Europa termina sem rumo. Investidores desconfiados sobre negociações EUA-China
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
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Europa termina sem rumo. Investidores desconfiados sobre negociações EUA-China
Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão da semana divididos entre ganhos e perdas, num momento em que os investidores parecem evitar fazer grandes compras enquanto aguardam o resultado das negociações comerciais entre China e EUA, que arrancaram em Londres.
Os representantes das duas maiores economias do mundo reúnem-se na capital britânica para discutirem uma descida das tarifas recíprocas. Caso haja um acordo, as preocupações que inundam o mercado acionista de pessimismo desde abril podem finalmente chegar ao fim, já que os receios quanto a um abrandamento da economia mundial e um disparo da inflação esmorecem. No entanto, os investidores ainda estão "pé atrás" e não muito convencidos quanto a tréguas em breve.
"As negociações comerciais podem mudar rapidamente. Num minuto achamos que tudo está a correr bem e, no minuto seguinte, algo diferente aparece. Por isso, os investidores estão definitivamente a adotar uma abordagem muito cautelosa", disse Daniel Coatsworth, analista da AJ Bell, à Reuters.
Neste contexto, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, pôs uma pausa nos ganhos e perdeu modestos 0,07% para 553,24 pontos, pressionado pelas perdas do setor das telecomunicações e das ações ligadas às seguradoras.
Nas restantes praças europeias, Madrid e Amesterdão foram as únicas a ficaram à tona da maré vermelha, ao subirem 0,03% e 0,23%, respetivamente. Já Paris perdeu 0,17%, Londres caiu 0,06%, Frankfurt desvalorizou 0,54% e Milão recuou 0,35%.
Entre as principais movimentações de mercado, a britânica WPP caiu 2,7% após o CEO, Mark Read, anunciar que se vai reformar até ao final do ano, após sete anos ao comando da empresa.
As ações ligadas à tecnologia subiram ligeiramente esta segunda-feira, após os EUA terem manifestado vontade em eliminar as restrições a algumas exportações de tecnologia em troca de garantias de que a China está a flexibilizar os limites às exportações de terras raras. A ASML, a STMicroelectronics e a ASM avançaram 1,9%, 2,85% e 0,5%, respetivamente.
Juros aliviam na Zona Euro após "reação excessiva" do mercado ao BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro voltaram a aliviar esta segunda-feira, depois de na sessão anterior terem já corrigido face ao que os analistas consideraram uma reação excessiva à postura mais "hawkish" do Banco Central Europeu (BCE).
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 1,3 pontos base para 3,028%, e, no país vizinho, a "yield" baixou 0,7 pontos para os 3,142%. Em Itália, o alívio foi de 1,3 pontos, para 3,485%.
Já os juros das "Bunds" alemãs, referência para o mercado europeu, recuaram 0,9 pontos base, até aos 2,562%, ao passo que a rendibilidade da dívida francesa caiu 0,5 pontos, para 3,238%.
Fora da Zona Euro, as "Gilts" britânicas registaram um alívio de 1,2 pontos nos juros, para os 4,630%.
Negociações em Londres deixam investidores cautelosos e pressionam dólar
O dólar norte-americano está a desvalorizar esta tarde, enquanto os EUA e a China estão reunidos esta segunda-feira em Londres para tentar chegar a um acordo comercial que acalme os mercados financeiros e os investidores da agitação que tem marcado o sentimento há três meses.
As negociações acontecem num momento crucial para ambos os lados, já que a China luta contra a deflação e a incerteza comercial continua a prejudicar o sentimento entre as empresas e os consumidores norte-americanos, levando os investidores a reavaliarem o estatuto de ativo-seguro do dólar.
O euro sobe 0,2% para 1,142 dólares, ainda a beneficiar do corte de juros do Banco Central Europeu da semana passada. Já face à divisa nipónica, a "nota verde" cai 0,31% para 144,40 ienes, enquanto o índice do dólar, que mede a força da moeda face aos pares, recua 0,25% para 98,94 pontos.
