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António Moita - Jurista
27 de Maio de 2024 às 10:30

Os remediados que paguem a crise

Não parece que o Estado esteja disposto a emagrecer nem que a dívida pública seja para reduzir de forma expressiva.

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No passado o slogan era "os ricos que paguem a crise". Não sei quantos "ricos" haverá hoje em Portugal. Desde logo porque marcar a fronteira da riqueza é difícil. Avaliam-se as propriedades e os valores mobiliários? Investigam-se os rendimentos do trabalho e o saldo bancário? Apuram-se as despesas para perceber quanto sobra no final de cada mês? Aparentemente o que estabelece a diferença pode ser medido através dos nove escalões de rendimento coletável. Consideremos aquele onde a taxa média começa a subir com maior intensidade e onde normalmente reside a discussão se sobre ele deverão incidir medidas de desagravamento. Trata-se do 6.ª escalão que, na tabela para 2024, abrange rendimentos anuais a partir 27.146 €. Numa conta rápida e partindo do princípio que corresponde a 14 salários estaremos a falar de um vencimento bruto mensal de 1.900 euros sobre o qual incidirá uma taxa média de 26,86%, o que nos atira para um valor líquido de 1.400 euros. E ainda falta deduzir outros encargos como a Segurança Social. Julgo que para continuar não vale a pena dar mais exemplos.

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