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Ao minuto03.06.2025

Europa domina inflação e avança em bolsa. UBS dispara 5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Bolsas europeias fecham positivas em dia de inflação.
Bolsas europeias fecham positivas em dia de inflação. Ole Berg-Rusten/AP
03 de Junho de 2025 às 17:58
03.06.2025

Europa domina inflação e avança em bolsa. UBS dispara 5%

As principais praças europeias encerraram a segunda sessão do mês em alta ligeira, com a maioria dos índices da região a avançarem impulsionados por uma inflação que parece estar, finalmente, domada. O avanço acontece apesar de a OCDE ter revisto em baixa as perspetivas de crescimento das economias a nível global, citando o impacto das tarifas de Donald Trump. 

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avançou 0,09% para 548,44 pontos, ganhando força no "sprint" final, depois de ter negociado grande parte da sessão em território negativo. A maioria dos setores até fechou no vermelho, mas as valorizações em torno de 1% do setor tecnológico e do "oil&gas" foram suficientes para dar alento ao principal índice do Velho Continente.

De acordo com dados preliminares do Eurostat, - três décimas abaixo do registado no mês anterior e 0,1 pontos base abaixo do consenso recolhido pela Bloomberg. "São boas notícias, são até melhor do que o esperado", afirma  Jeanne Asseraf-Bitton, diretora de "research" da BFT IM, adicionando que este abrandamento dos preços "apoia pelo menos mais dois cortes do Banco Central Europeu (BCE) até ao final do ano". 

As praças europeias arrancaram junho com bastante cautela, depois de um "rally" de recuperação ter dado um dos melhores meses dos últimos anos ao Stoxx 600. Com as tensões comerciais de volta ao palco principal das preocupações dos investidores, depois de algum alívio no mês anterior, os mercados da região procuram novos catalisadores para continuarem um ano que se avizinha bastante positivo - pelo menos, quando comparado com os índices norte-americanos.

No entanto, a instabilidade política está de volta ao continente. Horas depois de Geert Wilders, líder da extrema-direita holandesa, ter abandonado a coligação no Governo, . No centro do conflito está uma proposta para travar a imigração, que os parceiros de coligação recusaram. Apesar da turbulência, o holandês AEX conseguiu valorizar 0,2%, depois de ter chegado a cair 0,6%. 

Entre as principais movimentações de mercado, o banco de investimento suíço UBS disparou mais de 5%, depois de o norte-americano Jefferies ter revisto em alta a recomendação da instituição financeira de "manter" para "comprar", citando um ponto de viragem no seio do banco. 

Nas restantes praças europeias, Madrid foi a única a acabar no vermelho ao ceder 0,52%. Por sua vez, Frankfurt cresceu 0,67%, Paris saltou 0,34%, enquanto Londres valorizou 0,15% e Milão valorizou 0,23%. 

03.06.2025

Juros praticamente inalterados na Zona Euro à espera do BCE

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão desta terça-feira sem grandes oscilações, numa semana marcada pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). É esperado que a autoridade avance com mais um corte de 25 pontos base nas taxas de juro pela oitava vez consecutiva. 

A "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que serve de referência para o resto da Zona Euro, manteve-se inalterada nos 2,522%, enquanto os juros das obrigações francesas com a mesma maturidade cresceram 0,2 pontos base para 3,187%. 

Nos países da Europa do sul, os juros das dívida soberana portuguesa também a dez anos foram os que mais aceleraram no bloco de 20 países, ao subirem 0,6 pontos base para 2,988%, enquanto a "yield" das obrigações espanholas aumentou 0,1 pontos para 3,105% e a das italianas cedeu 0,5 pontos para 3,492%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas deslizaram 2,9 pontos base para 4,635%, depois de o país ter recorrido ao mercado da dívida e ter registado uma procura bastante sólida. 

03.06.2025

Dólar recupera de mínimos de seis semanas face ao euro

A nota verde segue a ganhar terreno, a recuperar de mínimos de seis semanas face ao euro, apesar de persistirem receios quanto aos potenciais danos económicos da guerra comercial da Administração Trump.