Para além de novos desenvolvimentos do encontro em Londres, os investidores esperam ainda pelos dados da inflação nos EUA, divulgados esta quarta-feira. O relatório pode alterar as expetativas do mercado quanto ao momento da Reserva Federal (Fed) cortar juros este ano. Neste momento, e de acordo com os dados do LSEG e citado pela Reuters, os investidores apostam 62% na possibilidade da Fed cortar juros uma vez e em 25 pontos base na reunião da setembro.
"O dólar está a ter dificuldades para encontrar uma direção certa após os dados da semana passada. Parece que na segunda metade do ano, a Fed vai precisar de adotar uma postura mais moderada e ajudar o ambiente financeiro", disse Juan Perez, da Monex USA, à Reuters.
Acordo comercial à vista? Dólar cede e ouro ganha terreno
O ouro está a subir esta segunda-feira, num momento em que o grande foco dos mercados vai para o encontro entre os EUA e a China, em Londres, para discutirem um possível acordo comercial. A possibilidade de tréguas entre as duas maiores economias do mundo está pressionar o dólar-norte americano, o que torna o ouro mais barato para compradores estrangeiros.
O metal amarelo salta 0,65% para 3.332,02 dólares por onça. O índice do dólar, que mede a força da "nota verde" face às principais concorrentes, desce 0,23% 98,9660 pontos.
Os representantes dos dois países estão reunidos na capital britânica para discutirem as tarifas recíprocas impostas aos produtos de forma mútua, para além de outras restrições comerciais. A 12 de maio, os dois países concordaram em fazer uma pausa temporária, proporcionando algum alívio aos investidores.
"No curto prazo, se da reunião sair um resultado positivo, poderá ser um pouco negativo para o ouro, mas não muito", disse à Reuters Bart Melek, da TD Securities.
Os conflitos geopolíticos continuam também a ser parte do sustento dos preços do metal amarelo. A Rússia afirmou que assumiu o controlo de mais um território na região de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, onde o Kremlin disse que os combates tinham, em parte, o objetivo de criar uma zona neutra. Também esta segunda-feira, o navio Madleen que transportava ajuda humanitária para Gaza e levava a bordo ativistas, como a sueca Greta Thunberg, foi desviado por Israel. As autoridades israelitas declararam que a embarcação devia dirigir-se para a costa israelita e ordenaram que os passageiros voltassem aos seus países de origem. O Madleen seguia em direção a Gaza com o objetivo de acabar com o bloqueio israelita na região.
Crude impulsionado por possível acordo comercial
Os preços do crude estão a estender os ganhos registados na semana passada, com os investidores esperançosos que as negociações entre os EUA e a China por um acordo comercial, que arrancaram esta segunda-feira em Londres, aliviem a agitação e volatilidade sentida no mercado desde que Donald Trump anunciou as tarifas recíprocas.
O barril de Brent para entrega em agosto sobe 0,77%, para os 66,98 dólares. Já os contratos de julho do West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, somam 0,91%, até aos 65,17 dólares por barril, tocando máximos de abril.
Um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo poderia alimentar as perspetivas económicas globais e, por sua vez, aumentar a procura por "commodities", incluindo o "ouro negro". Aliás, a possibilidade de "tréguas" entre os dois países ofuscou as preocupações com o impacto nos preços da matéria-prima causado pelo aumento da produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) em julho.
"A concretização de um acordo poderá melhorar as perspetivas económicas globais e estimular a procura de petróleo, sendo que a recente valorização dos preços assenta em grande medida nestas expectativas" disse Ricardo Evangelista, CEO da Activtrades Europe, numa nota a que o Negócios teve acesso. E acrescenta: "A contribuir para o sentimento positivo está também o enfraquecimento contínuo do dólar norte-americano. As preocupações em torno da situação fiscal dos EUA estão a levar os investidores a antecipar possíveis cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal, o que oferece apoio adicional aos preços do petróleo, uma vez que um dólar mais fraco tende a encarecer as matérias-primas cotadas na moeda americana".
