Greenvolt vai investir entre 1.500 e 1.800 milhões até 2025
A Greenvolt prevê continuar a reforçar o investimento na sua estratégia de crescimento nos próximos anos, tendo previsto um investimento de 300 milhões de euros este ano.
A Greenvolt, a empresa de energias renováveis da Altri que está a preparar a sua entrada em bolsa este ano, prevê investir até 1,8 mil milhões de euros para financiar o seu plano de desenvolvimento até 2025. Num evento destinado ao mercado de capitais, o seu CEO João Manso Neto reiterou que a empresa continua a analisar oportunidades de consolidação na Europa, depois de ontem ter fechado uma nova aquisição em Inglaterra.
A estratégia de crescimento da Greenvolt, que prevê um aumento médio anual dos lucros e do EBITDA de 40% até 2025, vai implicar o investimento de 1,5 a 1,8 mil milhões de euros neste espaço de cinco anos. Para 2021 o investimento previsto é de 300 milhões de euros, segundo os números avançados pela empresa no seu Market Day, que esteve a decorrer esta manhã.
O plano de crescimento é assente no desenvolvimento dos seus projetos de energia, especialmente no segmento da energia eólica e solar, e através de aquisições. Além do acordo com a V-R Europa, que passa pela aquisição de um pipeline de 2.800 MW de capacidade de energia renovável na Europa, como contrapartida da sua entrada como acionista no IPO da empresa, a Greenvolt anunciou, no mês passado, um acordo para comprar 70% da Profit Energy e ontem comunicou ao mercado que vai comprar a central de biomassa britânica TGHP por 287 milhões de euros.
Além destas aquisições, a Greenvolt, que é líder em Portugal no setor da biomassa (quota de mercado de 40% através de cinco centrais), já informou que está a analisar outras oportunidades de compra, colocando a consolidação no centro da sua estratégia de crescimento, para continuar a expandir a sua área de negócio.
"Temos bons ativos, sabemos para onde o mercado vai, temos pessoas com capacidade para executar e compromissos ESG", realçou João Manso Neto, acrescentando que os investimentos serão canalizados para áreas onde faz sentido investir, nomeadamente na área das energias solar e eólica.
João Manso Neto notou ainda que os próximos cinco anos serão de crescimento para a Greenvolt, mas mantendo sempre a robustez financeira, focada num balanço sólido. A companhia estima chegar a 2025 com um nível de alavancagem de 3,5 a 3 vezes o valor do EBITDA.
Para conseguir manter um balanço sólido, a companhia pretende desenvolver ativos que geram cash flow, gerar capital adicional através do programa de rotação de ativos, no qual prevê vender entre 70 a 80% dos ativos gerados nos projetos desenvolvidos pela empresa, e ainda usar o capital levantado no IPO que a empresa está a preparar.
"O IPO vai ser um importante impulso", mas não será o único, referiu o CEO Manso Neto no evento que se realizou esta quarta-feira. Segundo as estimativas dos analistas, a Greenvolt deverá estrear-se em bolsa com uma avaliação de 336 milhões de euros. A Greenvolt tem atualmente em funcionamento cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa florestal, com cerca de 97 megawatts (MW) de potência instalada. Em 2020, a produção de energia elétrica assegurada pela empresa – antes designada Bioelétrica da Foz – atingiu cerca de 732,6 GWh, correspondendo a um aumento de 36% e a um recorde de produção.
A Greenvolt tem atualmente em funcionamento cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa florestal, com cerca de 97 megawatts (MW) de potência instalada. Em 2020, a produção de energia elétrica assegurada pela empresa – antes designada Bioelétrica da Foz – atingiu cerca de 732,6 GWh, correspondendo a um aumento de 36% e a um recorde de produção.
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