Donald Trump ganhou.E agora, América?
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No "Guardian", Jonathan Freedland, escreve: "Pensávamos que os EUA dariam um passo atrás à beira do precipício. (…) Hoje os EUA ficam não apenas como uma fonte de inspiração para o resto do mundo mas como uma fonte de medo. Em vez de elegerem a sua primeira mulher como presidente, deram o poder indeterminado do mais alto posto a um homem que revela a sua própria ignorância, racismo e misoginia. Os republicanos não apenas ganharam a presidência. Ganharam também a Casa dos Representantes e muito do Senado". Receio na Europa? Muito. E nos EUA? Peter Baker, no "New York Times", escreve: "Pela primeira vez desde antes da II Guerra Mundial, os americanos escolheram um presidente que prometeu reverter o internacionalismo praticado pelos seus antecessores de ambos os partidos e construir paredes físicas e metafóricas. A vitória de Trump trará uma América mais focada nos seus assuntos deixando o mundo a tomar contar de si próprio. (…) O sucesso de Trump poderá alimentar os movimentos populistas, nacionalistas e de fecho de fronteiras já tão evidentes na Europa e que se espalharão a outras partes do mundo". Mais: "Para a Europa e para a Ásia poderá reescrever as regras das alianças modernas, acordos comerciais e ajuda externa".
No "Washington Post", David Ignatius olha para a política externa: "Na Europa a vitória de Trump reforçará quase de certeza a tendência para políticos expressarem pontos de vista de extrema-direita e nacionalistas similares. O avatar deste neo-nacionalismo foi a vitória surpreendente dos apoiantes do Brexit no referendo de Junho na Grã-Bretanha, e há movimentos comparáveis na França, Alemanha, Itália e Espanha. Trump ainda terá de decidir se vai apoiar esses movimentos que podem desestabilizar a Europa". Que acontecerá?
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