41% para 65,58 dólares.
A descida segue-se a uma manhã de volatilidade, marcada pelas declarações do conselheiro da Casa Branca, Peter Navarro, que acusou a Índia de financiar a guerra russa através da compra de crude. “A Índia age como intermediário global do petróleo russo, convertendo crude embargado em exportações valiosas, ao mesmo tempo que dá a Moscovo os dólares de que a Rússia precisa”, disse Navarro, citado pela Reuters.
Apesar de algum impulso inicial nos preços após estas declarações, a correção aconteceu perante a expectativa da reunião entre Trump e Zelensky, que ocorre dias depois de o presidente norte-americano se ter alinhado com Moscovo ao afastar a possibilidade de um cessar-fogo imediato.
Segundo Ole Hansen, estratega de matérias-primas do Saxo Bank, “o mercado ainda não refletiu totalmente um cenário de paz, que poderia pressionar ainda mais os preços do crude e do gás na Europa”.
Ouro recupera ligeiramente com juros em baixa e Jackson Hole no radar
O ouro voltou a ganhar algum fôlego esta segunda-feira, sustentado pela queda nos rendimentos das obrigações do Tesouro norte-americano e pela expectativa em torno da reunião desta segunda-feira entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, acompanhada por líderes europeus.
A esta hora, o ouro avança 0,4%, para 3.347,57 dólares por onça, após ter tocado o nível mais baixo desde 1 de agosto. Já os futuros de dezembro nos Estados Unidos subiam 0,3%, para 3.393,70 dólares. “O tom firme no preçosdo ouro regressou hoje, com o mercado a aproximar-se dos 3.350 dólares, já que a combinação de juros mais suaves e um dólar mais fraco cria certamente um vento favorável para o metal”, afirmou o analista independente Ross Norman, citado pela Reuters.
Norman acrescentou, contudo, que “seria imprudente antecipar o impacto das notícias geopolíticas neste momento, dado que praticamente qualquer desfecho é concebível”, sublinhando que sinais de alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia poderiam trazer alguma pressão em baixa para o ouro.
No radar dos investidores está também o simpósio anual da Reserva Federal em Jackson Hole, onde são esperados novos sinais sobre o rumo da política monetária norte-americana. Economistas sondados pela Reuters antecipam um primeiro corte de juros já em setembro, com possibilidade de um segundo até ao final do ano.
Nos restantes metais, a prata assinala uma subida de 0,31% para 38,59 dólares por onça e a platina desce 0,52% para 1.334,51 dólares.
Wall Street sem grandes movimentações à espera do simpósio de Jackson Hole
Os principais índices norte-americanos arrancaram a primeira sessão da semana praticamente inalterados face à sessão anterior, numa altura em que os investidores aguardam por uma série de resultados trimestrais e pelo simpósio de Jackson Hole, evento organizado pela Reserva Federal (Fed) dos EUA, para aumentar (ou não) a exposição das suas carteiras ao risco.
As atenções viram-se também para a reunião entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo ucrâniano, Volodymyr Zelensky, que se realiza esta segunda-feira. O encontro foi convocado após a cimeira entre o líder dos EUA e Vladimir Putin, que terminou sem um acordo de cessar-fogo. Na comitiva que segue para Washington, vão ainda marcar presença a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyem, bem como uma série de líderes europeus.
Com os investidores a aguardarem por novos desenvolvimentos, o S&P 500 arrancou a sessão a recuar 0,03% para 6.448,02 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite a ceder 0,05%, para 21.612,24 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avança 0,04% para 44.964,92 pontos. Na última sessão, uma série de dados económicos "trocaram as voltas" aos investidores e deixaram os principais índices norte-americanos divididos, depois de vários dias consecutivos de recordes.
Apesar de as vendas a retalho terem crescido 0,5% em cadeia em julho, em linha com as expectativas, o sentimento dos consumidores tem vindo a cair nos últimos meses, à medida que aumentam os receios em torno de uma possível escalada da inflação. Neste campo, os investidores vão olhar com bastante atenção para os resultados trimestrais de grandes retalhistas, como a Walmart e a Target, para avaliarem o impacto das tarifas no consumo norte-americano.
"Muitas encomendas foram antecipadas por parte de muitos retalhistas e alguma empresas. Portanto, do ponto de vista dos lucros, é muito provável que fiquem em linha com as expectativas - e, se ficarem acima das previsões, poderá ser apenas uma superação ligeira", explica Michael Matousek, diretor de negociação da U.S. Global Investors, à Reuters.
Entre as principais movimentações de mercado, a UnitedHealth avança 1,60%, depois de já ter saltado 12% na sessão anterior, continuando a beneficiar da aposta de Warren Buffet na empresa ligada ao setor de saúde. O magnata, cuja carteira de investimentos é bastante seguida pelos mercados, tem 5 milhões de ações da UnitedHealth, que valem cerca de 1,6 mil milhões de dólares.