“Tivemos um grande selloff no dólar e hoje está a retomar um pouco. Mas não vejo muitas notícias novas capazes de fazer afirmar que o dólar está a virar de forma significativa”, comentou à Reuters o principal estratega de mercado da Bannockbum Global Forex, Marc Chandler.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana face a um cabaz de pares, sobe 0,58% para 99,15 pontos.

Uma das divisas que está a ceder face à divisa norte-americana nesta sessão de terça-feira é o euro, que segue a perder 0,44% para 1,1391 dólares. Também o iene recua, com a nota verde a ganhar 0,74% face à moeda nipónica, para 143,75 ienes por dólar.

Hoje foi revelado que a inflação na Zona Euro abrandou para níveis abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu, reforçando a expectativa de que o BCE corte os juros diretores na reunião de quinta-feira – o que debilita a moeda única.

Embora as bolsas globais já tenham recuperado grandemente do movimento de vendas de inícios de abril – quando Donald Trump anunciou tarifas recíprocas sobre mais de 150 países, numa ação a que chamou de ‘dia da libertação’ –, o dólar tem continuado sob pressão.

Recorde-se que, face ao euro, o dólar ainda perde 9% no acumulado deste ano.

03.06.2025

Ouro perde quase 1% e afasta-se de máximos de um mês

ouro

O ouro está a negociar com perdas de quase 1% esta terça-feira, depois de ter tocado máximos de quase um mês na sessão anterior. O metal precioso está a perder algum do seu prémio de risco, numa altura em que os investidores olham com esperança para a reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, agendada para esta semana. 

O metal amarelo desliza 0,95% para 3.349,54 dólares por onça, com os investidores a aproveitarem ainda para procederem à retirada de mais-valias. "Estamos a aproximar-nos de um período conhecido por uma menor atividade nos mercados, por isso, existe alguma expectativa que o ouro entre numa fase de consolidações e de pequenas movimentações", explica David Meger, analista de metais preciosos da High Ridge Futures, à Reuters. 

No campo comercial, os EUA e a China dão sinais de abertura para intensificarem as negociações, depois de se terem acusado mutuamente de violar as "tréguas" alcançadas no mês passado. Já a Comissão Europeia está a pressionar a Casa Branca para diminuir as tarifas que os produtos do bloco de países enfrenta ao chegar a território norte-americano, numa altura em que Washigton endurece a narrativa.

Apesar da volatilidade mais recente, o ouro já valorizou cerca de 28% só este ano. Com as tensões comerciais a arrastarem-se e a Reserva Federal (Fed) sem pressa para cortar nas taxas de juro, o metal precioso procura novos catalisadores para continuar o seu "rally". 

03.06.2025

Petróleo avança com incêndios no Canadá a ameaçar oferta

petroleo combustiveis

O barril de petróleo está a valorizar pelo segundo dia consecutivo com ganhos substanciais, numa altura em que incêndios no Canadá estão a ameaçar a oferta mundial de crude. As estimativas apontam para uma disrupção em torno de 350 mil barris por dia, o que está a afastar momentariamente as preocupações dos investidores com um mercado inundado de petróleo, agora que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidiu voltar a "abrir" as torneiras". 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 2% para os 63,77 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,70% para os 65,73 dólares por barril. Na sessão anterior, os dois "benchmarks" já tinham acelerado quase 3%, afastando-se da marca dos 60 dólares por barril. 

A impulsionar ainda mais os ganhos desta terça-feira está um agravar das tensões geopolíticas entre Irão e EUA. Apesar de os dois países estarem em negociação para alcançar um acordo que pode vir a levantar as sanções ao petróleo iraniano, as conversações continuam a embater no mesmo problema: as pretensões nucleares de Teerão. Donald Trump, o Presidente norte-americano, já veio desmentir notícias que Washington permitiria que a nação do Médio Oriente reforçasse as suas reservas de urânio. 

Apesar das valorizações mais recentes, o petróleo continua a registar um saldo anual negativo de 12%. "Além do curto prazo, continuamos a prever que os mercados vão ter dificuldade em absorver a quantidade de barris introduzidos pela OPEP nos próximos meses", explica Daniel Ghali, um estratega de matérias-primas da TD Securities.

