O Natal em outubro
Edinger confirma que o que para aí mais há são líderes que não gostam da realidade, e preferem criar uma outra à sua medida. E deixa um recado: “Os líderes devem recordar-se que o facto de não aceitarem a realidade, não só não a vai alterar, como só pode contribuir para a agravar.”
- Partilhar artigo
- ...
Todos os anos, por esta altura, António Costa decide antecipar o Natal. Distribui benesses sem pestanejar como se o saco dos presentes não tivesse fundo. Aumenta salários - da função pública, bem entendido -, finge que alivia a carga fiscal, e, a pedido dos duendes e das renas do costume, mexe com as regras da poupança e com as leis de trabalho, como se não percebesse que, na prática, contradizem o discurso pungente de carinho pelas gerações futuras e do retorno dos expatriados pelos malvados da troika. A não ser que o conceito de "novas gerações" se restrinja aos que ainda estão muito longe de ser concebidos na esperança de virem a ter a felicidade de nascer numa das esplêndidas maternidades prometidas pelo líder supremo, cujas portas abrirão quando já estivermos todos prestes a embarcar na "grande viagem".
Mais lidas