Há 20 anos a Portugal Telecom estreou-se na bolsa. Há 17 anos uma das empresas portuguesas que mais investiu lá fora entrou no Brasil. Há 14 anos uma das companhias portuguesas mais inovadoras fez uma aliança com a Telefónica para criar aquela que ajudou a transformar na maior operadora de telecomunicações da América Latina. Há oito anos aquela que já foi a maior cotada portuguesa rejeitou uma OPA de mais de 11 mil milhões de euros da Sonae. Há quatro anos a empresa que muitas vezes foi capturada por interesses pouco claros e accionistas gananciosos, vendeu a posição na Vivo por uma bela maquia, que decidiu derreter em dividendos e numa posição na Oi, com quem viria a acordar uma fusão. Há um ano a empresa cujos gestores recebiam muitos prémios mas afinal eram dominados por um accionista que tinha pouco mais de 10% do seu capital decidiu aplicar 900 milhões de euros em dívida de uma empresa cujas dificuldades já eram sabidas.