O último combate de Trump para uma América de apartheid
À medida que a sua derrota eleitoral se vai revelando cada vez mais provável, Trump tem vindo a intensificar a sua retórica incendiária. Gerar o caos semeando dúvidas infundadas sobre a contagem dos votos é a sua principal estratégia para tentar conservar o poder. As palavras mais esperançosas que ouvimos de Trump durante toda a campanha foram a sua recente evocação de poder "deixar o país" no caso de perder as eleições.
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A ferocidade das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos não é sobre Donald Trump, propriamente dito, mas sobre o que ele representa: as estruturas de poder racistas que persistem na América há séculos, se bem que por vezes tenham mudado de forma. A ancestral história, nos EUA, do racismo apoiado pelo Estado, não sobreviverá à próxima geração, sendo por isso que Trump se mostra tão ativamente reacionário na sua tentativa de perpetuação da situação. No entanto, se conseguir um segundo mandato, a sua vertente de nacionalismo branco poderá ainda causar muitos estragos aos EUA e ao mundo; daí que estas eleições sejam, sem dúvida, as mais importantes da história moderna do país.
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