Banca europeia reduz malparado para 3% do crédito total. Portugal baixa para 10,5%
Os bancos europeus continuam os esforços para reduzir o volume de crédito malparado. Segundo os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE), relativos ao final de junho deste ano, as instituições bancárias da União Europeia (UE) conseguiram reduzir o rácio de créditos não produtivos (NPL, na sigla em inglês) para 3% da carteira total de crédito. Portugal também está a reduzir o volume de malparado, mas mantém-se entre os países com um dos rácios mais elevados, de 10,5%.
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Os bancos da UE totalizavam, no seu conjunto, 698 mil milhões de euros de crédito malparado no final de junho, o equivalente a 3% do crédito total e uma redução de mais de 26 mil milhões de euros em relação ao final de março, altura em que o rácio era de 3,1%.
Na lista dos 28 Estados-membros, há dez que apresentaram um rácio de NPL inferior a 3%. A Suécia tem o mais baixo, de 1,1%, ainda que este valor represente um aumento de 0,1 pontos percentuais em relação a março. Em sentido contrário, a Grécia tem o rácio mais elevado, de 39,6%, o equivalente a 82,3 mil milhões de euros de malparado. Os bancos gregos têm vindo, ainda assim, a reduzir o volume de malparado ininterruptamente nos últimos anos.
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Em Portugal, a tendência também é de queda, numa altura em que os bancos nacionais estão a avançar com operações de venda de grandes carteiras de malparado. O volume destes créditos não produtivos caiu para 19,2 mil milhões de euros em junho, o equivalente a 10,5% do total.
Estes dados, ressalva o BCE, referem-se apenas aos bancos e grupos bancários domésticos a operar em cada país, pelo que excluem subsidiárias estrangeiras. Ao mesmo tempo, estes indicadores "devem ser interpretados com cautela, uma vez que as definições de ativos imparizados e provisões para perdas diferem entre países".
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