Banca europeia regista pior dia em mais de um ano
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
- Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista
- Petróleo valoriza. Preço do gás cai com temperaturas mais altas
- Incerteza após colapso do Silicon Valley Bank dá força a ouro
- Euro valoriza face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro
- Europa em queda livre com colapso do Silicon Valley Bank
- Taxa Euribor inverte tendência e cai a três, seis e 12 meses
- Wall Street tomba com as atenções centradas no sistema financeiro
- Ouro sobe mais de 2% com aversão aos ativos de risco
- Dólar desvaloriza pelo terceiro dia. Ciclo de subida de juros da Fed com fim à vista
- Petróleo cede com receios de que reveses da banca se alastrem
- Juros da Zona Euro com forte alívio
- Banca europeia regista pior dia em mais de um ano
As bolsas europeias apontam para um arranque de sessão em terreno positivo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem 0,4%.
As atenções dos investidores esta semana estão centradas na reunião do Banco Central Europeu, que anuncia na quinta-feira uma nova subida das taxas de juro.
Na Ásia, a negociação encerrou mista, com o setor financeiro a ser o que mais pesou no Japão. A pressionar está o colapso do SVB, cuja maioria dos clientes são startups do setor tecnológico, como a Shopify e o Pinterest. Em Hong Kong e na China Continental as ações subiram, impulsionadas por sinais de que a política monetária vai manter-se estável, uma vez que o governador do banco central, Yi Gang, e os ministros das Finanças e do Comércio vão manter-se nos cargos.
Em Hong Kong e na China Continental as ações subiram, impulsionadas por sinais de que a política monetária vai manter-se estável, uma vez que o governador do banco central, Yi Gang, e os ministros das Finanças e do Comércio vão manter-se nos cargos.
Na China, Xangai subiu 1,20% e, em Hong Kong, o tecnológico Hang Seng somou 1,45%. No Japão, o Nikkei caiu 1,11% e o Topix recuou 1,51%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,67%.
Os preços do petróleo seguem a valorizar, após alguma volatilidade sentida na sequência do colapso do Silicon Valley Bank. O banco, que era o 16.º maior banco dos EUA por ativos, afundou em dois dias, o que lançou instabilidade nos mercados.O West Texas Intermediate - referência para os Estados Unidos - sobe 0,46% para 77,03 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte - negociado em Londres e referência para as importações europeias - soma 0,45% para 83,15 dólares por barril.
As autoridades norte-americanas anunciaram na noite de domingo esforços para fortalecer a confiança no sistema bancário e o Goldman Sachs antecipa agora que a Fed vá ser mais branda na subida das taxas de juro, devido à turbulência sentida nos mercados. Os sucessivos acontecimentos colocaram o dólar em queda, fornecendo algum alívio às "commodities".
No mercado do gás natural, os preços seguem a cair, pressionados por um aumento da temperatura que está a levar a uma redução de consumo de energia. Prevê-se que as temperaturas se mantenham mais quentes do que o habitual para esta altura do ano nos próximos dias.
O gás negociado em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – cede 7,9%, para 48,65 euros por megawatt-hora.
O ouro segue a valorizar, numa altura em que o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) levou a uma maior procura por ativos-refúgio. Além da insegurança em torno do sistema bancário, o metal precioso está também a beneficiar das previsões de que a Fed não deverá subir as taxas de juro em março.
O ouro valoriza 0,72% para 1.881,69 dólares por onça, enquanto a platina valoriza 0,09% para 965,76 dólares, o paládio soma 1,03% para 1.398,27 dólares e a prata avança 1,09% para 20,76 dólares. O colapso do banco norte-americano desencadeou receios quanto à possibilidade de que se venham a sentir efeitos em todo o sistema financeiro, o que levou as autoridades norte-americanas a agir. Na noite de domingo, o departamento do Tesouro, a Fed e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) fizeram um comunicado conjunto em que asseguraram que todo o dinheiro depositado no SVB estará disponível esta segunda-feira.
