Frasquilho desconhecia "organigrama" e problemas no GES
Miguel Frasquilho não conhecia a organização das várias empresas do Grupo Espírito Santo nem tão pouco tinha noção dos problemas que aí se verificavam, garantiu o próprio.
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"Sabia que havia muitas entidades não só do BES mas também do GES, mas nunca tive contacto. Não tinha noção desse organigrama do grupo", disse o ex-deputado social-democrata que, entre 1996 e 2014, trabalhou no banco – desde 97 como director-coordenador do departamento de "research" do BES.
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Aos deputados, o agora presidente da AICEP recusou ter tido acesso a informação especial sobre o que se passava no grupo que era o principal accionista da instituição em que trabalhava. "O que fui sabendo foi o que foi sendo publicado", declarou, acrescentando que as primeiras, a aparecer no final de 2013, eram relativas ao grupo e não ao banco.
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Na sua audição, a mais curta das mais de 40 que já se realizaram com menos de 1h30, Miguel Frasquilho negou ter conhecimento dos vários temas em torno do banco. "Não" foi a resposta que deu à pergunta se sabia o que era a Eurofin, utilizada num esquema que causou prejuízos ao BES em 2014, ou que havia papel comercial do GES a ser vendido no BES.
Recusando alguma vez ter sido condicionado nas suas funções por Ricardo Salgado - relatou apenas que lhe ligou a mostrar desagrado por um artigo de opinião escrito no Wall Street Journal, o social-democrata assegurou que havia um "ring-fencing" entre as suas funções de deputado e de director no BES. E nunca fez a ponte entre o Governo e o BES, assegurou.
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Na audição, Miguel Frasquilho, que dispensou uma intervenção inicial, indicou ter entrado no banco em 1996 a convite de Manuel Pinho. Começou por reportar ao antigo ministro da Economia tendo depois passado a responder perante Ricardo Salgado durante um ano. Nos últimos oito anos, encontrava-se sob o pelouro de Amílcar Morais Pires.
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