O mestre do fantástico
A sua Banda Desenhada torna-se agora uma memória rica. Que não envelheceu com o tempo. Como disse uma vez, a vida para ele "é algo calma e preciosa". Foi. E o mundo que nos lega é uma viagem sem fim ao mundo dos sonhos reais.
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Como ele próprio referiu à revista da Fundação Cartier, "Trabalhar em dois modos diferentes ao mesmo tempo é o resultado de uma escolha e isso dá trabalho, É verdade e, no meu caso, é bastante radical: por um lado, arte comercial que funciona num sistema regulado; por outro, uma abertura unilateral e a busca da não-ortodoxia com diferentes estilos de desenho". O seu trabalho nunca ficou preso aos álbuns de Banda Desenhada, antes espalhou-se pelo cinema ("Alien", "Tron", "O Quinto Elemento", entre outros), em que mostrou todo o seu fascínio pela ficção-científica, um género que contaminou pouco a França, excepto na área da BD (basta recordar "Valérian" ou o trabalho de revistas como "Metal Hurlant"). A ligação de Moebius a Ridley Scott na concepção gráfica de "Alien" mostra esta paixão pelo fantástico. Algo que é a ideologia dos livros que assina como Moebius e que ganharam um poder supremo nas colaborações com Alejandro Jodorowsky, o realizador chinelo, mas também artista e mestre de temas esotéricos, especialmente da arte do Tarot. Nos últimos anos, Moebius mostrou também o seu fascínio pela "manga" japonesa.
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