O ouro valoriza 0,72% para 1.881,69 dólares por onça, enquanto a platina valoriza 0,09% para 965,76 dólares, o paládio soma 1,03% para 1.398,27 dólares e a prata avança 1,09% para 20,76 dólares.
O colapso do banco norte-americano desencadeou receios quanto à possibilidade de que se venham a sentir efeitos em todo o sistema financeiro, o que levou as autoridades norte-americanas a agir.
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,50% para 1,0696 dólares.
A moeda norte-americana perde força, numa altura em que se espera que a medida anunciada no domingo pelas autoridades dos Estados Unidos - de assegurar que o dinheiro depositado no banco estará disponível esta segunda-feira - reduza o impacto do colapso do Silicon Valley Bank, refere Teppei Ino, responsável pela divisão de mercados globais no banco MUFG.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar, numa altura em que a incerteza criada pelo colapso do Silicon Valley Bank está a levar a uma maior procura por ativos com menor risco, como as obrigações.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos recuam 20 pontos base para 2,301% e os juros da dívida pública italiana cedem 14 pontos base para 4,166%.
Os juros da dívida portuguesa aliviam 17,8 pontos base para 3,193%, os juros da dívida francesa caem 18,6 pontos base para 2,820 e a "yield" da dívida espanhola desce 18 pontos base para 3,357%.
Fora da região, os juros da dívida britânica recuam 16,5 pontos base para 3,469%.
O Banco Central Europeu reúne-se esta semana para um novo encontro sobre política monetária, sendo que até ao colapso do banco norte-americano a expectativa era que da reunião saísse uma nova subida das taxas de juro. A situação alterou-se e o mercado acredita agora que os bancos centrais podem abrandar os aumentos, tendo em conta a instabilidade criada.
As bolsas europeias seguem a perder, numa altura em que os investidores tentam antecipar que repercussões terá o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos.
O Stoxx 600, referência para a região, cai 1,86% para 445,34 pontos, com todos os setores no vermelho. O setor da banca é o que mais perde, com uma queda de perto de 4%. Entre as principais movimentações, o Commerzbank AG, o Banco BPM e o Virgin Money UK são os que mais caem.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax cede 2,16%, o espanhol Ibex 35 recua 2,60%, o italiano FTSE Mib cai 3,24%, o francês CAC-40 desvaloriza 2,73% e o britânico FTSE 100 recua 1,73%. O Aex, em Amesterdão, tomba 2,49%.
Apesar de as autoridades norte-americanas terem assegurado que o dinheiro depositado no SVB estará disponível esta segunda-feira, o sentimento nos mercados permanece instável. Os investidores estão também atentos à decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os próximos passos em termos de política monetária, que será anunciada esta quinta-feira, 16 de março.
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 3,858%, menos 0,095 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou hoje, para 3,375%, menos 0,070 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 09 de março.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou hoje, ao ser fixada em 2,957%, menos 0,021 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, numa altura em que os investidores tentam perceber os possíveis efeitos do colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, nos Estados Unidos.
As autoridades norte-americanas anunciaram medidas para garantir a estabilidade do mercado financeiro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também já veio assegurar que "os depósitos vão estar disponíveis e os salários dos trabalhadores destas empresas vão ser garantidos". Ainda assim, não foi o suficiente para resgatar os índices das quedas.
O S&P 500, índice de referência, desce 1,19% para 3.815,56 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite cede 1,26% para 10.997,98 pontos e o industrial Dow Jones cai 0,55% para 31.734,46 pontos.
Após o "crash" destes dois bancos, o mercado reajustou as expectativas quanto aos próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Se antes era dado como certo que da próxima reunião de política monetária sairia uma nova subida das taxas de juro, acredita-se agora que a autoridade monetária poderá agir diferente.
O Goldman Sachs divulgou hoje que prevê que a Fed pause o ciclo de subidas, tendo mantido a perspetiva de uma subida de 25 pontos base em maio, junho e julho.