Taxa Euribor cai a 12 meses e estabiliza a seis meses
A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três meses e desceu a 12 meses face a sexta-feira, tendo-se mantido inalterada no prazo intermédio. Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,028%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,111%) e a 12 meses (2,084%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se estável nos 2,111% de sexta-feira.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,084%, abaixo dos 2,092% da sessão anterior.
Já a Euribor a três meses subiu para 2,028%, face aos 2,026% de sexta-feira, fixando-se acima de 2% pela oitava sessão consecutiva.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.
Bolsas europeias em queda. Vestas dispara 16% com bons "ventos" dos EUA
Os olhos dos investidores estão postos na reunião que acontecerá nesta segunda-feira entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e vários líderes europeus, incluindo a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O objetivo continua a ser um acordo de paz para a Ucrânia, depois de a reunião com Vladimir Putin, na sexta-feira passada, não ter surtido resultados palpáveis nesse sentido.
Perante a incerteza, os investidores estão a apostar mais nos chamados ativos seguros (como o ouro e as obrigações), em detrimento de ativos mais arriscados, como são as ações das empresas.
O Stoxx 600, o índice de referência europeu, recua 0,16% para os 552,68 pontos.
Já nos resultados por praças, o espanhol IBEX cai 0,54%, o francês CAC40 desce 0,53%, o britânico FTSE desliza uns ligeiros 0,01%, o neerlandês AEX desce 0,09% e o italiano FTSEMIB está no vermelho com uma queda de 0,33%. Resultados que destacam ainda mais a subida do português PSI, que está com ganhos graças à subida da EDP Renováveis.
As empresas das energias "verdes" estão, no global, em alta na negociação desta segunda-feira, capitalizando com uma orientação emitida pelo Departamento do Tesouro dos EUA sobre a aplicação de impostos a projetos de energias renováveis. Segundo a Bloomberg, esta clarificação significa um cenário menos oneroso para as empresas do setor do que inicialmente antecipado.
O melhor exemplo é a dinamarquesa Vestas Wind que dispara 16% com estes "bons ventos" vindos dos EUA. Também a Scatec Solar avança 2,96% e a Oersted sobe 2,58%.
O setor da energia não é no entanto suficiente para segurar o Stoxx 600, que está a ser negativamente influenciado pelo setor da banca (- 1,37%) e construção (- 0,82%).
Na manhã desta segunda-feira, destaque ainda para a retalhista francesa Casino Guichard, que sobe uns expressivos 8,39%. Já a luxemburguesa Adler, do setor imobiliário, tomba 6%.
Dólar valoriza face aos principais concorrentes
Com os analistas a apostarem num corte de juros por parte da Fed, o dólar valoriza ligeiramente face aos principais concorrentes.
O índice do dólar, que mede a força da nota verde face às outras seis principais moedas, avança 0,17% para 98,02 pontos.
Olhando para as principais divisas, o euro desvaloriza 0,15% para 1,17 dólares.
Face à nota verde perdem valor, de forma mais ligeira, a libra do Reino Unido (- 0,2%), o franco suíço (- 0,17%) e o iene japonês (-0,52%). O dólar canadiano, pelo contrário, valoriza em termos relativos (0,17%).
“Apesar dos dados não apontarem todos no mesmo sentido, a economia norte-americana parece estar em forma no terceiro trimestre do ano”, disse Bill Adams, economista chefe do Comerica Bank, citado pela agência Reuters.
A maioria dos analistas citados pela agência de notícias espera um corte de 0,25 pontos nos próximos meses, em vez dos 0,5 pontos anteriormente admitidos.
Os investidores estão também de olhos postos na reunião desta segunda-feira entre Trump e Zelensky, sendo expectável que o presidente norte-americano pressione a Ucrânia a aceitar um acordo de paz, depois de Trump ter preterido um cessar-fogo.
Apetite por dívidas europeias leva a queda nos juros
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar de forma significativa nesta segunda-feira, num dia em que os investidores parecem estar a apostar em opções mais seguras (o ouro também segue a valorizar).
As obrigações alemãs a dez anos, tidas como referência para o contexto europeu, estão a descer 4,4 pontos-base para uma taxa de 2,742%. Já em França, o recuo dos juros da dívida é de 4,8 pontos-base para 3,418%. Em Itália a descida é ainda mais expressiva, de 6,2 pontos-base, para 3,525% de rendibilidade.
A "yield" das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos caem 5,1 pontos para 3,122%. Espanha acompanha a tendência, com os juros da dívida a 10 anos a recuarem igualmente 5,1 pontos-base para 3,297%.
No Reino Unido, a rendibilidade das obrigações situa-se nos 4,663%, uma descida de 3,2 pontos-base. Nos EUA, as obrigações seguem também a aliviar 2,31 pontos-base para uma taxa de rendibilidade de 4,293%.
A movimentação nos juros das dívidas acontece também no dia em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, recebe vários líderes europeus para discutir um cenário de paz na Ucrânia. E perante a existência de incerteza sobre o que sairá da reunião (e a forma como isso afetará os mercados), parece haver um maior interesse pelas obrigações europeias.