Início de negociações entre EUA e China deixam Wall Street dividida. Tesla tomba 4%
As bolsas norte-americanas arrancaram a primeira sessão da semana em terreno misto, com os investidores atentos ao arranque das negociações entre as duas maiores economias do mundo: os Estados Unidos e a China. O mercado espera que os encontros aliviam as tensões comerciais que têm pressionado os mercados financeiros desde abril. Mesmo assim, os ganhos são ligeiros.
Nos minutos iniciais, os índices oscilavam entre ganhos e perdas. O S&P 500 perde 0,04% para 5.998,04 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 0,15% para 42.700,54 pontos e, em contraciclo, o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,09% para 19.547,80 pontos.
Os investidores estão à procura de catalisadores para avanços mais sustentados, uma vez que o impacto económico total da guerra comercial ainda não se manifestou e as principais questões relacionadas com o comércio continuam por resolver.
“Os fluxos estão a regressar ao risco, mas a convicção continua a ser frágil”, disse Haris Khurshid, da Karobaar Capital, em declarações à Bloomberg.
Entre os principais movimentos empresariais, a Tesla tomba 2% mas chegou a cair 4,5% no início da sessão. A empresa de Elon Musk recebeu revisões em baixa por parte da Argus Research e da Baird, duas casas de investimento que se mostram assim mais preocupadas com o desempenho da cotada após as tensões entre o CEO e o Presidente dos EUA, Donald Trump. As duas passaram a recomendar "manter" as ações da fabricante de veículos elétricos.
Já a Warner Bros está a disparar quase 11%, isto depois de a empresa anunciar que se vai dividir em dois negócios: vai separar a área de televisão por cabo da área de streaming.
Euribor cai a três meses e sobe a seis e a 12 meses
A Euribor voltou hoje a cair a três meses, regressando à tendência verificada antes da última sessão, mas subiu a seis e a 12 meses.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que caiu para 1,955%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,053%) e a 12 meses (2,088%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 2,053%, mais 0,017 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,088%, mais 0,047 pontos do que na sexta-feira.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 30 de maio passado, caiu para 1,955%, menos 0,004 pontos.
O Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se na semana passada em Frankfurt, Alemanha, e desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
* Lusa
Europa com quedas ligeiras e de olhos postos em Londres
As principais praças europeias negoceiam com leves quedas ao início da manhã desta segunda-feira, num dia em que todas as atenções estão viradas para Londres, onde decorre uma ronda negocial entre Washington e Pequim para tentar um compromisso em matéria de política comercial.
O índice pan-europeu Stoxx600 desliza 0,08%, para os 553,22 pontos, com o setor da tecnologia a perder 0,51% e o da banca a cair 0,37%.
O alemão DAX30 é o índice que mais perde, recando 0,36%, enquanto o parisiense CAC-40 desvaloriza 0,05% e o espanhol IBEX-35 cai 0,11%.
Em Milão, o FTSEMib recua 0,27% e o londrino FTSE-100 desliza 0,05%.
Juros na Zona Euro aliviam. "Yield" de Portugal volta a ser inferior a 3%
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro voltam a aliviar esta segunda-feira, depois de na sessão anterior terem já corrigido do que os analistas consideraram uma reação excessiva à postura mais "hawkish" do Banco Central Europeu (BCE).
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos voltou a níveis inferiores aos 3% ao aliviarem 5,1 pontos base, para os 2,989%. No país vizinho a "yield" baixou cinco pontos, para os 3,099%, enquanto em Itália o alívio é de 6,1 pontos, para 3,438%.
Já os juros das "Bunds" alemãs, referência para o mercado europeu, recuam 4,2 pontos base, até aos 2,529%, ao passo que a rendibilidade da dívida francesa cai cinco pontos, para 3,193%.
Fora da Zona Euro, as "Gilts" britânicas registam um alívio de 2,4 pontos nos juros, para os 4,617%.
Dólar cede com olhos postos nas negociações entre Pequim e Washington
A divisa norte-americana está a perder algum terreno perante a perspetiva de que a ronda negocial de hoje entre EUA e China possa desanuviar as tensões entre as duas maiores economias mundiais.
