A China poderia recuperar tão bem da crise da covid-19 como recuperou da crise de 2008, mas de uma forma muito mais sustentável. Para isso, deve resistir à tentação de usar as suas ferramentas tradicionais de estímulo e concretizar a sua própria visão da sua economia futura.
As economias mais ricas devem não só reduzir as suas próprias emissões industriais, como também assumir a responsabilidade pelas emissões que o seu consumo está a gerar noutras partes do mundo.
Mesmo não assumindo nenhum grande avanço tecnológico, poderíamos construir certamente até 2050 uma economia global em que a eletricidade representasse 65 a 70% da procura de energia, e o hidrogénio, o amoníaco ou o combustível sintético respondessem por mais 12 a 15%.
Se a COP26 for bem-sucedida na resposta a estas grandes oportunidades e desafios, a década de 2020 poderá ser a década em que começaremos a vencer a batalha contra as alterações climáticas.
Estamos a ficar sem tempo para reduzirmos as emissões de gases com efeito de estufa e para contermos o aquecimento global pelo menos num nível controlável.
Não há respostas fáceis para o desafio demográfico que ameaça agora o desenvolvimento económico africano. Mas devemos pelo menos reconhecer que é aí que está a verdadeira ameaça demográfica.
Descarbonizar toda a produção do aço usado na indústria automóvel aumentaria em menos de 1% o preço de um típico automóvel.
E assim que os investidores saibam que a meta não negociável é zero carbono em 2050, sairão de qualquer empresa cujos planos sejam incompatíveis com esse objetivo.
A crise financeira ocorreu em 2008 porque a deficiente regulação permitiu que se assumissem grandes riscos dentro do próprio sistema financeiro.
A nível global, quanto menor a população global, menos severa será a concorrência pelo uso da terra que resulta da crescente procura por alimentos, a necessidade de alguma bioenergia numa economia descarbonizada e a conveniência de preservar a biodiversidade e a beleza natural.
Se se preocupa com o clima, o seu próximo carro deve ser elétrico, de preferência mais pequeno do que aquele que tem em mente.