Muito se tem dito e escrito sobre a saída do Sporting de Ruben Amorim e as consequências da sua decisão. Inicialmente houve uma reação negativa por parte dos associados, mas a verdade é que os resultados obtidos e a dimensão da progressão na carreira acabaram por convencer os mais céticos. Até o presidente Varandas veio garantir que o trabalho da direção (leia-se o dele próprio) garantia agora que a "estrutura" estava preparada para todos os embates e que a solução de substituição estava feita e a continuidade assegurada. Numa intervenção em que a confiança e a arrogância andaram de mãos dadas, apresentou João Pereira, o clone de Amorim. Varandas tem de si próprio uma excelente imagem. Um líder moderno, profissional, inflexível na defesa dos valores do clube e inimigo feroz dos poderes instalados. O problema está em que ser líder significa hoje ter a capacidade de influenciar, inspirar e até guiar pessoas para alcançar objetivos comuns promovendo o desenvolvimento de cada indivíduo e do grupo. Liderança não se confunde com autoridade. Envolve um conjunto de competências interpessoais, capacidade de estabelecer laços de confiança, de colaboração ativa, motivar e ter visão estratégica.