Aprender a ficar calado
A vontade de nos fazermos de interessantes debitando intermináveis lérias conduz exatamente ao oposto: uma dificuldade crescente de ouvir porque, na realidade, estamos só a contar os segundos para voltar a intervir (repare bem na cara dos comentadores que aguardam a sua vez…).
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Juram-nos que desta vez são quase tantos os portugueses a ouvir os debates dos partidos como há um ano, mas eu não acredito — na melhor das hipóteses deixam a televisão ligada e vão dar uma volta. Mas, se a minha incredulidade em relação a essas audiências é grande, cresce exponencialmente quando alguém me garante que há quem aguente os comentadores que se lhes seguem, a darem notas como se estivessem na final de uma prova de patinagem artística.
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