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Bruxelas quer taxar grandes empresas para reforçar orçamento. Deixa cair imposto sobre tecnológicas

A taxa anual visará negócios que operem na Europa e que faturem 50 milhões de euros líquidos ou acima disso. Já o imposto sobre as tecnológicas terá ficado pelo caminho, numa cedência a Trump.

Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Olivier Hoslet /Lusa-EPA
11 de Julho de 2025 às 20:27

A Comissão Europeia vai propor a criação de um imposto anual sobre as empresas que operem na Europa com receitas líquidas de 50 milhões de euros. O objetivo é criar novas formas de financiamento independente para o orçamento comunitário do bloco de mais de um bilião de euros.

É o que avança o Financial Times, que teve acesso ao documento escrito pela Comissão Europeia, que o deverá apresentar já na próxima semana, mas precisa do apoio unânime dos Estados-membros para que entre em vigor. 

O imposto chegaria a todas as empresas com operação no bloco, independentemente de onde estão sediadas, e seria progressivo. Quer isto dizer que, quanto mais alta é a faturação do negócio, mais irá pagar. 

O imposto anual será aplicado a empresas com vendas acima de 50 milhões, depois de ter em conta os subsídios e impostos, o que a UE define como receitas líquidas, ou “net turnover”.

Segundo o jornal, esta não é a única proposta. Bruxelas quer ainda criar uma taxa para a compra de tabaco, para os produtos eletrónicos não reciclados, assim como uma taxa de serviço para encomendas eletrónicas de longa distância - que afetaria, sobretudo, a China.

Já o jornal Politico avança que Bruxelas deixou cair os planos de cobrar um imposto sobre as grandes tecnológicas, dando o "braço a torcer" perante Donald Trump, Presidente dos EUA, e gigantes do setor, como a Apple e a Meta Platforms, dona do Facebook.

A Comissão Europeia sugere regularmente novos impostos para a Europa ao propor o orçamento de sete anos da União Europeia, mas as medidas muitas vezes não conseguem obter o apoio dos 27. Desta vez o cenário pode mudar, já que o bloco se comprometeu em aumentar os gastos com a defesa. 

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