O euro ganha 0,22% e negoceia nos 1,1422 dólares, enquanto a libra esterlina sobe 0,27%, para os 1,3565.
A moeda norte-americana perde igualmente face à contraparte nipónica, com o dólar a ceder 0,48%, para os 144,1600 ienes.
Petróleo cede ligeiramente após semana de fortes ganhos
Os preços do petróleo recuam esta manhã de segunda-feira com os investidores de olhos postos na ronda negocial entre China e EUA que decorre hoje em Londres e que poderá aliviar as tensões comerciais.
O crude registou fortes ganhos na semana passada com as crescentes preocupações do impacto na procura de uma guerra comercial.
O barril de Brent para entrega em agosto cede 0,33%, para os 66,25 dólares. Já os contratos de julho do West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, recuam 0,4%, até aos 64,32 dólares por barril.
Negociações EUA-China dão força às praças mundiais e deixam a Europa no verde
As principais praças asiáticas encerraram a primeira sessão da semana em alta, numa altura em que EUA e China preparam-se para retomar negociações esta segunda-feira em Londres. Os líderes dos dois países conseguiram resolver o impasse em torno das terras raras, com Pequim a permitir a exportações destes materiais para território norte-americano, abrindo portas para um acordo comercial entre as maiores economias do mundo. O otimismo alastrou-se para as praças europeias, que apontam para uma abertura em alta.
“A política comercial vai continuar a trazer grande incerteza macroeconómica”, explica Kyle Rodda, analista de mercados da Capital.com, numa nota acedida pela Bloomberg. No entanto, Rodda acredita que “as negociações podem dar um novo impulso aos mercados para iniciar a semana.”
Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,21% e prepara-se para entrar em "bull market" - ou seja, já conseguiu valorizar quase 20% desde que atingiu os mínimos mais recentes. Já o CSI 300 - "benchmark" para a negociação continental - e o Shanghai Composite ganharam 0,24% e 0,35%, respetivamente, com os ganhos a serem travados por uma leitura da inflação desapontante.
Os preços no consumidor até caíram menos do que o esperado - 0,1%, quando o esperado pelos analistas era 0,2% -, mas a deflação continua a assombrar a economia chinesa, suscitada por uma profunda crise imobiliária, que afetou o investimento e o consumo. Por sua vez, os preços no produtor caíram mais do que o previsto, ao deslizarem 3,3%.
Também as exportações chinesas em maio acabaram por crescer menos do que o previsto, muito devido à grande quebra nas vendas do gigante asiático para os EUA. Trata-se de um recuo de 34,4%, segundo cálculos da Bloomberg, sendo preciso voltar a fevereiro de 2020, quando eclodiu a pandemia da covid-19, para encontrar um tombo mais acentuado.
Já pelo Japão, o Nikkei 225 cresceu 0,99%, enquanto o abrangente Topix ganhou 0,58%. A sessão nipónica esteve a ser animada por uma nova leitura do PIB, que aponta para uma contração económica de apenas 0,2% no primeiro trimestre do ano. A leitura preliminar sinalizava um recuo de 0,7%.
Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi saltou 1,51% para máximos de 11 meses e o indiano Nifty 50 ganhava 0,46%, num dia em que os mercados australianos estiveram encerrados devido a feriado.
Ouro avança ligeiramente com ronda negocial entre EUA e China
O preço do ouro sobe ligeiramente na manhã desta segunda-feira, depois de ter perdido quase 2% nas duas últimas sessões, com os investidores esperançosos de que a nova ronda negocial entre Pequim e Washington, que se realiza hoje em Londres, possa aliviar as tensões comerciais entre as duas maiores potências económicas mundiais.
A onça de ouro avança 0,34%, para os 3.321,59 dólares.
A prata, por seu turno, continua a tendência positiva dos últimos dias e renova máximos de 13 anos com uma valorização de 0,70%, até aos 36,23 dólares por onça.
Mas o destaque nesta manhã vai para a platina, que escala 3,93%, até aos 1.214,67 dólares por onça, enquanto o paládio ganha 0,68%, negociando nos 1.058,27 dólares por onça.
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