Egipto: a esfinge volta a sorrir
A conferência internacional que decorreu no Cairo deu um novo fôlego ao regime do general al-Sisi, visto como um travão face aos apetites do Estado Islâmico.
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O Egipto é um grande país com pés de barro. O seu número de habitantes e o seu poder militar tornam-no um pilar do Médio Oriente. Mas a sua dependência económica e energética limitam as suas decisões. Além disso o Egipto tem um peso religioso único. Se a Arábia Saudita controla as cidades santas do Islão, Meca e Medina, o Egipto alberga a sede da teologia sunita, a universidade de Al-Azhar. O golpe de Estado do general al-Sisi, que afastou a Irmandade Muçulmana do poder, não mereceu o aplauso unânime no mundo árabe (as feridas com o Qatar ainda não estão completamente saradas) e do ocidental. Mas a ameaça do Estado Islâmico parecem estar a permitir que o Cairo saia do seu razoável isolamento.
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