O ouro está a negociar em forte alta, com os investidores a virarem-se para os ativos de refúgio, numa altura em que o colapso do Silicon Valley Bank está a pautar o sentimento vivido nos mercados.
Ao mesmo tempo, com as notícias da queda do SVB e do Signature Bank, os analistas preveem agora uma pausa no ciclo de subida das taxas de juro, justificada pela incerteza em torno do setor financeiro nos Estados Unidos.
O metal amarelo sobe 2,19% para 1.909,16 dólares por onça.
A divulgação da inflação nos Estados Unidos esta terça-feira poderá também influenciar a próxima decisão da Fed.
O dólar está a desvalorizar pela terceira sessão consecutiva, com os mercados a serem marcados pela queda do SVB (Silicon Valley Bank) - que está a levantar a possibilidade de uma desaceleração no ritmo da subida das taxas de juro.
O dólar perde 0,39% para 0,9324 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – perde 0,93% para 103,605 pontos.
Ao mesmo tempo, outras moedas consideradas ativos mais seguros, como o iene e o franco suíço, vão também valorizando.
Já a libra sobe 0,61% para 1,2154 dólares, após o HSBC ter anunciado a compra do braço britânico do SVB por uma libra. O Banco de Inglaterra também se pronunciou, afirmando que o sistema bancário está seguro e bem capitalizado.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar no vermelho, numa sessão bastante volátil, com o colapso do Silicon Valley Bank a atingir os mercados acionistas e a suscitar receios de uma nova crise financeira.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 1,30% para 75,68 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 1,14% para 81,84 dólares.
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão em forte alívio, num dia marcado por uma enorme incerteza no setor da banca, desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank, o que está a levar a uma maior procura por ativos com menor risco, como as obrigações.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos recuou 25,4 pontos base para 2,247% - a maior queda desde 2011 -, ao passo que os juros da dívida pública italiana na mesma maturidade cederam 13,4 pontos base para 4,172%.
Os juros da dívida portuguesa aliviaram 19,1 pontos base para 3,18%, os da dívida francesa caíram 21,3 pontos base para 2,793% e a "yield" da dívida espanhola desceu 19,1 pontos base para 3,346%.
Fora da região, os juros da dívida britânica aliviaram 27,3 pontos base para 3,36%.
A Europa terminou a sessão a ampliar as perdas de sexta-feira, tendo registado a maior queda desde meados de dezembro. O setor da banca teve o pior dia dos últimos 12 meses, numa altura em que o mercado digere o colapso de três bancos em apenas cinco dias: Silicon Valley Bank, Silvergate e mais recentemente o Signature Bank.
O Stoxx 600 – o índice de referência do bloco – caiu 2,42% para 442,80 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o da banca e dos serviços financeiros comandaram as perdas, tendo o primeiro tombado quase 7%, como não era visto desde 4 de março do ano passado.
O Euro Stoxx 50 terminou o dia a desvalorizar 2,99% para 4.103,14 pontos, tendo o índice de volatilidade – um indicador da volatilidade esperada no mercado de ações, medido através da incorporação dos preços no mercado de opções – escalou 43%, tendo terminado o dia a aliviar para uma subida de 22%.
Entre as principais praças europeias, Milão – com maior exposição ao setor bancário – registou a maior queda (4,03%), seguida de Madrid (3,51%) e Frankfurt (3,04%). Paris perdeu 2,90%, Londres caiu 2,58% e Amesterdão desvalorizou 2,12%. Lisboa, que foi pressionada por uma queda de mais de 6% do BCP, terminou o dia a perder 2,15%.
O Commerzbank afundou quase 12%, o Sabadell desvalorizou 4,07% e o Unicredit perdeu 9,01%. O Credit Suisse centrou atenções, tendo chegado a cair 15% durante a sessão e a alcançar mínimos históricos, tendo entretanto aliviado para uma queda de 9,58% -para 2,26 francos suíços.
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