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Reflexões em tempo de férias: clima, economia e juventude

Que orgulho termos sido anfitriões e palco deste evento mundial que vai muito além da religião e que mostra a força da juventude, o papel positivo e agregador que a religião pode ter e os valores comuns que nos unem. Nessa semana fomos palco da história. Da boa história.

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Clima. Enquanto muitos de nós temos o privilégio de estar de férias na praia, a Europa está esta semana a sofrer uma nova onda de calor extremo, depois dos meses de junho e julho que foram os mais quentes a nível planetário desde 1850, quando se começaram a fazer registos fidedignos. Em consequência, sucedem-se eventos climáticos extremos, como fogos gigantescos e incontroláveis no Canadá, no Havai e no Mediterrâneo. Mais preocupante ainda, a temperatura média dos oceanos tem batido recordes históricos desde março de 2023, dando fortes sinais do acelerar do aquecimento global. Ontem, pela primeira vez em 84 anos, uma tempestade tropical atingiu o sul da Califórnia, fruto deste aquecimento oceânico. E, no entanto, a economia mundial continua dependente do consumo de carvão e petróleo, cujos preços se mantêm elevados, gerando lucros recordes para as empresas petrolíferas e incentivando novos investimentos em extração. Perante o acumular de evidências científicas sobre o aquecimento global causado por gases com efeito de estufa, quando haverá vontade política para implementar um imposto global sobre as emissões de carbono, a única medida eficaz para conseguir uma redução significativa destas emissões? Este imposto seria iniciado pelas economias mais desenvolvidas, por exemplo, por acordo no seio da OCDE, e aplicado globalmente. A receita desse imposto reverteria para um fundo de compensação ambiental, na égide de um organismo internacional como a ONU, e utilizado para minorar os efeitos do aquecimento global na vida das populações e comunidades, bem como para realizar investimentos estratégicos em investigação de tecnologias com potencial de redução ou captura de carbono, mas longe ainda de aplicação comercial. Esta política libertaria investimento privado para encontrar as melhores soluções para produção e transição energética com menor pegada carbónica, ao mesmo tempo que criaria um fundo de apoio que não estaria dependente de agendas políticas de curto prazo. O aquecimento planetário é um problema global que precisa de políticas e governação globais. Sem isso os líderes políticos mundiais continuarão todos a brincar ao “faz de conta que nos importamos com o aquecimento global”.

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