João Leão mantém lema de Centeno: Mais emprego e economia com "contas certas"
Na primeira declaração pública enquanto ministro indigitado das Finanças, João Leão elogiou o trabalho desenvolvido pelo Ministério até aqui liderado por Mário Centeno e prometeu prosseguir o caminho trilhado pelo ministro demissionário.
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"Em boa hora construímos estas bases financeiras sólidas para que o país possa enfrentar com melhores condições esta crise criada pela pandemia", declarou o até aqui secretário de Estado do Orçamento elogiando a consolidação das contas públicas ao longo dos últimos cinco anos.
Já a olhar para o futuro e a necessária resposta ao choque económico provocado pela crise da covid-19, João Leão disse que "temos de responder com políticas capazes de enfrentar o desafio que temos pela frente".
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"Importa pois, numa primeira fase, concentrar os nossos esforços em termos de políticas de estabilização da economia no apoio ao emprego e às empresas e na ajuda às famílias e manutenção dos seu rendimentos", prosseguiu o futuro ministro das Finanças, que tomará posse enquanto tal a 15 de junho.
Para a segunda fase da recuperação, o governante defende como "fundamental" que seja novamente recuperada "a economia" e alcançado outra vez o "equilíbrio certo e virtuoso entre o crescimento da economia e do emprego e as contas certas".
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"Apenas assim conseguiremos manter e assegurar a estabilidade económica e social para os portugueses e este é um compromisso que assumo", acrescentou.
Nesta inaugural e curta intervenção enquanto futuro ministro das Finanças, João Leão assumiu ser uma "honra poder continuar a servir o país, agora com funções mais acrescidas, ainda para mais numa fase tão exigente do país".
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Leão fez também questão de agradecer o convite feito por Mário Centeno para ser seu secretário de Estado nos últimos cinco anos, discorrendo depois sobre o trabalho desenvolvido:
"Juntos preparámos e executámos cinco orçamento de Estado, anos de trabalho muito intenso fundamentais para atingir o primeiro excedente orçamental da democracia num contexto de convergência com a União Europeia, criação de emprego e de recuperação de rendimentos e de redução das desigualdades".
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Desde a fracassada candidatura à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI) no passado verão, a relação entre Mário Centeno e o primeiro-ministro, António Costa, deteriorou-se fazendo com que a permanência do ministro das Finanças ficasse apenas assegurada a prazo, designadamente até 13 de julho, momento em que chega ao fim o mandato como líder do Eurogrupo.
Centeno comunicará na próxima quinta-feira, 11 de junho, aos seus pares europeus que não será recandidato a presidente da instituição informal que junta os ministros das Finanças da Zona Euro.
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Em meados de março eclodiu uma nova crise entre Costa e Centeno a propósito de uma "falha de comunicação" relativa à luz verde dada pelas Finanças a uma nova injeção de liquidez no Novo Banco. Esta pequena crise foi ultrapassada com a garantia de que Centeno ficaria a prazo no Executivo para preparar o orçamento retificativo (que é hoje entregue no Parlamento) e terminar o mandato no Eurogrupo.
(Notícia atualizada)
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