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"Fiz afirmações" com "plena consciência do que estava a afirmar"

O ministro da Economia, Vieira da Silva, prestou esta manhã esclarecimentos no parlamento sobre as suas afirmações sobre as notícias que foram tornadas públicas e que relatavam escutas que envolviam o primeiro-ministro. Vieira da Silva salientou que se soubesse "quem é responsável" pela divulgação das escutas teria informado a quem de direito.

02 de Dezembro de 2009 às 12:37

“As afirmações que fiz, fi-las com plena consciência do que estava a afirmar. Não foi uma gaffe, não foi um deslize”, sublinhou o ministro, acrescentou que proferiu as afirmações “sabendo, sem nenhuma sombra de dúvida, das responsabilidades que tenho” enquanto ministro e responsável político.

Recorde-se que Vieira da Silva disse, em entrevista à Antena1, que as notícias e os desenvolvimentos relacionados com as escutas a Armando Vara, onde se ouviu também josé Sócrates, eram baseadas em "espionagem política".

Vieira da Silva salientou hoje que as suas declarações foram feitas “enquanto cidadão”, acrescentando que “a minha liberdade de expressão não pode ser cortada porque ocupo este ou aquele cargo”.

“Fi-las também num contexto bem preciso”, referindo que “truncar as afirmações e retirá-las do contexto em que elas foram feitas” não ajuda ninguém.

“Aquilo que afirmei e que aqui reafirmo foi a minha preocupação extrema sobre uma sequência de acontecimentos, que é bom que não isolemos”. O que “eu disse foi que existiam um conjunto de escutas, no âmbito de um processo, expressando algumas dúvidas sobre a correcção procedimental desse processo de escutas, mas além desse aspecto nunca deixei de acrescentar dois outros”, adiantou

O primeiro visa a “utilização dessas escutas para publicitação de notícias”, numa “das mais lamentáveis fugas ao segredo de justiça”, e do “aproveitamento político que é feito dessas notícias”.

“A minha intervenção é sobre uma sequência de factos: escutas, a notícia e a publicação do conteúdo dessas escutas, e depois um aproveitamento dessas notícias. Foi esse o sentido pleno da minha intervenção”, sublinhou.

“Não fiz insinuações nenhumas, relatei uma sequência de acontecimentos” e “se eu mais soubesse sobre quem é responsável pelo elemento fulcral”, que é a colocação em órgãos de comunicação social de referências explicitas de conteúdos a escutas, “naturalmente informava a quem de direito sobre essa questão”.

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