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O descontrolo das águas

O pregão "água vai" ou "lá vai água" era a regra. A lama inundava as ruas maiores. "Cheira bem, cheira a Lisboa" era um sonho de poetas. Portugal acordou tarde para o controlo das águas.

22 de Agosto de 2014 às 14:01
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A relação dos portugueses com a água e com o saneamento básico foi sempre muito tensa. Por exemplo, em 1776, quando se tentou acabar com o triste hábito dos residentes do Rio de Janeiro de atirarem para a rua a urina acumulada da noite anterior, o vice-rei português, António de Almeida Soares Portugal, decretou: "Todo o sujeito que for arremessar águas servidas pela janela, deverá bradar antes 'água vai'". Para avisar os transeuntes. Nessa época, o Rio de Janeiro era uma cidade demasiado suja, tal como Lisboa. Não havia banhos públicos nem higiene. Em Portugal, essa lei já existia, mas as pessoas continuavam a atirar as águas sujas para a rua. Atiravam primeiro e avisavam depois ou, quanto muito, faziam tudo ao mesmo tempo.

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