Petróleo oscila com olhos postos na reunião de Trump e Zelensky
Com os olhos postos na reunião de Donald Trump e Volodymyr Zelensky, o petróleo regista esta manhã oscilações, estando agora a cair.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos – cai 0,16% para 62,70 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,17% para 65,74 dólares por barril.
Os presidentes norte-americano e Ucraniano encontram-se esta segunda-feira em Washington, depois de Trump ter dito, na sexta-feira, que vai tentar promover um acordo rápido com a Rússia.
Ao afastar um cessar-fogo, Trump poderá querer promover um entendimento que implique cedências relevantes de território por parte da Ucrânia, enquadra a Bloomberg.
Já a Reuters atribui a subida registada esta manhã, à qual se seguiu uma correção, às declarações do conselheiro de Trump Peter Navarro, que num artigo de opinião publicado no Financial Times disse que a compra de petróleo russo pela Índia tem de parar.
“A Índia age como intermediário global do petróleo russo, convertendo crude embargado em exportações valiosas, ao mesmo tempo que dá a Moscovo os dólares de que a Rússia precisa”, disse, acusando a Índia de estar a financiar a guerra. "Se a Índia quer ser tratada como parceiro estratégico dos Estados Unidos tem de agir como tal".
As palavras do conselheiro norte-americano, juntamente com o adiamento das negociações comerciais, “reavivam as preocupações de que a energia continue refém das tensões comerciais e diplomáticas, mesmo com mais perspetivas de paz na Ucrânia", disse a analista da Phillip Nova Priyanka Sachdeva, citada pela Reuters.
Ouro sobe à espera de pistas vindas de Jackson Hole
O retiro anual da Reserva Federal dos EUA (Fed), que acontece em Jackson Hole, no estado americano do Wyoming, está na mira dos negociadores de ouro. Isto porque da reunião poderão resultar algumas pistas sobre o que tenciona fazer o banco central em setembro no que às taxas diretoras diz respeito.
A expectativa dos investidores é que haja um corte nas taxas de juro já em setembro, o que parece ainda por definir é quão grande poderá ser esse corte. O líder da Fed, Jerome Powell, vai falar depois do encontro, pelo que todos os sinais são analisados com atenção.
Em antecipação ao que poderá acontecer no encontro, o ouro segue a valorizar 0,41% para os 3.349,71 dólares por onça.
"Os mercados esperam que a Reserva Federal adote um tom mais "dovish" no encontro em Jackson Hole, com os investidores a olharem também para os dados ligeiramente firmes da semana passada da inflação americana", comentou Priyanka Sachdeva, analista na empresa Phillip Nova Pte. Segundo a análise, existe ainda alguma pressão inflacionista naquele que se espera que venha a ser um caminho de redução das taxas de juro.
Noutros metais, a prata avança 0,51% para os 38,67 dólares por onça, o cobre recua 0,48% para os 4,53,35 dólares por libra-peso e a platina cai 0,85% para os 1.330,17 dólares por onça.
Ásia fecha com ganhos. Futuros europeus avançam em dia de encontro entre Trump e Zelensky
Os principais índices asiáticos fecharam a sessão com valorizações, lideradas pelos ganhos na Índia, com o índice BSE Sensex a avançar mais de 1%, impulsionado pelos planos do Governo do país para reduzir o imposto sobre o consumo. Já na China, os principais índices avançaram com os investidores a mostrarem-se otimistas com a diminuição das tensões comerciais entre Pequim e Washington. Os futuros europeus seguem a ganhar 0,2% a esta hora.
Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite avançou 0,67% e o Hang Seng de Hong Kong ganhou 0,16%. Pelo Japão, o Nikkei subiu 0,75% e o Topix pulou 0,40%.
O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse que mesmo que a China continue a comprar petróleo produzido na Rússia, que a sua Administração não irá, para já, aumentar as tarifas sobre as importações de produtos provenientes do país, o que acabou por dar algum impulso ao sentimento dos investidores.
“Não creio que os investidores chineses onshore [os que aplicam dinheiro no mercado doméstico] acreditem plenamente que a recuperação continuará sem alguma melhoria no crescimento”, disse à Bloomberg Jason Lui, do BNP Paribas, acrescentando que a intervenção económica do Governo tem ajudado a reduzir a volatilidade das ações chinesas este ano.
Entre os movimentos do mercado, destacaram-se a chinesa Alibaba e a japonesa Toyota. A tecnológica fechou a sessão com perdas de mais de 4%, enquanto a fabricante de automóveis subiu mais de 1,50%.
Os investidores viram-se agora para as negociações entre Trump e Zelensky esta segunda-feira. Além disso, esta semana as atenções estarão igualmente centradas no retiro anual da Reserva Federal (Fed) norte-americana em Jackson Hole, com o discurso do presidente do banco central, Jerome Powell, a prometer ser acompanhado de perto numa altura em que se espera que a Fed flexibilize os juros diretores do lado de lá do Atlântico já em setembro.
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