03.06.2025

Wall Street sobrevive a incerteza com encontro entre Trump e Xi Jinping no radar

Os principais índices norte-americanos até arrancaram a segunda sessão da semana no vermelho, mas rapidamente inverteram para território positivo, numa altura em que os investidores aguardam por novos desenvolvimentos nas negociações entre os EUA e os seus parceiros comerciais O Presidente norte-americano e o seu homólogo chinês vão reunir-se esta semana para discutir a política protecionista de Washington, dias depois de Donald Trump ter acusado Pequim de violar as "tréguas" temporárias alcançadas entre as duas superpotências em maio. 

A Casa Branca está empenhada em conseguir novos acordos com os seus parceiros comerciais e estabeleceu quarta-feira como a data limite para os vários países afetados pelas tarifas "recíprocas" enviarem aos EUA as suas melhores propostas. Ao mesmo tempo, Donald Trump decidiu endurecer a narrativa e anunciou um aumento de 25% para 50% das tarifas sobre aço e alumínio, espalhando, novamente, a incerteza pelos mercados. 

Neste contexto, o S&P 500 avança 0,08% para 5.940,64 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite salta 0,29% para 19.298,15 pontos e o industrial Dow Jones, que avança 0,01% para 42.310,04 pontos. Os três "benchmarks" norte-americanos continuam com dificuldade em encontrar novos catalisadores, depois de terem encerrado maio com a maior valorização em mais de um ano e meio. 

"Os mercados continuam a negociar com um certo nível de incerteza, porque não se consegue prever como isto tudo vai terminar", começa por explicar Chris Zaccarelli, CIO da Northlight Asset Management, à Reuters. "A existência de um prazo para a apresentação da melhor proposta e de um enquadramento para avançar com as negociações deverá ser positivo para os mercados", completa.

Entre as principais movimentações de mercado, a Constellation Energy dispara 6,53% para 333,94 dólares, depois de ter fechado um negócio de abastecimento de energia nuclear com . Por sua vez, a empresa liderada por Mark Zuckerberg recua 0,38% para 668,37 dólares. 

03.06.2025

Euribor cai a 3 meses para novo mínimo desde final de 2022 e sobe a 6 e 12 meses

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A Euribor desceu hoje a três meses para um novo mínimo desde novembro de 2022 e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 1,971%, ficou abaixo das taxas a seis (2,074%) e a 12 meses (2,070%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 2,074%, mais 0,011 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,070%, mais 0,013 pontos do que na segunda-feira.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 30 de maio passado, recuou para 1,971%, menos 0,008 pontos e um novo mínimo desde 29 de novembro de 2022.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,150 pontos para 2,099% a três meses, 0,082 pontos para 2,120% a seis meses e 0,062 pontos para 2,091% a 12 meses.

Esta semana, em 05 e 06 de junho, em Frankfurt, realiza-se a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e os mercados antecipam uma nova descida da taxa diretora, de 0,25 pontos para 2%.

A concretizar-se, esta descida será a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, a última deste ano.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o BCE desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

03.06.2025

Agitação política e perspetivas comerciais pressionam índices europeus

Os principais índices europeus negoceiam no vermelho, pressionados por fracos dados do setor industrial chinês, que estarão a reduzir o apetite pelo risco, com as empresas mineiras expostas ao comércio a registarem a maior queda a esta hora. Agitação política no Velho Continente e as tarifas centram igualmente atenções.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – perde 0,27%, para os 546,43 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 0,13%, o britânico FTSE 100 cede 0,12%, o espanhol IBEX 35 recua 0,41%, o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,54%, o holandês AEX cede 0,54% e o francês CAC-40 regista perdas de 0,48%.

A indústria transformadora da China registou a pior queda desde setembro de 2022, de acordo com um inquérito citado pela Bloomberg, com as tarifas mais elevadas a afetarem os pequenos exportadores.

Por cá, os índices europeus estagnaram depois de terem recuperado em maio, numa altura em que os investidores continuam a mostrar-se cautelosos quanto às perspetivas de políticas comerciais dos EUA. O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o Presidente chinês, Xi Jinping, devem falar esta semana, disse a Casa Branca, já que as duas maiores economias do mundo continuam presas em disputas e acusações de parte a parte.

