O pior legado de António Costa
A degradação institucional e a morte da exigência são o pior legado que António Costa vai deixar. Esta degradação não só ajuda a ascensão do populismo que o primeiro-ministro tanto condena, como fragiliza as instituições perante a sombra futura desse mesmo populismo.
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A retórica anticorrupção é, sem surpresa, um dos pilares da estratégia dos partidos populistas radicais. A insatisfação face às desventuras da classe política, feitas em proveito próprio, são o combustível para a fabricação do conflito entre “o povo” e “as elites” – um conflito que é, por sua vez, parte crucial da natureza do populismo. A exploração dos inevitavelmente mediáticos casos de corrupção e respetivos primos direitos – o favorecimento, a apropriação da máquina pública e falta de transparência – fazem, por isso, parte do manual do populista.
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