Apesar da evolução favorável da actividade económica global, a inflação mantém-se teimosamente abaixo das expectativas e das metas dos bancos centrais.
Na última semana, os mercados financeiros foram surpreendidos por uma barragem de intervenções de responsáveis de Bancos Centrais, defendendo uma normalização gradual da política monetária nas respectivas economias.
No meio do recente fluxo de notícias tão positivas sobre Portugal (défice a cair, economia a crescer, "boom" no turismo, Benfica campeão, confiança em máximos de 20 anos, etc.) tende-se a perder, um pouco, o escrutínio mais apertado das coisas.
O "survey" mais recente da Comissão Europeia, relativo a Abril, revelou que o indicador de confiança dos consumidores portugueses se encontra em máximos desde Julho de 2000.
Quando se discutem os fundamentos do crescimento económico, há um factor que nunca pode ser ignorado: a qualidade das instituições. Em qualquer economia, as instituições conferem uma estrutura às interacções entre os agentes.
A ideia dos "esquecidos da globalização" (muito apelativa, mas também muito discutível) tem permitido o avanço de intenções intervencionistas e proteccionistas em algumas economias.
O desprezo pelos factos e pela análise é acompanhado por uma desvalorização da liberdade de expressão e dos valores da democracia, à esquerda e à direita.
Com o último mês marcado pela propensão ao risco e baixa volatilidade nos mercados financeiros, é fácil cair num risco de complacência no que respeita ao actual momento da economia mundial.
Com a medalha de bronze obtida por Telma Monteiro, Portugal chegou ao total de 24 medalhas no seu historial de participação nos Jogos Olímpicos.
O período da Grande Depressão dos anos 1930 foi, como é sabido, caracterizado por fortes quedas da actividade económica nas principais economias.
Como as recentes previsões do FMI vieram lembrar, as principais economias "avançadas" continuam a exibir taxas de crescimento muito contidas. Em 2016, a economia dos EUA não deverá crescer mais do que 2%.