Entretanto, a agitação política na Europa está a aumentar novamente. sobre o plano do Partido da Liberdade, de extrema-direita, para travar a migração por via de programas de asilo, o que está a pressionar a esta hora a bolsa de Amesterdão.

De resto, os números sobre o emprego nos EUA, divulgados esta terça-feira, prometem ser seguidos de perto pelos investidores.

“O mercado está provavelmente a arrefecer antes dos dados sobre o emprego nos EUA esta tarde, depois dos indicadores sombrios da atividade empresarial ontem”, disse à Bloomberg Karen Georges, gestora de fundos de ações da Ecofi. A especialista acrescenta que o colapso do governo neerlandês também deve estar a pesar sobre o sentimento.

No final desta semana, o foco estará na decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre as taxas de juro, depois de hoje se conhecer a taxa de inflação em maio na Zona Euro. O BCE reduziu as taxas de juro sete vezes no último ano e espera-se uma oitava flexibilização das taxas diretoras na quinta-feira.

Entre os setores, o dos recursos naturais regista a esta hora as maiores perdas (-2,19%), seguido dos bancos (-0,97%). Por outro lado, as "utilities" (água, luz, gás) registam os maiores ganhos (+0,34%).

Entre os movimentos do mercado, o UBS Group pula 2,26%, depois de a Jefferies ter melhorado a classificação do banco de “hold” para “buy”. Já a Cofinimmo, empresa do ramo imobiliário belga, sobe mais de 3% esta manhã, depois de ter recebido uma oferta de aquisição por parte da Aedifica.

03.06.2025

Juros das dívidas soberanas europeias com alívios em toda a linha

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem a registar alívios, numa altura em que a cautela marca a negociação entre os principais índices europeus esta manhã, com os investidores a afastarem-se de ativos de risco.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 1,3 pontos-base, para 2,969%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento cai 1,5 pontos para 3,089%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 1,9 pontos-base para 3,167%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviam 2,8 pontos para 2,494%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência, ainda que de forma mais acentuada, e caem 5,2 pontos-base para 4,613%.

03.06.2025

Dólar recupera ligeiramente perto de mínimos de seis semanas

O dólar oscilou perto de mínimos de seis semanas esta manhã, estando a esta hora a recuperar ligeiramente das quedas registadas, com preocupações crescentes quanto aos danos económicos da guerra comercial travada pela Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, a pesarem sobre o sentimento dos "traders".

O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – sobe esta hora 0,22% para os 98,927 pontos.

Embora os mercados bolsistas a nível global tenham recuperado na sequência da saga das ameaças tarifárias de Trump, o dólar permanece em desvantagem. Os dados sobre o emprego conhecidos hoje podem dar mais sinais do impacto que a incerteza comercial está a causar na maior economia do mundo.

Neste plano, as tarifas dos EUA sobre o aço e o alumínio importados deverão duplicar para 50% a partir de quarta-feira, o mesmo dia em que a Administração Trump espera que os países apresentem as suas melhores propostas nas negociações comerciais.

“O que toda esta dinâmica está basicamente a dizer é que as tensões comerciais não estão realmente a melhorar a esse respeito, e vimos o dólar a ser amplamente martelado”, disse à Reuters Rodrigo Catril, do National Australia Bank.

Por cá, a “moeda única” cai 0,27% para 1,141 dólares, enquanto a libra perde igualmente 0,27% para os 1,351 dólares.

Também o iene japonês segue a ceder ligeiramente face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” avança 0,04% para os 142,770 ienes.

03.06.2025

Ouro recua na antevisão dos dados do emprego

O ouro segue a desvalorizar esta terça-feira, com os mercados na expectativa dos dados do emprego nos Estados Unidos e do respetivo impacto nas decisões de política monetária da Fed e atentos às negociações comerciais. 

Pelas 08:43 desta terça-feira, 3 de junho, a onça de ouro seguia a cair 0,73% para 3.356,85 dólares, depois de ter registado, no dia anterior, a maior subida em quatro semanas. 

Os indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos, incluindo do emprego registado em maio, têm publicação marcada para esta sexta-feira, com os investidores atentos também aos desenvolvimentos das negociações comerciais entre Washington e Pequim.

