Frasquilho desconhecia "organigrama" e problemas no GES

Miguel Frasquilho era um dos directores de topo do Banco Espírito Santo mas não sabia dos problemas do principal accionista da instituição até elas saírem nos jornais.
miguel frasquilho
Bruno Simão/Negócios
Diogo Cavaleiro 12 de Março de 2015 às 20:01

Miguel Frasquilho não conhecia a organização das várias empresas do Grupo Espírito Santo nem tão pouco tinha noção dos problemas que aí se verificavam, garantiu o próprio. 

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"Sabia que havia muitas entidades não só do BES mas também do GES, mas nunca tive contacto. Não tinha noção desse organigrama do grupo", disse o ex-deputado social-democrata que, entre 1996 e 2014, trabalhou no banco – desde 97 como director-coordenador do departamento de "research" do BES.

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Aos deputados, o agora presidente da AICEP recusou ter tido acesso a informação especial sobre o que se passava no grupo que era o principal accionista da instituição em que trabalhava. "O que fui sabendo foi o que foi sendo publicado", declarou, acrescentando que as primeiras, a aparecer no final de 2013, eram relativas ao grupo e não ao banco.

 

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Na sua audição, a mais curta das mais de 40 que já se realizaram com menos de 1h30, Miguel Frasquilho negou ter conhecimento dos vários temas em torno do banco. "Não" foi a resposta que deu à pergunta se sabia o que era a Eurofin, utilizada num esquema que causou prejuízos ao BES em 2014, ou que havia papel comercial do GES a ser vendido no BES.

 

Recusando alguma vez ter sido condicionado nas suas funções por Ricardo Salgado - relatou apenas que lhe ligou a mostrar desagrado por um artigo de opinião escrito no Wall Street Journal, o social-democrata assegurou que havia um "ring-fencing" entre as suas funções de deputado e de director no BES. E nunca fez a ponte entre o Governo e o BES, assegurou.

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Na audição, Miguel Frasquilho, que dispensou uma intervenção inicial, indicou ter entrado no banco em 1996 a convite de Manuel Pinho. Começou por reportar ao antigo ministro da Economia tendo depois passado a responder perante Ricardo Salgado durante um ano. Nos últimos oito anos, encontrava-se sob o pelouro de Amílcar Morais Pires.

 

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