Os nossos dias começam e acabam com conflitos internacionais e com pequenos episódios de violência que se verificam por cá. As regiões do mundo abrangidas são as mais variadas, mas não há conflito de que não tenhamos conhecimento imediato. Quando duram mais de dois ou três dias passam imediatamente a um estatuto diferente com direito a comentário feito por especialistas. Nesse aspeto não deve existir país mais bem preparado do que o nosso. Os critérios editoriais são múltiplos e normalmente pouco coerentes. O que é verdade para a Rússia não é para Israel, o que se aceita em Gaza não se aplica na Ucrânia, o que se diz de Trump não tem paralelo com nenhum outro candidato presidencial em qualquer parte do mundo, o que acontece num país africano não é visto como se se tratasse de um Estado igual aos outros todos. Aparentemente, há um pensamento único relativamente aos alinhamentos internacionais e o contraditório, quando existe, é desconsiderado.