Apesar da queda, o ouro já valorizou 25% este ano, com o Goldman Sachs a considerar que continua a ser uma boa aposta, tal como o petróleo, em portfólios de longo prazo e contra a inflação (esperada com as tarifas norte-americanas). 

A se Donald Trump avançar com as suas ameaças de impor mais tarifas. São poucos os sinais de um acordo entre os dois principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.

03.06.2025

Petróleo impulsionado por dólar mais fraco e preocupações com oferta

Os preços do petróleo seguem a subir esta terça-feira, sobretudo devido a preocupações com a oferta, com o Irão perto de rejeitar uma proposta de acordo nuclear com os EUA, de acordo com a Reuters, que seria fundamental para aliviar as sanções sobre as exportações de crude de Teerão.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,91% para os 63,09 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,79% para os 65,14 dólares por barril.

O mercado petrolífero ganhou terreno na segunda-feira, com o aumento dos riscos geopolíticos e a subida da oferta da OPEP+ em julho, que ficou aquém das expectativas, a impulsionar o mercado.

Ambos os contratos ganharam quase 3% na sessão anterior, depois de os membros da OPEP+, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, terem concordado em manter o aumento da produção em julho em 411 mil barris por dia, um aumento menor do que o temido por alguns analistas e “traders”.

“Com os piores receios a não se concretizarem, os investidores desfizeram as posições de baixa que tinham construído antes da reunião [da OPE+] no fim de semana”, disseram analistas do ANZ numa nota enviada à Bloomberg.

Entretanto, o índice do dólar, que mede o desempenho da “nota verde” face a divisas rivais, manteve-se perto de mínimos de seis semanas, com os mercados a avaliarem as perspetivas da política tarifária do Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu potencial para afetar o crescimento e fomentar a inflação nos EUA.

“Os preços do petróleo bruto continuam a subir, apoiados pelo enfraquecimento do dólar”, explicou Priyanka Sachdeva, analista de mercado sénior da Phillip Nova.

Uma "nota verde" mais fraca torna as mercadorias cotadas em dólares, como o petróleo, menos caras para os detentores de outras divisas.

03.06.2025

Ásia fecha dividida com China a registar ganhos. Futuros europeus pouco alterados

Os principais índices asiáticos encerraram a sessão desta terça-feira sem rumo definido, com os futuros europeus a apontarem para uma abertura pouco alterada.

O índice MSCI Ásia-Pacífico acabou por conseguir fechar com ganhos modestos de 0,12%. Pela China, o Hang Seng de Hong Kong fechou com um desempenho superior e ganhou 1,35% devido às esperanças de novos estímulos económicos para a região. Já o Shanghai Composite valorizou 0,41%. No Japão, o Nikkei deslizou 0,064% e o Topix recuou 0,22%.

Esta terça-feira, os investidores estão atentos ao desenrolar da polémica comercial entre a China e os EUA, com o foco principal na possibilidade de Trump e Xi promoverem uma conversa telefónica para reduzir as tensões entre as maiores economias mundiais. Isto depois de os dois países se terem acusado mutuamente de violar o acordo comercial temporário celebrado em maio.

“O mercado está a exibir um elevado grau de volatilidade a curto prazo, porque isto pode ser potencialmente dramático se não encontrarmos uma solução”, disse à Bloomberg George Maris, diretor de investimentos da Principal Asset Management. "Este é o maior problema que o mercado enfrentará em 2025. E, portanto, obviamente o mercado está altamente focado nisso”, acrescentou o especialista, que refere também que Trump está ansioso por fechar mais acordos comerciais, mas as negociações com a China e a Europa continuam a definhar com novas ameaças por parte da Administração norte-americana.

Nesta linha, e depois de Trump já ter referido que quereria falar pessoalmente com o seu homólogo chinês, o principal conselheiro económico de Trump, Kevin Hassett, sinalizou no domingo que a Casa Branca estava a antecipar uma chamada esta semana entre os dois presidentes. A China não confirmou quaisquer conversações, apesar de os EUA estarem a insistir num diálogo.

De resto, ainda em foco durante o dia, estarão dados do emprego nos EUA e na Europa, assim como a inflação na Zona Euro.

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